Nos dias de hoje, fatores como a globalização perversa,
aquela conduzida pela supremacia do setor financeiro sobre o setor produtivo; a
busca do poder pelo poder; o fundamentalismo religioso; o corporativismo
autoritário; o capitalismo selvagem, priorizando os compromissos financeiros
especulativos em relação aos gastos nos setores sociais básicos; a corrupção;
os estelionatos eleitorais e administrativos motivados por alguns mecanismos de
“marketing” e da falsa mídia; dentre outros elementos, estão conduzindo tanto
as nações ricas, emergentes e pobres, para uma crise abrangendo aspectos
morais, sócio-econômicos, de desesperança, de irresponsabilidade, de
distanciamento dos valores espirituais, de injustiça, de violência, etc.
Precisamos, estrategicamente, pensar o futuro. Para tanto, sem preconceitos, é
fundamental a leitura de filósofos e cientistas como Aristóteles, Santo
Agostinho, Kant, Hegel, Ricardo, Marx, Weber e tantos outros. Foram verdadeiros
formadores de “Escolas de Pensamento” que serviram e ainda servem de orientação
a muitas pessoas. Apesar das controvérsias, todos buscaram formas para
justificar, de acordo com suas teses e convicções, o sentido da vida, da moral,
da ética, etc. Cremos, por sua vez, a grande crise mundial é consequência do aumento
do pragmatismo tático e da redução das correntes de pensamento filosófico
preocupadas com a verdade e a existência. A coerência programática, baseada em
princípios cristãos, é o remédio capaz de combater com eficácia essa doença.
Conforme Jacques Maritain: “O Cristianismo
ensinou aos homens que o amor vale mais do que a inteligência”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 28/7/2017.
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