segunda-feira, 7 de junho de 2021

MINO, UM HOMEM DO BEM

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)

No dia 3 de maio, o amigo-irmão Hermínio Macêdo Castelo Branco, conquistou mais um ano de vida, pensando em servir do que ser servido. Prestativo e amigo de todos, é um representante autêntico de uma turma de pessoas corretas, puras e dignas, infelizmente, em fase de extinção. Suas qualidades são várias: desenhista, cartunista, programador visual, projetista gráfico, poeta, jornalista, editor e outras que, com certeza, me esqueci em razão dos meus 78 anos de idade. Pertencemos com muito orgulho ao grupo daqueles que estão na terceira idade. Numa coisa, nós septuagenários, somos privilegiados. Pelo estatuto do idoso, não precisamos entrar em filas. Isto é o que se chama uma desculpa fajuta, ou seja, para boi dormir (kkkkk). Tenho a honra de manter uma sólida amizade com o Mino. Sempre está vendo o mundo com os olhos do coração. Participou de várias exposições de humor, individuais e coletivas, não só no Brasil, mas também no exterior. Possui também trabalhos publicados em países da Europa e da Ásia. Hermínio com a sua cearensidade graciosa e sem malícia honra o povo brasileiro. Se todos pensassem e agissem como ele, o mundo seria diferente. Acho Mino, em face de suas atitudes e do seu comportamento ético, desprendido e generoso parecido com dois homens, para mim, os mais importantes do século passado: Mahatma Gandhi e João Paulo II. Ignês e seus filhos podem se vangloriar do esposo e pai. A tristeza nunca perturbou o Mino, pois ele sempre pensou em Deus. Sempre distribuiu esperança e amor, nunca guardou ódio nem rancor, dessa forma nunca deixou de encontrar o caminho da felicidade. Para ele é possível reencontrar a esperança mesmo depois de perdas e desilusões. Sua inteligência não lhe permite fracassar. Sonhando vai criando o futuro e a sua sabedoria e humildade o fazem uma pessoa extremamente solidária. A vida é mais bela quando percebemos a presença da amizade e a ausência da inveja e do ódio. Henfil, que foi seu amigo, disse certa vez: “se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente”. Assim, pensa o nosso querido Hemínio.

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 14/5/2021.

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