Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
*Os livros que li na infância e
adolescência continuam sendo os meus maiores mestres.
* Da infância guardo mais os desenhos
das galinhas de botinhas e dos Zé-Amarelinho… Jeca Tatu, que
dos textos do Monteiro Lobato.
* Ao falar em livros não me refiro ao
livro como forma física; é o saber, a cultura, a sucessão do conhecimento
registrado e acumulado no decorrer da vida em tantas gerações.
* Ao Homem não é dada a possibilidade
de ler tudo, assim como no tempo de uma vida não se é capaz de esgotar o que
foi ou está sendo escrito.
* Galeno, um dos maiores médicos da
era romana, escreveu a autobiografia com mais de 80 anos, após escrever –
dizem – cerca de 500 livros.
* Não sei, ser velho traz alguma
vantagem; Sócrates preferiu a morte por cicuta a ficar velho.
* Pouquíssimos são os escritores
abençoados com a capacidade de dizer e escrever as coisas mais límpidas.
* Quando assisto a debates referentes
aos perigos do computador e à morte do livro, parecem-me tão pueris como quando
associaram a imprensa à derrocada do saber.
* O novo sempre atemoriza as pessoas.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES) e da Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
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