Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A Bíblia, conjunto de livros de inspiração Divina, abrange o Antigo
Testamento (escrito antes de Cristo – mostrando a história do mundo) e o Novo
Testamento) escrito depois de Cristo – apresentando os ensinamentos de Jesus).
É um convite à reflexão. Existem estudos controversos no entanto cremos ser a
Bíblia a palavra de Deus. Não se destina apenas à leitura, mas principalmente à
oração. Ao interpretarmos e entendermos a Bíblia, nós reconhecemos os nossos
erros do passado e do presente, assim como visaremos com fé, esperança e amor o
futuro. Sendo difícil a exegese bíblica, surgiram, ao longo do tempo, conflitos
entre ciência e religião. No início, e até hoje, os dois pilares da Igreja
continua sendo Pedro e São Paulo. Dando-se um salto na História, já na idade
média, podemos admitir que os conflitos mencionados, na maioria das vezes,
foram sanados com a harmonização da fé e da razão. Não são, conforme nosso
juízo, manifestações opostas, porém complementares. Entre os séculos I e VII, a
Escola Patrística, cuja maior expressão foi Santo Agostinho, já admitia que a
fé e razão poderiam caminhar juntas, ressaltando a fé do Cristianismo e
combatendo os ataques de pagãos e hereges. Santo Agostinho, em seus estudos,
inspirou-se também na filosofia de Platão. Já no período entre os séculos IX e
XVI a ideia da compatibilização entre fé e razão evoluiu, mediante os
princípios da Escola Escolástica, analisados, principalmente, por Santo Tomás de
Aquino, que muito se inspirou em Aristóteles. Assim, acreditamos que a fé é o
caminho da verdade e a razão é consequência do júri interior. Unidas, mostram o
saber viver.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 17/8/2018.
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