sexta-feira, 23 de junho de 2017

JOÃO E A JUSTIÇA

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Antes de mostrarmos o envolvimento de João, o “pseudo-sabido”, com a justiça, apresentamos ao leitor a fábula de Esopo, “O corvo e a cobra”. “Ao avistar uma cobra dormindo num lugar ensolarado, um corvo faminto desceu voando e arrebatou-a, mas ela se voltou e lhe deu uma picada. Então ele disse, prestes a morrer: Pobre de mim! Encontrei esse achado e por causa dele, estou perdendo a vida”. A fábula mostra que, para achar um tesouro, uma pessoa pode por em perigo a própria vida. Pois bem, o “esperto” João, desde criança gostava de enganar os professores e amiguinhos nos estudos e nas brincadeiras. Em casa, não respeitava os pais, enfim era um menino problemático. Sua mentalidade, bem como a forma de agir não mudou com o tempo. Já homem, com profissão definida, gostava de tirar proveito em tudo e levar vantagens não éticas nos negócios empresariais e, posteriormente, na política. João era considerado muito inteligente e vocacionado para o sucesso. Todavia, em seu vocabulário esdrúxulo não existiam as palavras dignidade e honestidade. Vários puxa-sacos, nas duas atividades, consideravam João um homem de largo conhecimento. Era um vencedor contumaz nas disputas nas áreas empresarial e política. Ficou muito rico e detinha grande poder. No entanto, não se pode enganar sempre. As autoridades perceberam que havia algo estranho e descobriram as infrações e crimes cometidos por João. Foi denunciado, investigado, julgado e preso. A historia mostra que a ambição pelo poder e pelo dinheiro, pode levar uma pessoa a perder a liberdade, principio básico da cidadania.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 17/2/2017.

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