quinta-feira, 12 de março de 2020

AFOGAMENTO, PREVENIR É SALVAR


Por Weiber Xavier (*)
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) 16 brasileiros morrem afogados diariamente, a cada 91 minutos um brasileiro morre afogado sendo que 44% ocorrem no verão (dezembro a março).
Nossas crianças e jovens, infelizmente, são as maiores vítimas dessa tragédia, pois entre um e 29 anos de idade, o afogamento é uma das principais causas de morte. Os maiores fatores de risco são: idade menor de 14 anos; uso de álcool; baixa renda; baixa educação; etnia rural; comportamento de risco; falta de supervisão; pessoas epilépticas tem 15 a 19 vezes maior risco. Mais de 80% das mortes ocorrem por ignorar os riscos, não respeitar limites pessoais, e desconhecer como agir.
Segundo o professor David Szpilman "afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento". Prevenção é a ferramenta mais eficaz na luta contra os afogamentos. Algumas medidas de prevenção pessoal são recomendadas: aprenda natação e medidas de prevenção em afogamento; nade sempre acompanhado; obedeça a todas as bandeiras e sinalizações de segurança aquática; evite ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados; antes de entrar na água, saiba como e quando usar colete salva-vidas; nade sempre perto a um posto de guarda-vidas e pergunte o melhor local para o banho; conheça as condições do banho e do tempo antes de entrar na água; sempre entre na água rasa ou desconhecida com os pés primeiro. Na praia, algumas medidas de segurança: praia só com guarda-vidas presente e nunca alcoolizado; não entre na água com bandeira vermelha; respeite a sinalização; nunca entre na água para salvar, jogue um material flutuante e aguarde o profissional chegar; caso seja pego por uma corrente fique calmo, não lute, flutue e acene por ajuda; ajude um afogado ligando 193. São três atitudes que podem ajudar na redução dos afogamentos em nosso País: conheça seu risco pessoal de afogamento e previna-se; compreenda o problema dos afogamentos em sua área; multiplique a prevenção e informe-se mais em sobrasa.org.
(*) Médico e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 13/1/2020. Opinião. p.18.

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