Por Pe. Rafhael Silva Maciel (*)
Em meio a uma pandemia, que tem trazido tanta dor e sofrimento para os
povos, os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo, sua principal
Solenidade. Na Páscoa, refletimos sobre a vitória da vida sobre a morte, que
nunca terá a última palavra sobre as nossas vidas.
Para os cristãos "a morte é o termo da vida terrena (...) medida
pelo tempo no decurso do qual mudamos e envelhecemos, [surgindo] como o fim
normal da vida" (CIC 1007).
Sabemos que é assim e, por isso, não podemos "perder tempo" em
ninharias, preocupando-nos de tal modo com as coisas temporais que esqueçamos
que não temos aqui morada definitiva, conforme Colossenses 3,1-4: "Se,
portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo
está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da
terra. Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em
Deus".
A Paixão e a Morte pelas quais passou o Salvador Jesus Cristo
"[transformaram] em bênção a maldição da morte" (CIC 1009), e por
isso o cristão ao celebrar a Páscoa enche-se da esperança "na remissão dos
pecados; na ressurreição da carne; e na vida eterna".
A Solenidade da Páscoa nos recorda a esperança na vida eterna e a fé no
Amor no qual um dia seremos mergulhados que é Deus mesmo, pois
"Veremos Deus tal como é" (1Jo 3,2).
No Espírito de Cristo Ressuscitado, renovemos em nós a graça da fé, da
esperança e da caridade, enquanto fazemos aqui nossa peregrinação rumo ao Céu,
para um dia estarmos com o Senhor Jesus, a Virgem Maria, São José, os anjos e
santos, na Ressurreição final.
Feliz Páscoa!
(*) Missionário da
Misericórdia, mestre em Sagrada Família.
Fonte: O Povo, de 4/4/2021. Opinião. p.28.
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