O general Antônio de Sampaio, nascido em Tamboril, em 24 de maio de
1810, e falecido
Em 24 de maio de 1966, ao ensejo dos Centenários de sua morte e da
Batalha de Tuiuti, seus restos mortais são removidos do cemitério S. João
Batista para um mausoléu na Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, onde permaneceram
até 24 de maio de 1996, ocasião em que os seus despojos foram trasladados
para o Panteão Brigadeiro Sampaio, erguido na parte frontal da Fortaleza de
Nossa Senhora da Assunção, sede do Quartel-General da 10ª Região Militar, onde
passaram a repousar, em definitivo.
Quando da exumação do seu corpo, no cemitério de Fortaleza, em
1966, seus restos mortais foram periciados por um professor de Patologia da
UFC, sob a assistência de vários militares de alta patente do exército
brasileiro.
Durante a perícia, o patologista pinça um pequeno corpo esférico
enegrecido, e quando o examina, com maior cuidado, desperta a curiosidade do
oficialato ali presente. Um deles, mais afoito, e na expectativa daquele achado
necroscópico, indaga ao mestre:
– É a bala!? Foi a bala que
o matou?
– Não! Isso não é uma bala – afirmou, com segurança,
o legista.
– E então, professor, do que
se trata?
– Arguiu um
oficial-comandante.
– Isso é apenas cocô – retrucou o médico.
– Mas como pode ser cocô,
com esse formato de bala? – Contestou outro oficial, visivelmente decepcionado com o
resultado da autopsia.
Ao que o professor, peremptoriamente, diagnosticou:
– É simplesmente merda.
Bosta ressequida ao longo do tempo.
A partir daí, com a plateia emudecida, a exumação seguiu sem qualquer
interrupção ou interesse da parte dos militares.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Ex-Presidente da Sobrames-Ceará
* Publicado In: SILVA, M. G. C. da (Org.). Meia-volta, volver! Médicos
contam causos da caserna. Fortaleza: Expressão, 2014. 112p. p.67-68.
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