Por Thalita de Oliveira (*)
Mais de um ano de pandemia e voltamos a um ponto
delicado, enfrentamos novamente o isolamento rígido e o aumento de mortes...O
mundo adoece, nos afetando diretamente. Toda crise provoca em nós o desejo de
olhar para dentro, para o outro e ainda a avaliar nossas relações com o
trabalho, com as pessoas, com nossas prioridades e com nossos papeis sociais. O
que é normal nesse contexto? Como ser no mundo durante uma pandemia? Estamos
descobrindo.
Tudo isso nos causa ansiedade, medo, culpa...um
turbilhão de emoções! Você consegue identificar os seus sentimentos e
expressá-los? Precisamos aprender a lidar com as nossas emoções e
comportamentos para reduzir as tensões e agir sem impulsividade. Essa prática
de presença constante ajuda a aliviar as tensões. Olhar para nosso corpo também
é importante, somos um todo e tudo está interligado. Os exercícios físicos e os
métodos de relaxamento como a meditação, por exemplo, colaboram para esta
percepção.
Precisamos também praticar a empatia. Estar com o
outro de forma genuína, buscando compreendê-lo, reconhecendo as diferenças no
modo como as pessoas se sentem em relação às coisas e respeitando suas
subjetividades. É natural que na convivência muitos conflitos surjam. A
comunicação em situações de crise, como a que vivemos agora, exige bons
ouvintes e bons questionadores, separando o que ouvimos e sabendo como aplicar
as reações e julgamentos a respeito. Comunicar de forma não violenta e falar o
que sentimos sem responsabilizar o outro.
Proponho uma investigação na descoberta ou
reencontro das habilidades em que você é bom. Assim, você pode se ajudar e
colaborar na vida de alguém, seja através da sua fé, do seu bom humor, do seu
autocontrole…Tudo isso vai passar! Enquanto estamos vivendo essa luta contra a
Covid-19, não podemos perder a esperança e isso não é negar a realidade, mas
valorizar a vida. Se você sente que está adoecendo, busque ajuda na sua rede
pessoal e procure um profissional qualificado, se necessário. "Seremos
maiores se formos mais humildes" Santo Agostinho.
(*) Psicóloga.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 24/05/2021. Opinião.
p.22.
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