Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O pai e a mãe representam o que de mais relevante existe para
uma pessoa: a família, grupo social básico da sociedade. Todos nós enfrentamos
problemas, lutamos para vencer na vida e, com certeza, em qualquer
circunstância contamos sempre com a solidariedade e o apoio de nossos pais. O
pai, na maioria das vezes, é mais austero e inflexível do que a mãe, mas ambos
externando, na mesma intensidade, o sentimento maior do amor. Ele, geralmente,
pensa que dá a última palavra, no entanto sempre é a mãe a principal
orientadora e conselheira dos filhos. Aí está o sentido de família. Uma família
bem constituída, onde prevalece o amor, é fundamental para a educação dos
filhos. Como todos os que já perderam seu pai, tenho muita saudade do meu Fernando.
Sua ingenuidade e dedicação, seu caráter honesto e generoso, mostraram aos dez
filhos o caminho da humildade e do respeito ao próximo. Dizia que, “o amor é aquele inserido no coração e a
felicidade é viver sem ódio”.
As rugas surgiram no seu rosto, mas não no espírito. Hoje, também sou pai de
quatro filhos e avô de nove netos - pai duas vezes - e ficarei muito feliz se
deles receber beijos e a garantia de que continuarão buscando com seriedade,
honestidade, coerência e sentimento cristão os seus objetivos de vida.
Digo-lhes com frequência: Se a tristeza os perturbar, pensem em Deus, que se
encontra dentro de todos nós. Depois de vencer, distribuam esperança e
solidariedade, não guardem ódio nem rancor, não tenham inveja e não sejam
maledicentes. Somente assim pode-se encontrar o caminho da verdadeira
felicidade.
P.S. Conselho do meu pai: "Se você não puder falar bem de uma pessoa, fique calado".
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte:
Diário do Nordeste, Ideias. 12/08/2016.
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