Por jornalista Tarcísio Matos
Grande consolo!
Jonaquim
era parido pelo filho. Por isso, Jonaquim Jr. fazia o pai de besta. Tão besta
que comprou uma moto pro jovem ainda menor de idade. Pior: um motoqueiro
irresponsável - pilotava com o capacete metido no braço, até o cotovelo. A
cabeça de Juninho nunca viu o vital equipamento de proteção.
Quantas
vezes a mãe aconselhou, insistiu no uso devido da peça protetora! Mas nada de o
filhote maluvido atender-lhe os apelos e profecias. Jonaquim, aliás, achava
bacana a maneira desabusada e insolente de o rebento dirigir.
Até
que um dia a desgraça: Juninho cai do veículo, bate o quengo numa pedra e
babau. A mãe chorosa, ao pé do caixão, lamenta o menino perdido de bobeira. E
reclama do marido o equívoco consentido:
- Se tivesse com o capacete na cabeça, e não no braço, Junim não estaria
morto!
Todo
lágrimas, sem dar o braço a torcer, Jonaquim arremessa consolo esfarrapado:
- Morreu, mas não quebrou o braço!!!
Fonte: O POVO, de 23/01/2016.
Coluna “Aos Vivos”, de Tarcísio Matos.
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