A nosso juízo, fé e
razão são as manifestações mais debatidas no âmbito da História da humanidade,
seja de uma forma explícita ou mediante princípios, teses e argumentos
desenvolvidos e analisados implicitamente. As discussões filosóficas ao longo
do tempo buscaram e ainda hoje procuram, de um lado, mostrar o conflito
existente e, de outro, a complementaridade entre as duas doutrinas. Há
estudiosos de filosofia e de teologia que dizem não ser a verdade domínio de
nenhum dos dois conceitos, mas uma conquista do saber científico, unido ao
religioso. De uma maneira geral, podemos citar figuras importantes ligadas ao
pensamento filosófico envolvendo a questão, de uma forma ou de outra, tais
como, Platão, Aristóteles, Pitágoras, Santo Agostinho (Patrística), Santo Tomás
de Aquino (Escolástica), Galileu, Descartes e muitos outros. Acreditamos que
sempre o tema despertará polêmica entre crentes agnósticos e ateus. Por sua
vez, admitimos que a fé é o caminho da verdade; a razão é consequência do senso
e do julgamento interior. Não são incompatíveis, porém unidas mostram o saber
viver. A rigor, fé e razão são os pilares básicos que sustentam a vida. Esta,
sem dúvida, afigura-se nas virtudes teologais e nas virtudes cardeais ou
morais. A fé, a esperança e a caridade (amor) são as três virtudes teologais; a
prudência (sabedoria), a justiça, a fortaleza e a temperança (moderação) formam
as quatro virtudes morais. São as sete virtudes mencionadas que nos dão as
orientações espirituais e materiais para uma vida saudável, com generosidade,
tolerância e humildade, portanto próxima de Deus.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 20/1/2017.
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