Por Lauro Chaves Neto (*)
O ESG é a travessia da atuação macro para a ação
microeconômica na promoção da sustentabilidade. É a disseminação da
cultura ESG e a implantação das suas práticas no setor produtivo que será a
responsável por trazer a sustentabilidade para a rotina da sociedade.
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz
as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de
atender às suas. Esse conceito foi desenvolvido pela ONU, na
década de 70. É importante a compreensão da evolução da sustentabilidade para
dimensionar a relevância do ESG.
Em 1982, surge a Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente, seguida do Relatório Nosso Futuro Comum. O Brasil protagoniza a
Eco-92, estabelecendo a agenda 21. Em 1997, foi assinado o Protocolo de
Kyoto dando início ao mercado de créditos de carbono, depois as Nações
Unidas lançaram os oito objetivos do Milênio.
A Rio 20 reforça o relatório o "Futuro que
queremos". Em 2015 ocorre a adoção da nova agenda e um acordo global sobre
a mudança climática. São apresentados os 17 Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável. No mesmo ano, foi assinado o acordo de Paris,
substituindo o Protocolo de Kyoto.
O tema ESG - Environment, Social and Governance - é
o foco dos investidores internacionais na recuperação pós-pandemia. Avalia a
sustentabilidade e o impacto social de um negócio, aspectos
determinantes para o valor das empresas.
Apenas nações praticando a sustentabilidade não é o
suficiente. O Setor Produtivo precisa implantar a ética e a
transparência na sua governança, cuidar do meio ambiente desde a seleção dos
seus fornecedores até a gestão dos resíduos, e cuidar das pessoas, não só de
acionistas e colaboradores, assim como atuar pro ativamente na transformação da
sociedade.
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará
(Fiec) com a liderança do presidente Ricardo Cavalcante, mais uma vez, está na
vanguarda criando uma área específica para disseminar a prática ESG nas
indústrias cearenses.
As Governanças Ambiental, Social e
Corporativa serão valorizadas e a sua prática será avaliada e reconhecida, com
a criação do Selo e do Prêmio Fiec-ESG!
(*) Consultor,
professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte: O Povo, de 31/5/21. Opinião. p.18.
Nenhum comentário:
Postar um comentário