Quintino Cunha era um notável poeta. Ficou famoso
por motivos menos nobres é verdade, mas não menos interessantes. As suas
respostas ferinas às provocações, as suas atuações como advogado dos oprimidos
e a sua inteligência invejável e invejada, fizeram dele um mito. Muitas
histórias surgiram e foram atribuídas ao Quintino. Nem todas são verídicas, mas
a maioria tem registro. Aqui estão algumas das mais curiosas e também as suas
melhores poesias. Esta seção pretende fazer justiça ao mérito de Quintino como
poeta, já que, como repentista, é incontestável. Além disso, visa preencher uma
lacuna. Até então, não existia nenhuma alusão ao célebre cearense na internet.
Quintino Cunha
José
Quintino da Cunha, o Quintino Cunha (1875/1943), se tornou uma figura lendária
no Ceará. Não há quem não tenha ouvido falar nesse notável poeta. Na verdade,
menos pelas suas belas poesias do que pela fama de repentista emérito. No
entanto, Quintino foi um dos vultos mais importantes da literatura cearense,
além de poeta era contista e orador.
Nasceu
na antiga vila de São Francisco de Uruburetama, atual cidade de Itapagé, no dia
24 de julho de 1875. Seu pai, João Quintino da Cunha, era professor e
jornalista e sua mãe, D. Maria Maximina Ferreira Gomes da Cunha, era professora
e solista da igreja. Quintino quase seguia a carreira militar, chegou a se
matricular na Escola Militar do Ceará, mas logo abandonou a ideia e a escola.
Sempre
inquieto, resolveu deixar a sua cidade natal e foi parar na Amazônia. Lá, como
provisionado, advogou durante cinco anos. Depois foi para a Europa, onde
publicou o seu primeiro livro, Pelo Solimões. Conviveu e fez amizade com
diversos escritores estrangeiros. Logo, porém, voltou ao Ceará e matriculou-se
na Faculdade de Direito. Concluiu o curso em 1909.
Advogou
no foro criminal, tornando-se célebre pela sua incomparável oratória. Tal
qualidade era muito requisitada em comícios e festividades. No entanto,
Quintino se tornou realmente famoso pela sua faceta de boêmio e,
principalmente, pelas suas tiradas de espírito, repentes que faziam o deleite
dos amigos e causava inveja aos gratuitos inimigos.
Viveu
sempre em dificuldades financeiras, não só pelo fato da sua família ser
numerosa como pelos seus sucessivos casamentos e os consequentes encargos
familiares. Apesar disso, chegou a ser deputado estadual (1913/1914) e
pertenceu à Academia Cearense de Letras. Faleceu em Fortaleza, com sessenta e
oito anos, no dia primeiro de junho de 1943.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria
definida).