Por Carlos Viana
(*)
Nos
Estados Unidos, cerca de 29 milhões de pessoas foram
infectadas com o novo coronavírus. Por mais que o número seja assustador, as coisas
começam a mudar.
Até
o momento, aproximadamente 32 milhões de americanos receberam as duas doses da
vacina, e outros 93 milhões a primeira.
Além
disso, há estoque de 500 milhões de doses, mais que a população do país, que
gira em torno de 300 milhões de habitantes. Mesmo com essa reserva de
emergência, o presidente dos Estados Unidos, John Binden, anunciou a compra
de mais 100 milhões de doses.
A
justificativa é que ainda não se sabe se será necessária a aplicação de doses
extras para conter a doença.
No
Brasil, o número de vacinados ainda é muito baixo, por causa de um
governo negacionista, que só comprou a vacina após o governador de
São Paulo, João Doria (PSDB), investir na parceria com um
laboratório chinês e começar a vacinação em janeiro.
Portanto,
pode-se ver que o Governo Bolsonaro só "acordou"
para a necessidade da compra de vacinas por pressões políticas, por medo de
perder apoiadores e, por consequência, votos em 2022.
Mas
o baixo número de vacinados não é nosso único problema. O Brasil é um dos cinco
países do mundo a atingir a triste marca de dois mil mortos em
24 horas. Junta-se assim aos Estados Unidos, Índia, Argentina e México.
Vacinar
a população o quanto antes é a arma mais eficaz para conter o avanço do
covid-19.
Segundo
especialistas, somente a vacinação em massa é capaz de frear
novas contaminações e, assim, novas mutações do vírus, que tornam-se cada vez
mais contagiosas e letais.
Além
de evitar novas mortes, a vacinação também é importante para que a economia
volte a funcionar plenamente, uma vez que a população imunizada,
poderá voltar às ruas e a fazer compras, frequentar restaurantes, cinemas e
outros locais, contribuindo para que a economia gire.
Enquanto
a tão sonhada e necessária vacina não chega para todos, continuemos tomando
todos os cuidados, obedecendo as orientações médicas como o
uso de máscara e lavar as mãos com álcool em gel.
Eu,
que sempre tive medo de agulha, estou ansiosíssimo para ser
vacinado.
(*) Jornalista. Repórter do Núcleo de Opinião do jornal O
POVO.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 16/3/21. Opinião, p.19.
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