Por
Roberto Proença de Macêdo (*)
O Brasil está passando por um cipoal de
desentendimentos entre as autoridades com relação à compra de vacinas para atender à angustiada
demanda nacional.
Enquanto o País sofre com os efeitos de tantos
desmandos administrativos, o número de mortos por covid-19 se aproxima de 300 mil, em um ano
de pandemia.
É urgente que governo e sociedade compreendam o
quanto viabilizar vacinas em grande quantidade e no menor tempo possível é o
que mais pode conciliar a defesa da vida com a defesa da economia.
O nosso sistema de vacinação é um dos melhores do mundo. Dessa vez não está funcionando
porque uma política obscura impede que isso aconteça.
Da situação emergencial em que nos encontramos não
temos como escapar sem a compra de muito mais imunizantes.
Países da União Europeia e do Reino Unido, os
Estados Unidos, o Japão, Israel, China, Canadá, Rússia, Índia, Coreia,
Austrália e Argentina já estão em acelerado processo de vacinação, e aqui nos mantemos de mãos
atadas dependendo de humores burocráticos.
Medidas impopulares como o lockdown servem para segurar o avanço
descontrolado na transmissão do vírus e suas variantes e para conscientizar a
população sobre a gravidade do problema, mas a vacina é a única solução verdadeira.
Muitas pessoas não se dão conta disso e
promovem manifestações impulsivas que mais atrapalham do que ajudam.
O momento exige a concentração de esforços no que
fazer para resolver de fato a situação. Neste aspecto, pouca gente ainda
duvida de que a vacina é a única saída.
Precisamos de mais vacinas na quantidade e na
velocidade que o momento impõe; essa é a questão. Só imunizando a maioria da
população deteremos
a pandemia e
poderemos voltar a uma condição adequada de convivência social e econômica.
Não faz sentido aceitarmos essa letargia.
Iniciativas do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional, do Consórcio
de Governadores
do Nordeste e
de outros entes públicos e privados estão pressionando a aceleração da compra
de mais vacinas como saída efetiva para salvar vidas, manter a economia ativa e controlar o avanço
dessa praga que assola o mundo inteiro.
(*) Economista, empresário e presidente do Conselho de Administração da J. Macêdo S/A.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 22/3/21. Opinião, p.20.
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