quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A ORDEM SE ENCONTROU COM O PROGRESSO


Por Affonso Taboza (*)
A crítica apressada de que Bolsonaro não tinha um norte econômico se desfez
Frase lapidar do economista Paulo Guedes, escolhido por Bolsonaro para ministro da Fazenda, caso se eleja presidente da República em 2018. Bolsonaro, paladino da ordem, Paulo Guedes, arauto do liberalismo econômico, gerador de progresso. Encontraram-se duas vezes, conversaram oito horas. Olho no olho. Daí brotou uma empatia, lastreada na confiança mútua e no desejo sincero de, juntos, salvarem o País. Bolsonaro jogou os problemas econômicos na mesa e perguntou: Dá pra resolver? A resposta veio sem titubeios: dá! Estavam criadas as condições para um namoro promissor.
A crítica apressada de que Bolsonaro não tinha um norte econômico se desfez. A escolha do futuro ministro da Fazenda, aplaudida pelo mercado e pelo empresariado, foi saudada como um gol de placa por muitos jornalistas em artigos e blogs. Estufou a rede! – disse um deles.
Bolsonaro não é um outsider na política brasileira. Há 26 anos tem assento na Câmara dos Deputados. Elege-se com campanha franciscana, sustentada na força das ideias que defende. Na última eleição, foi o deputado mais votado no Rio de Janeiro.
Está claro que um pré-candidato a presidente da República não pode ter ideia firme e acabada sobre todos os problemas do País. O pensamento vai se consolidando ao longo da campanha, como num aprendizado, à medida que os contatos vão se amiudando. Ideias antes aceitas podem mudar substancialmente. Pessoas inteligentes evoluem à medida que recebem novas informações. “Só os idiotas não mudam de opinião” - dizia Carlos Lacerda, que foi comunista na juventude e se tornou, com o tempo, o anticomunista mais notório do País. Na ânsia de desqualificar Bolsonaro, a imprensa não se cansava de rotulá-lo de estatizante, associando-o ao pensamento dominante no regime militar. A escolha de um economista liberal para a pasta da Fazenda foi a resposta definitiva.
Quanto ao Brasil do regime militar, é bom lembrar que, nos anos 1960/70, éramos um país rural de economia muito pequena, carente absoluto de capitais privados e de infraestrutura: estradas, telecomunicações, energia elétrica e itens outros básicos. Para desenvolver o País, os militares fizeram pesados investimentos e criaram várias estatais – procedimento correto e necessário na época – e com isso trouxeram o País da 48ª para a 8ª posição no ranking das economias mundiais. Tudo no seu devido tempo. Hoje não há mais lugar para empresas estatais.
Vem aí o bendito ano de 2018. O povo brasileiro terá a lucidez de eleger um governante que o tire do marasmo socialista – socialismo chinfrim camuflado – para entrar na era da ordem e do progresso: liberalismo na economia, conservadorismo nos costumes.
(*) Coronel engenheiro reformado do Exército Brasileiro e membro do Instituto do Ceará: Histórico, Geográfico e Antropológico.
Fonte: O Povo, de 11/12/2017. Opinião. p.21.

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