segunda-feira, 27 de agosto de 2018

PILARES DA IGREJA


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A Bíblia, conjunto de livros de inspiração Divina, abrange o Antigo Testamento (escrito antes de Cristo – mostrando a história do mundo) e o Novo Testamento) escrito depois de Cristo – apresentando os ensinamentos de Jesus). É um convite à reflexão. Existem estudos controversos no entanto cremos ser a Bíblia a palavra de Deus. Não se destina apenas à leitura, mas principalmente à oração. Ao interpretarmos e entendermos a Bíblia, nós reconhecemos os nossos erros do passado e do presente, assim como visaremos com fé, esperança e amor o futuro. Sendo difícil a exegese bíblica, surgiram, ao longo do tempo, conflitos entre ciência e religião. No início, e até hoje, os dois pilares da Igreja continua sendo Pedro e São Paulo. Dando-se um salto na História, já na idade média, podemos admitir que os conflitos mencionados, na maioria das vezes, foram sanados com a harmonização da fé e da razão. Não são, conforme nosso juízo, manifestações opostas, porém complementares. Entre os séculos I e VII, a Escola Patrística, cuja maior expressão foi Santo Agostinho, já admitia que a fé e razão poderiam caminhar juntas, ressaltando a fé do Cristianismo e combatendo os ataques de pagãos e hereges. Santo Agostinho, em seus estudos, inspirou-se também na filosofia de Platão. Já no período entre os séculos IX e XVI a ideia da compatibilização entre fé e razão evoluiu, mediante os princípios da Escola Escolástica, analisados, principalmente, por Santo Tomás de Aquino, que muito se inspirou em Aristóteles. Assim, acreditamos que a fé é o caminho da verdade e a razão é consequência do júri interior. Unidas, mostram o saber viver.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 17/8/2018.

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