quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

DESAFIOS PARA A SAÚDE EM 2022

Por Maria Lúcia Duarte Pereira (*)

Após quase dois anos de pandemia, com várias alterações na forma de viver, enganam-se aqueles que achavam que as mudanças haviam chegado ao fim e que todos já estariam adaptados. No campo da saúde os desafios se acentuam.

O ano de 2022 se aproxima com os desdobramentos da pandemia, como as transformações digitais, alterações da saúde mental de profissionais e da população em geral, finalização da vacinação na população brasileira e fortalecimento do SUS, bem como o resgate do cuidado às doenças infecciosas deixadas de lado como a aids, tuberculose, malária, leishmaniose, hanseníase, entre outras.

Diante da emergência criada pela covid-19 o combate a doenças já negligenciadas piorou dramaticamente. São doenças que afetam populações mais pobres e desassistidas e, com a pandemia, muitos tratamentos foram descontinuados e pesquisas foram interrompidas, prejudicando os pacientes e a progressão da ciência.

O distanciamento social e as medidas de segurança adotadas para evitar o aumento da transmissão do coronavírus fizeram com que a tecnologia entrasse em cena para assumir um importante papel para manter o sistema de saúde em funcionamento. 

A telemedicina, amplamente utilizada em todo o período de distanciamento social, continuará sendo importante aliada pela praticidade para os pacientes e profissionais da saúde.

Pode-se destacar os aplicativos como fortes aliados para o setor da saúde para manter a população conectada com os serviços públicos. Seu uso proporciona maior agilidade, evita deslocamento para realizar consultas ou retirar exames, dispensando a presença do paciente no serviço de saúde.

Outro desafio é o cuidado aos pacientes com sequelas e síndrome pós covid- 19, bem como depressão, ansiedade ou alterações da cognição, principalmente de profissionais e pessoas que tiveram familiares acometidos pela doença.

Ainda como grande desafio para a saúde em 2022 será concluir a vacinação da população brasileira e planejar sobre o que a covid-19 deixou de lição para o nosso sistema de saúde no que diz respeito a uma gestão estratégica do SUS.

(*) Enfermeira, pesquisadora do CNPq e Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Fonte: Publicado In: O Povo, de 12/01/2022. Opinião. p.16.

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