Por Dom Manuel Edmilson da Cruz
Mesmo
em tempo de vírus corona, e talvez ainda mais, convém expor ideias capazes de
ajudar a resolver situações difíceis, dessas que precisam de solução certa,
urgente e imediata. A ideia que passo a expor me parece ser desse tipo. Há
meses ela surgiu na minha mente. Já expus ao senhor governador Camilo Santana
que me ouviu com atenção e prometeu refletir atentamente sobre ela.
Posteriormente numa edição de domingo neste mesmo jornal, uma surpresa: o dr.
Eudoro Santana, pai do sr. governador, abordou-a resumidamente, sinal de que os
dois haviam falado sobre o assunto. Com isso senti-me incentivado a
apresentá-la ao grande público. Não por presunção, mas ao contrário muito
modestamente e com grande respeito a todos, sem qualquer presunção de ensinar
padre-nosso a vigário ou de estar descobrindo a pólvora, aceitando críticas e,
no caso de aprovado, agradecendo emendas e sugestões para torná-la mais
aceitável. Esta, a ideia: ela tem duas faces, melhor, dois fundamentos. O
primeiro: o IPTU que no caso deve ser reduzido ao mínimo. O segundo: a
indústria da construção civil, nesta incluída toda e qualquer construção desde
a casa do pobre até o colosso das barragens, tudo rigorosamente anotado: a
construção, o tempo de trabalho, desde o trabalho de traçar a cal aos cálculos
dos engenheiros. Cada um receberia o seu salário e contribuiria equitativamente
para a formação de um depósito permanente a serviço de todos. Não entendo desse
assunto, repito aceito e agradeço críticas e colaborações. Não sei se entendi
no tempo, mas parece-me que em seu primeiro mandato o ex-presidente Lula adotou
alguma coisa parecida com o que acabo de expor. O resultado foi admirável: 30
milhões de brasileiros saíram da situação de indigência para a classe média
baixa o que equivale à população da Argentina. Será pretender demais tratar de
aplicar ao nosso Brasil esta solução possível, honesta e justa? Sobretudo nesta
situação de vírus corona?
(*) Bispo emérito de Limoeiro do Norte e membro fundador do
MCP - Movimento Ceará de Paz.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 30/12/20. Opinião, p.16.
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