Franco Montoro: Agrário
x Urbano
Depois
de deixar a esfera governativa e parlamentar, Franco Montoro passou a se
dedicar ao Instituto Latino-Americano - ILAM. Na condição de presidente desta
entidade, foi a um almoço organizado por um pequeno grupo de professores da USP
no restaurante do campus. O ex-governador, como se sabe, tem registrado em sua
história muitos casos de dislexia, momentos em que confundia nomes, alhos com
bugalhos, motivando risos nas cerimônias. A conversa fluía bem, versando sobre
os mais diferentes problemas do país. A certa altura, ele se surpreendeu ao
saber que este escriba era potiguar. Mais ainda: tio de Sônia, minha sobrinha,
casada com João Faustino, tucano do melhor naipe e seu dileto amigo. (João
faleceu em 9 de janeiro de 2014).
Montoro
e dona Lucy foram padrinhos do casamento de uma das filhas de João e Sônia. De
repente, ele me lança a pergunta:
- E
como está o Agrário? Você sabe como ele vai?
Passo a
lupa na mente e lamento ignorar a identidade da figura. Mas vou procurar saber,
logo, logo. Mudamos de assunto. Mas o Agrário continua a frequentar o meu
sistema cognitivo. De repente, Eureka! Agrário? Agrário? Não seria o Urbano?
Tomo a iniciativa:
-
Governador, será que o senhor não confundiu o Agrário com o Urbano?
- Ah,
sim, é claro, é claro. Desculpe. Como vai o Urbano?
Francisco
Urbano era presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
- CONTAG. Um potiguar muito conhecido nos universos sindicalista e político. A
dislexia do ex-governador paulista havia trocado o espaço rural pela geografia
urbana. Franco Montoro, exemplo de Honradez, Dignidade, Seriedade, Civismo,
Independência e Amor à Pátria. Quanta falta ele faz nesses tempos de lamaçal
político.
Fonte: Gaudêncio Torquato
(GT marketing comunicação).
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