Himmler cometeu suicídio em maio de 1945 em uma prisão militar
britânica.
Vieram a público recentemente
detalhes arrepiantes da vida diária de Heinrich Himmler, o chefe da SS nazista
que mandou milhares de judeus para a morte no Holocausto.
O tabloide alemão Bild está publicando uma
série de trechos do diário de guerra de Himmler, recentemente descobertos na
Rússia.
Um dia, escreveu Himmler, ele
recebeu uma massagem antes de ordenar a execução de dez poloneses. Ele também
relata ter curtido um lanche no campo de concentração de Buchenwald.
Ele ainda conta no diário ter
ordenado que cães fossem treinados para "despedaçar
pessoas" no campo de concentração de
Auschwitz.
Historiadores devem publicar os
diários em um livro no ano que vem, com notas explicativas.
Himmler estava no círculo mais
próximo de Adolf Hitler e tinha o título de "Reichsfuehrer SS". Ele
comandou os esquadrões que assassinaram judeus, poloneses, soviéticos, ciganos
e outros grupos classificados como "racialmente
inferiores".
Os diários estão sendo estudados
pelo Instituto Histórico Germânico de Moscou. Eles cobrem os anos de 1938, 1943
e 1944 e foram achados em um arquivo do Ministério da Defesa da Rússia em
Podolsk, uma cidade ao sul de Moscou.
Historiadores já haviam examinado os
diários de Himmler referentes aos anos de 1941, 1942 e 1945 - mas eles não
sabiam da existência dos outros até recentemente.
A descoberta é considerada muito
importante e os diários têm sido comparados aos do chefe de propaganda nazista
Joseph Goebbels.
O pesquisador alemão Matthias Uhl
disse que ficou impressionado ao constatar que Himmler dedicava grande
preocupação com o bem-estar de seus colegas da SS, familiares e amigos --
enquanto implementava meticulosamente assassinatos em massa.
Fonte: BBC Brasil / UOL Notícias, de 5/8/2016.
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