Por Affonso Taboza (*)
A crítica apressada de que Bolsonaro
não tinha um norte econômico se desfez
Frase
lapidar do economista Paulo Guedes, escolhido por Bolsonaro para ministro da
Fazenda, caso se eleja presidente da República em 2018. Bolsonaro, paladino da
ordem, Paulo Guedes, arauto do liberalismo econômico, gerador de progresso.
Encontraram-se duas vezes, conversaram oito horas. Olho no olho. Daí brotou uma
empatia, lastreada na confiança mútua e no desejo sincero de, juntos, salvarem
o País. Bolsonaro jogou os problemas econômicos na mesa e perguntou: Dá pra
resolver? A resposta veio sem titubeios: dá! Estavam criadas as condições para
um namoro promissor.
A
crítica apressada de que Bolsonaro não tinha um norte econômico se desfez. A
escolha do futuro ministro da Fazenda, aplaudida pelo mercado e pelo
empresariado, foi saudada como um gol de placa por muitos jornalistas em
artigos e blogs. Estufou a rede! – disse um deles.
Bolsonaro
não é um outsider na política
brasileira. Há 26 anos tem assento na Câmara dos Deputados. Elege-se com
campanha franciscana, sustentada na força das ideias que defende. Na última
eleição, foi o deputado mais votado no Rio de Janeiro.
Está
claro que um pré-candidato a presidente da República não pode ter ideia firme e
acabada sobre todos os problemas do País. O pensamento vai se consolidando ao
longo da campanha, como num aprendizado, à medida que os contatos vão se
amiudando. Ideias antes aceitas podem mudar substancialmente. Pessoas
inteligentes evoluem à medida que recebem novas informações. “Só os idiotas não
mudam de opinião” - dizia Carlos Lacerda, que foi comunista na juventude e se
tornou, com o tempo, o anticomunista mais notório do País. Na ânsia de
desqualificar Bolsonaro, a imprensa não se cansava de rotulá-lo de estatizante,
associando-o ao pensamento dominante no regime militar. A escolha de um
economista liberal para a pasta da Fazenda foi a resposta definitiva.
Quanto
ao Brasil do regime militar, é bom lembrar que, nos anos 1960/70, éramos um
país rural de economia muito pequena, carente absoluto de capitais privados e
de infraestrutura: estradas, telecomunicações, energia elétrica e itens outros
básicos. Para desenvolver o País, os militares fizeram pesados investimentos e
criaram várias estatais – procedimento correto e necessário na época – e com
isso trouxeram o País da 48ª para a 8ª posição no ranking das economias mundiais. Tudo no seu devido tempo. Hoje não
há mais lugar para empresas estatais.
Vem
aí o bendito ano de 2018. O povo brasileiro terá a lucidez de eleger um
governante que o tire do marasmo socialista – socialismo chinfrim camuflado –
para entrar na era da ordem e do progresso: liberalismo na economia, conservadorismo
nos costumes.
(*) Coronel engenheiro reformado do Exército Brasileiro
e membro do Instituto do Ceará: Histórico, Geográfico e Antropológico.
Fonte: O Povo, de 11/12/2017.
Opinião. p.21.
Nenhum comentário:
Postar um comentário