sábado, 15 de maio de 2021

MAIS VACINAS, JÁ!

Por Roberto Proença de Macêdo (*)

O Brasil está passando por um cipoal de desentendimentos entre as autoridades com relação à compra de vacinas para atender à angustiada demanda nacional.

Enquanto o País sofre com os efeitos de tantos desmandos administrativos, o número de mortos por covid-19 se aproxima de 300 mil, em um ano de pandemia.

É urgente que governo e sociedade compreendam o quanto viabilizar vacinas em grande quantidade e no menor tempo possível é o que mais pode conciliar a defesa da vida com a defesa da economia.

O nosso sistema de vacinação é um dos melhores do mundo. Dessa vez não está funcionando porque uma política obscura impede que isso aconteça.

Da situação emergencial em que nos encontramos não temos como escapar sem a compra de muito mais imunizantes.

Países da União Europeia e do Reino Unido, os Estados Unidos, o Japão, Israel, China, Canadá, Rússia, Índia, Coreia, Austrália e Argentina já estão em acelerado processo de vacinação, e aqui nos mantemos de mãos atadas dependendo de humores burocráticos.

Medidas impopulares como o lockdown servem para segurar o avanço descontrolado na transmissão do vírus e suas variantes e para conscientizar a população sobre a gravidade do problema, mas a vacina é a única solução verdadeira.

Muitas pessoas não se dão conta disso e promovem manifestações impulsivas que mais atrapalham do que ajudam.

O momento exige a concentração de esforços no que fazer para resolver de fato a situação. Neste aspecto, pouca gente ainda duvida de que a vacina é a única saída.

Precisamos de mais vacinas na quantidade e na velocidade que o momento impõe; essa é a questão. Só imunizando a maioria da população deteremos a pandemia e poderemos voltar a uma condição adequada de convivência social e econômica.

Não faz sentido aceitarmos essa letargia. Iniciativas do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional, do Consórcio de Governadores do Nordeste e de outros entes públicos e privados estão pressionando a aceleração da compra de mais vacinas como saída efetiva para salvar vidas, manter a economia ativa e controlar o avanço dessa praga que assola o mundo inteiro. 

(*) Economista, empresário e presidente do Conselho de Administração da J. Macêdo S/A.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 22/3/21. Opinião, p.20.

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