Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Quando um barco navega
em águas agitadas e ameaça afundar, a tripulação desfaz-se do que pode. Até
mesmo dos peixes, resultado de um trabalho árduo, caso seja uma embarcação de
pesca. Com base nesta resumida referência, pode-se dizer que estorvo (substantivo
masculino) é tudo aquilo que impede, atrapalha a concretização de algo, cria
dificuldades, etc. Pode ocorrer nos campos existencial, moral, profissional,
político e em vários outros. A reação racional e coerente dos pescadores nos
mostra que o importante é a vida. O extinto de sobrevivência. Ademais, não só
por palavras, mas também mediante atitudes podemos alcançar objetivos
individuais e coletivos importantes. Muitas vezes, o sofrimento pode ser
didático: ensina-nos a evitar as quedas e a valorizar a vida. Devemos procurar
desfazer-se do que é estorvo. Sentimentos como a inveja, o ódio, a vaidade, a
ganância, dentre outros, podem nos conduzir para um estado de depressão aguda,
causando prejuízos, alguns irreparáveis, para todos. As emoções das pessoas e
da sociedade podem ser afetadas de uma forma cruel por decisões ambiciosas e
corruptas tomadas voluntária, ou mesmo involuntariamente, sem a cautela da
generosidade, da solidariedade e do respeito ao próximo. Existem dois remédios
eficazes para combater as más ações, os pensamentos negativos e os desvios
morais e éticos: o amor e o trabalho sério. Assim, com certeza, superamos os
erros e as ofensas e conquistamos resultados positivos. Enfim, “Lembra de Deus em tudo o que fizer, e Ele lhe
mostrará o caminho certo”. (Provérbios 3.6).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste,
Ideias. 19/08/2016.
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