sábado, 31 de dezembro de 2022

ENTÃO É NATAL!

Por Fernando Adeodato Junior (*)

Parafraseando a cantora Simone

Nem é preciso usar um megafone

Mais um Natal enfim vai chegando

E as esperanças vão-se renovando

 

Ano de fome, violência e guerra

Muitas mortes para se lamentar

Hecatombes sacudiram a terra

Mas nunca é tarde para levantar

 

Elda é Laerte deixaram saudade

Tempo de dor na família Gurgel

Também partiram pra eternidade

Os queridos primos Elsie e Rangel

 

Na música, Elza, Erasmo e Gal

Estão fazendo concerto no céu

Cada um com seu dom genial

O canto deles para nós emudeceu

 

No Mundial o Brasil fracassou

As esperanças de milhões sepultou

Mas seguir em frente é preciso

A vida não é um eterno paraíso

 

Cabe a nós vencer os desafios

Desenrolar cabos, linhas e fios

2023 está aí batendo à porta

Deus nos encoraja e nos exorta

 

Se pra você foi um ano bisonho

Esqueça tudo e olhe pra frente

Jamais desista do seu sonho

A tristeza não será recorrente

 

É preciso ter muita resiliência

O caminho precisamos trilhar

Esperar passar a turbulência

Um dia o sol voltará a brilhar

 

Nesta noite somos todos gratos

Manifestamos desejo bem nobre

Que não falte comida no prato

Do mais abastado ao mais pobre

 

Que os sinos que ecoam em Belém

Toquem as mentes da Humanidade

Fazer o bem sem olhar a quem

Deve ser nosso lema é prioridade

 

Um novo governo vai assumir

Para melhorar o nosso Brasil

Que o povão volte a consumir

E que não haja mais clima hostil

 

Cuidados com o meio ambiente

Com as crianças e os idosos

Tem muita gente descrente

Na volta de dias maravilhosos

 

Para os animais peço proteção

E o fim de todas as atrocidades

Que não lhes falte carinho e ração

E abanem o rabinho de felicidade

 

Pra concluir desejo aos presentes

Um Ano Novo com fé, saúde e paz

E que os pensamentos diferentes

Formem um elo que não se desfaz.

 

Fortaleza, 20 de dezembro de 2022

(*) Jornalista aposentado.

SONETO DE NATAL

Por Machado de Assis (*)

Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto . . . A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

 (*) escritor brasileiro

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

CURIOSIDADES SOBRE O NATAL III

8. Rudolph, a rena de nariz vermelho, foi uma jogada de marketing

Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho, é um personagem muito conhecido que existe há décadas. A maioria de nós cresceu assistindo-o no famoso filme de TV de 1964 com o mesmo nome, mas essa amada rena fez sua primeira aparição em 1939, quando a loja de departamentos Montgomery Ward pediu a um de seus editores que criasse uma história de Natal que eles pudessem distribuir aos clientes como uma tática promocional. O escritor, Robert L. May, escreveu a primeira história de Rudolph e a loja distribuiu 2,4 milhões de cópias do livro no primeiro ano de sua publicação.

9. Papai Noel é conhecido por mais de 30 nomes diferentes

Todos nós o conhecemos como Papai Noel, a figura adorável que traz brinquedos e outros presentes para as crianças no Natal. Mas você pode se surpreender ao saber que o Papai Noel também é conhecido por uma variedade de nomes diferentes em todo o mundo. E não, não estamos falando apenas dos conhecidos Santa Claus, Papá Noel, Kris Kringle ou São Nicolau. Por exemplo, na Hungria o conhecem como Mikulás e em Portugal o chamam de Pai Natal . Alguns de seus outros apelidos menos conhecidos em todo o mundo são Hoteiosho no Japão, Julenisse na Noruega e Père Noël na França. Na verdade, o lendário personagem é representado por mais de 30 nomes internacionais hoje!

10. Existe uma cidade do Papai Noel que você pode visitar em qualquer época do ano

Os dias que se seguem ao Natal nunca são fáceis de enfrentar. Afinal, quem gosta de deixar passar as festividades de Natal? Bem, uma das maneiras de reviver a magia das festas em qualquer época do ano é visitando a Aldeia do Papai Noel no Canadá. Estabelecido em 1955 como um destino turístico, este parque temático festivo está aberto 365 dias por ano e apresenta uma variedade de atividades específicas do Natal. A melhor parte é que você pode acampar aqui durante o verão ou ficar em uma bela cabana para uma escapada aconchegante. A cidade tem temática natalina e visitar o local, mesmo no verão, será uma chance de voltar a comemorar o Natal.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

CURIOSIDADES SOBRE O NATAL II

4. O "eggnog" é uma bebida medieval

Eggnog é sinônimo de celebrações de Natal em todo o mundo. As raízes desta famosa bebida de Natal estão em uma bebida britânica medieval conhecida como posset. Feito com vinho ou cerveja, creme, açúcar e ovo, era uma bebida láctea engrossada com qualquer coisa, de pão a aveia, e servida quente. Diz-se também que os monges do século XIII saboreavam esta deliciosa mistura com a adição de ovos e figos. Com o tempo, o eggnog chegou às colônias americanas e logo se tornou uma bebida conhecida mesmo no Hemisfério Sul.

5. O primeiro cartão de natal do mundo

De acordo com o Guinness World Records, o primeiro cartão de Natal do mundo foi enviado por Sir Henry Cole, um empresário nascido em Bath, para sua avó em 1843. Foi colorido à mão pelo ilustrador londrino John Calcott Horsley e vendido em leilão no Reino Unido por colossais USD $ 28.158 em 2001, tornando-o o cartão de felicitações mais caro do mundo. O cartão mostra três gerações de uma família desfrutando alegremente de um jantar de Natal.

6. "Noite Feliz" é a música de Natal mais gravada da história

"Noite Feliz" é uma das canções de Natal mais conhecidas. A letra do hino foi escrita por Joseph Mohr em 1816 e foi inspirada na história de Natal do nascimento de Jesus. Acontece que Noite Feliz também é a canção de Natal mais gravada em história com mais de 733 versões diferentes protegidas por direitos autorais desde 1978. “Joy to the World” é o segundo na lista com 391 registros em seu nome.

7. A tradição de montar árvores de Natal tem origens alemãs

Montar uma árvore de Natal é talvez uma das tradições natalinas mais queridas. Mas você sabe de onde surgiu essa tradição? A primeira árvore de Natal foi decorada há cerca de 500 anos na Alemanha, quando cristãos devotos começaram a trazer árvores decoradas para suas casas no século 16 durante o período festivo. O costume foi trazido para os Estados Unidos por colonos alemães na Pensilvânia no século 19, e erguer árvores de Natal durante a temporada tornou-se parte da cultura do país e continua a crescer. 

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

CURIOSIDADES SOBRE O NATAL I

1. Jingle Bells era originalmente uma música de Ação de Graças!

"Jingle Bells" é uma das canções de Natal mais populares. No entanto, você sabia que foi originalmente escrita como uma canção de Ação de Graças? James Lord Pierpont, um organista da igreja Unitarista, compôs a canção "The One Horse Open Sleigh" na década de 1850 para sua classe da escola dominical de Ação de Graças e foi tocada pela primeira vez durante um concerto de Ação de Graças em sua igreja. A canção foi publicada oficialmente em 1857 e décadas depois foi adotada no Natal como "Jingle Bells".

2. Voluntários no Canadá respondem às cartas ao Papai Noel de todo o mundo.

A tradição de as crianças escreverem cartas para o Papai Noel no Natal existe há séculos. Mas quão maravilhoso seria obter uma resposta do próprio Bom Velhinho? Isso é o que alguns "elfos postais" de pequenas cidades estão tornando possível. Por mais de 40 anos, os voluntários dos serviços de Correio do Canada responderam a milhões de cartas de crianças que chegam a eles todos os anos no Natal em vários idiomas. Seu pequeno gesto ajuda a trazer aquela pequena magia extra para a vida de inúmeras crianças no Natal.

O endereço? Papai Noel, Pólo Norte, HOH OHO, Canadá. Apenas certifique-se de incluir um endereço de retorno para garantir que seu próprio elfo receba uma resposta...

3. O Natal nem sempre foi em 25 de dezembro

Embora o Natal seja comemorado universalmente em 25 de dezembro para marcar o nascimento de Jesus Cristo, você pode se surpreender ao saber que a festividade nem sempre caiu nessa data. Na verdade, o nascimento de Jesus Cristo não foi comemorado durante os primeiros três séculos da existência do cristianismo. Além disso, o dia 25 de dezembro não é mencionado na Bíblia e o livro sagrado não se refere ao aniversário exato de Jesus. Acredita-se que a primeira menção oficial de 25 de dezembro como feriado para observar o aniversário de Jesus Cristo tenha sido em 336 DC. em um calendário romano antigo. Alguns historiadores acreditam que 25 de dezembro foi escolhido como o feriado oficial porque coincidia com o festival pagão da Saturnália, que honrava o deus romano da agricultura, Saturno, com as festividades familiares e presentes que agora associamos ao Natal.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

DEZ CURIOSIDADES SOBRE O NATAL QUE VOCÊ NÃO CONHECE

O Natal está ao virar da esquina. A celebração milenar tem séculos de tradição e significado e continua sendo um dos feriados mais populares do mundo. Este ano, as comemorações de Natal voltarão a ser feitas com reuniões familiares - algo que havia se tornado impossível devido à pandemia de coronavírus.  É hora de muita animação e expectativa. 

Aqui estão alguns fatos divertidos e surpreendentes sobre o Natal que certamente o deixarão de bom humor imediatamente. Faça uma pausa no ritmo agitado da temporada de festas e confira esses fatos fascinantes sobre o Natal.

Eles serão apresentados em três postagens a seguir neste blog.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

NATAL de Fernando Pessoa

Por Fernando Pessoa (*)

Natal. Na província neva.

Nos lares aconchegados

Um sentimento conserva

Os sentimentos passados.


Coração oposto ao mundo,

Como a família é verdade!

Meu pensamento é profundo:

Por isso tenho saudade.


E como é branca de graça

A paisagem que não sei,

Vista por trás da vidraça

Do lar que nunca terei!

(*) poeta português


segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

VACINA CONTRA COVID-19: direito e dever

Por José Sarto (*)

O aumento no número de casos de Covid-19 nas últimas semanas gera preocupação e reforça, mais uma vez, a importância da vacinação. A vacina é a ferramenta disponível mais eficaz no enfrentamento da pandemia. Por isso, temos feito todo o possível na Capital para assegurar esse direito a cada um dos fortalezenses. Mas, infelizmente, temos registrado redução da procura por parte da população, especialmente para o público infantil.

Em que pesem os esforços do Município para descentralizar locais de atendimento, realizar mutirões e fazer a vacina chegar aos bairros e comunidades, enfrentamos, desde o início da pandemia, o imenso desafio de superar o negacionismo, a desinformação e a falta de uma liderança nacional em favor da imunização. O pior efeito disso é a resistência de muitas famílias em se vacinar e vacinar suas crianças não apenas contra a Covid-19, mas também contra doenças que já foram erradicadas no País e agora voltam a ser um risco.

No caso da Covid-19, registramos atualmente mais de 1,9 milhão de pessoas, em todas as faixas etárias, que não concluíram o esquema vacinal ou estão com doses em atraso em Fortaleza. Não queremos que essa baixa adesão se reverta em alta demanda hospitalar. Por esse motivo, temos reunido as equipes e estamos trabalhando em novas estratégias. Estejam certos do nosso compromisso e empenho nesta causa. Nos próximos dias, anunciaremos medidas para atualizar o cartão de vacinação dos adultos e alcançar nossas crianças.

Diante desse contexto, é fundamental reforçar: vacinas salvam vidas. Têm eficácia e segurança confirmadas pelas principais agências sanitárias do mundo. Fornecem boa proteção para adultos e crianças. Graças à vacina, temos reduzido a gravidade de casos de coronavírus e também o número de óbitos. Mas a pandemia ainda é uma realidade e não podemos descuidar. Pedimos que cada fortalezense procure um centro de vacinação e busque tomar as doses disponíveis. Vamos juntos fortalecer essa luta contra a Covid-19 protegendo nossa saúde e a saúde daqueles que tanto amamos. A imunização é um pacto coletivo e depende da adesão de todos.

(*) Médico ginecologista. Prefeito de Fortaleza.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 30/11/2022. Opinião. p.25.

domingo, 25 de dezembro de 2022

BEM NO NATAL

Por Rev. Munguba Jr. (*)

Como poderemos celebrar esse Natal com tantos problemas em nossa nação?

Depois de dois períodos natalinos sob a espada da pandemia, nos preparamos agora para vivermos o Natal com a marca da impunidade e dos desmandos de autoridades.

No primeiro Natal, conhecemos o rei Herodes, um rei egoísta, imaturo e inconsequente. Ordenou a morte de milhares de crianças, trazendo dor e luto para seus súditos, simplesmente, para tentar aplacar sua insegurança, inveja e loucura.

Nessas semanas que antecedem o Natal, somos testemunhas oculares de alguns eventos: soltura de um político condenado a mais de quatrocentos anos de reclusão, traficantes postos em liberdade e ladrões felizes com a máxima "o crime compensa", ao mesmo tempo, líderes religiosos, índios e pais de família são presos porque "ousaram" declarar a sua opinião.

A mensagem do Natal passa por um Deus que decidiu encontrar-se com o homem e transformar o seu futuro. Fala também de humildade, de uma adolescente que aceitou o desafio de jogar fora a sua reputação para atender o chamado do seu Deus. Ser mãe solteira na Galileia, no primeiro século, era uma sentença de morte.

Hoje, não se trata de Lula ou Bolsonaro, mas de uma conjuntura que rouba a alegria, a dignidade, os sonhos de uma nação livre, forte e independente.

Será que o Herodes pós-moderno vai permitir que as nossas crianças sobrevivam? O que alguns celebram hoje, namorando com o radicalismo ditatorial do nosso judiciário, logo chorarão pela chegada de um decreto de Herodes contra a sua família.

Pois é, pode ser que bem no Natal desse ano, chegue a notícia de que temos entre nós pessoas caladas, tolhidas, maniatadas, marginalizadas apenas por decidirem pousar em casa simples e embalar seus sonhos em uma manjedoura que pode conter o poder para transformar o futuro.

Nada, nem ninguém, poderá prender o poder do Natal, a transformação que acontece de dentro para fora. Mesmo que tentem, não conseguirão. O conteúdo de amor é mais forte.

Desejo para você paz e bem, bem no Natal e em todo o ano de 2023. 

(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador Cristão da Coreia do Sul Para a Implantação da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil.

Fonte: O Povo, 24/12/2022. Opinião. p.18.

NATAL

Por Lúcia Helena Galvão (*)

Tempos antigos... pouco nítidos, remotos, ainda que bem mais intensos que o agora,
pois que jamais deixou de ser vivo e real o meu fascínio pelas noites de Natal.

Luzes e cores e a vontade de voltar para um misterioso lar que, insistente, em algum lugar, me atrai e espera...
Chama latente em minha vida, herdada desta minha pátria já distante e bem guardada em algum canto antigo do meu coração, país longínquo, desprovido de paixão, e adornado só com simples emoções,
dourado e matizado em sonhos e certezas como a de achar, em algum lugar, um Ancião,
puro e tão sábio, radiante e luminoso, que, em meio ao frio, é calidez de uma esquecida alma ardente,
Presença Pura, o mais precioso dos presentes.

 

Há de existir este mistério, onde estará?
Esse encontro pelo qual eu tanto espero, de uma noite clara e plena de Natal...
Brinquedos lindos, que funcionam qual portal para um mundo extraordinário de aventuras,
mesas com doces, pirulitos e lembranças de um sonho que a todos embala e a tudo cura.

 

Ah, as eternas crianças... sempre perdidas em si mesmas, sempre tristes, já esquecidas de que Papai Noel existe, por um momento, porém, redimidas pela magia desse sonho imortal...
Sei que um dia surgirá, sinto esse dia, em que seremos todos puros como antes; resgataremos este tempo tão distante e tão presente...

E todos nos apoiaremos, simplesmente, sobre as janelas, alcançando seus batentes, a buscar renas galopando em céu brilhante...
Com rostos sujos de açúcar e confeitos, com almas simples, mas com corações perfeitos e debruçados nas janelas que nos dão acesso aos céus.
Puros, singelos, olhando e contando estrelas, tentando ver se encontramos a Mais Bela,
que é a janela em que se debruça Deus...

(*) Professora de Filosofia da Nova Acrópole. Poema circulando por e-mail.

NÃO SE DISTRAIA...

Por Pe. Eugênio Pacelli SJ (*)

O Natal é uma época linda! Tempo de encher o coração de esperança e expectativa. Tempo onde a Luz de Deus nos visita e ilumina nossos corações e o mundo inteiro. Há um colorido especial! As luzes, os presépios, as casas caprichosamente arrumadas, tornam até o ambiente mais árido e triste em sinal de alegria e esperança.

Tu vens, Tu vens, eu já escuto os Teus sinais...e já te esperamos pressurosos. Quando eu era criança, em Ibiapina, junto com meus cinco irmãos, contávamos os dias para a decoração da casa com a montagem do presépio. A montagem do presépio para mim era uma verdadeira liturgia. Tudo era construído com fé e carinho, sob o olhar carinhoso de nossa mãe. Era já um momento de alegria para a festa que se aproximava. Era o momento da família!

Para além dessa alegria pueril e inocente, há dois personagens que me chamam a atenção nesse período, em preparação ao Natal. Primeiro, o profeta Isaías, profeta da boa notícia, aquele que anima os corações desanimados e inquietos. Anuncia o Kairos de Deus, a vitória de Deus. O outro é João Batista, que possuía uma vida muito rígida e coerente, com forte apelo à conversão, que chamava a todos a aplainar os montes, ou seja, aplainar os medos e a incapacidade de caminhar e sonhar para novos horizontes e assumir um compromisso concreto no tempo do Advento. São profetas que nos tiram da inércia e nos convidam a se por a caminho e em movimento.

Profetas de ontem e de hoje, com exortações muito pertinentes e atuais. Junto a esses profetas, vale a pena mencionar o nosso Papa Francisco, que nos chama a ter atitudes concretas e factíveis com a realidade. A chegada deste tempo novo é, mais do que nunca, momento de deixar à mostra o cristão que cultivamos em nós como instrumentos de solidariedade, esperança e cuidado com a casa comum.

Momento de evitar distrações e cuidar para vivenciar um natal com perdão, sem mágoas, sem ressentimentos, sem irmãos (as) famintos, sem esquecer de desejar "Feliz Natal". Tempo para reunir a família e renovar os laços que nos unem e tomar consciência que família é lugar de Deus, é a verdadeira essência de Deus.

Não nos distraímos com a correria das festas, com o consumo, com as ceias e tantos apelos externos de coisas que nos impedem de ver o que é essencial e importante. O essencial é ter a certeza que Deus nos visita e arma sua tenda em nossa Vida.

(*) Sacerdote jesuíta e mestre em Teologia. Diretor do Seminário Apostólico de Baturité.

Fonte: O Povo, de 17/12/2022. Opinião. p.14.

sábado, 24 de dezembro de 2022

APROXIMA-SE O NATAL DO CRISTO SENHOR

Dos Sermões de São Máximo de Turim, bispo

Ainda que eu me calasse, irmãos, lembra-nos o tempo que o Natal do Cristo Senhor se aproxima, pois a brevidade dos dias se adianta à minha pregação. Justamente por suas aflições, o mundo manifesta que se aproxima algo que o tornará melhor, e deseja ardentemente que o resplendor de um sol mais luminoso ilumine suas trevas.

Receando que o seu curso se encerre com a brevidade das horas, espera, de certo modo, que o ano se renove. Essa expectativa da criação também nos leva a esperar que o Cristo, novo sol, ilumine com seu nascimento as trevas dos nossos pecados. E que, como sol de justiça, pelo poder do seu Natal, ponha fim à longa noite dos nossos delitos, não permitindo que o curso de nossa vida termine com uma brevidade funesta, mas se prolongue ao contrário pela força de sua graça.

Conhecendo, pois, o Natal do Senhor, que até o mundo nos indica, façamos também nós o que ele costuma fazer: assim como nesse dia ele prolonga sua luz, aumentemos também nossa santidade! Assim como a luz desse dia é comum aos pobres e ricos, também a nossa liberalidade seja comum aos peregrinos e indigentes! e assim como o mundo começa então a repelir a escuridão de suas noites, extirpemos também nós as trevas da nossa avareza!

Irmãos, ornemo-nos de vestes puras e brilhantes para celebrar o Natal do Senhor! Refiro-me às vestes da alma, e não às do corpo. Cuidemos não das vestimentas de seda, mas das boas obras! As vestes limpas podem cobrir o corpo, mas não ornar a consciência, e nada há de mais vergonhoso do que caminhar com vestes limpas, mas com sentimentos impuros. Purifiquemos primeiro os nossos afetos, antes de enfeitarmos a nossa aparência. Lavemos nossas manchas espirituais, para que refuljam em nós as vestes do corpo. Pois de nada valem nossas vestes refulgentes, se tivermos a alma manchada pelo pecado. Quando a consciência está nas trevas, todo o corpo é obscuro. Temos com o que purificar nossa consciência de suas manchas, pois está escrito: Dai esmola e tudo ficará puro para vós (Lc 11,41). Bom é o preceito da esmola, pelo qual purificamos o coração trabalhando com as mãos.

Fonte: Sermo 61a,1-3: CCL 23,249.250-251 (Séc. V).

NASCEU PARA NÓS O SALVADOR!

Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Novamente, o Natal se aproxima. É um tempo que nos envolve e motiva, espontaneamente, a idealizar encontros com pessoas que nos são queridas para comemorar esta data. Os enfeites, luzes, músicas, apresentações natalinas e as comidas típicas dessa época aguçam nossos sentidos. Somos bombardeados por propagandas e ofertas que tentam nos conduzir para o consumismo desregrado, que desviam da essência do Natal, da simplicidade que envolve este acontecimento e, principalmente, da exaltação do "Verbo de Deus", que "se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14).

Faço questão de todos os anos escrever aqui sobre o Natal, porque é o momento favorável de renovar nossa crença na encarnação do Filho de Deus. Jesus, o Emanuel, Deus Conosco se faz um de nós. Aquele que é eterno entra no tempo (kronos) e muda nossa história. Seu nascimento é a mensagem de que Deus não nos abandonou à própria sorte, mas cumpriu a Sua promessa. Nele se realizou o que foi dito pelos profetas e chegou para nós a salvação.

No Natal, a humanidade recebe o maior dos presentes, o dom de Deus, o Menino Jesus. Ele nasceu na simplicidade de um estábulo, foi reclinado em uma manjedoura, pobre entre os pobres. Seu nascimento foi anunciado por um anjo aos humildes pastores. Em contraste com a pobreza que cercou este acontecimento, se revelou o esplendor celeste. Uma multidão de anjos apareceu e cantou louvores ao Altíssimo: "Glórias a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados" (Lc 2,14).

Nós somos os amados de Deus. Jesus veio nos manifestar esse amor e se tornar nosso irmão para que nos tornássemos filhos de Deus. Jesus veio irradiar a luz, como disse o Profeta Isaías: "O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu" (Is 9,1).

Vivemos tempos difíceis. Acabamos de passar por uma pandemia que ceifou muitas vidas. Uma guerra está acontecendo e a humanidade sofre com os flagelos da fome, da seca, das injustiças. Vê a inversão dos valores éticos, morais e, principalmente, cristãos. Então, mais do que nunca precisamos d'Essa luz e anunciar a Boa-Nova da salvação em meio a todos que sofrem. Celebrar o Natal é deixar que a força da luz de Jesus ilumine todas as situações de sombras. É dissipar o medo e acreditar no que disse o anjo: "Não temais, eis que vos anuncio uma boa notícia que será uma grande alegria: hoje vos nasceu um Salvador, que é o Cristo Senhor" (Lc 2,10).

Depois de dois anos sem podermos confraternizar, estamos felizes em reunirmos novamente com nossos familiares e amigos para celebrar o Natal. É ocasião de perdoar, de esquecer as mágoas e deixar as tristezas de lado, pois na ternura do Menino Jesus nasce um novo tempo. Um tempo de esperança, porque Ele nos concedeu Sua luz, venceu as trevas e fez reinar a Sua paz.

Desejo a todos um santo e Feliz Natal!

(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).

Fonte: O Povo, de 3/12/2022. Opinião. p.18.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

MEDICINA DA UFC (1977-2022): 45 anos de formatura da Turma Prof. José Carlos Ribeiro

Eu tinha sido instado por colegas a cuidar da organização do terceiro livro da nossa turma de médicos formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), o que poderia ser viável, considerando os dez anos decorridos da obra anterior.

Eu estava de acordo em assumir novamente esse encargo, mas definido que a linha editorial dessa obra fosse pertinente aos tempos de acadêmicos, e, portanto, mais nos moldes do livro dos 30 anos, ficando para 2027, quando a maioria de nós será composta de “jubilados”, com já meio século de labuta médica, a organização da obra do nosso cinquentenário enfeixando nossas atividades profissionais.

Imbuído desse espírito, fui prospectar nos escaninhos da minha longínqua memória, de fatos transcorridos há cerca de meio século, produzindo 23 (vinte e três) narrativas que ficaram distribuídas nas três primeiras Partes desta obra: I – Recordações Pré-universitárias; II – Recordações Universitárias; e III – Homenagens Funcionais. Essas narrativas foram antecipadas e detidamente discutidas com o Prof. Dr. Sebastião Diógenes Pinheiro, que sempre me emulou a que eu transpusesse para o papel lembranças que poderiam se dissipar na passagem dos tempos, sonegando às gerações futuras o direito ao acesso de tão preciosos informes.

Por ser um conhecido “causeur”, com centenas de causos médicos descritos e publicados em livros, e outros tantos ainda inéditos, achei por bem criar a Parte IV – Causos da Medicina UFC Turma 1977, reservada a causos de tempos universitários. Contudo, para não olhar só para o meu próprio umbigo, me vali dos préstimos de outros colegas bons contadores de causos para que oferecessem suas contribuições pessoais que viriam a se aglutinar com cinco causos meus relacionados às disciplinas de Anatomia. De pronto, estimulados por mim, cinco colegas: José Luciano Sidney Marques, José Ramon Porto Pinheiro, Lineu Ferreira Jucá, Lúcio Flávio Gonzaga Silva e Solon Vieira de Albuquerque, aquiesceram em contar causos e curiosidades, dos quais foram protagonistas.

Com a intenção de agregar demais colegas da turma, concebeu-se a Parte V – Autobiografias Universitárias, destinada ao acolhimento das lembranças de cada um até à solenidade da colação de grau em 23 de dezembro de 1977. Para manter um certo padrão de uniformidade, ficou estabelecido que essas memórias deveriam conter entre 2.900 e 3.100 caracteres com espaços, correspondentes a duas páginas desse livro, e se ater ao período anterior à formatura, com a promessa de que os fatos alusivos à vida de médico seriam objeto de descrição nas autobiografias do livro comemorativo do nosso Jubileu Áureo.

Responderam positivamente à minha conclamação os seguintes colegas: Francisco Delano Campos Macedo, Francisco Jean Crispim Ribeiro, Iracema Salatiel Barbosa de Alencar, Janedson Baima Bezerra, João Ferreira Brito Filho, José Fernandes Dantas, José Henrique Gurgel, José Luciano Sidney Marques, José Ramon Porto Pinheiro, Laura Cidrão Frota, Lineu Ferreira Jucá, Lúcio Flávio Gonzaga Silva, Luís Eduardo Callado, Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Maria Edsoni Guerra Bezerra, Maria Roseli Monteiro Callado, Raimundo José Barbosa do Carmo, Sara Lúcia Ferreira Cavalcante, Solon Vieira de Albuquerque, Stella Maria Torres Furlani e Zaqueu Torres Esmeraldo.

Na Parte VI – Posfácio / Anexos / Apêndices, além dos sumários dos dois livros anteriormente editados, foi inclusa uma Iconografia Universitária, exibindo reprodução de fotografias oriundas dos álbuns de formatura cortesmente cedidas pelos colegas Raimundo José Barbosa do Carmo e Solon Vieira de Albuquerque, aos quais muito agradeço.

Esse livro foi ricamente ornado na sua abertura e no fechamento, respectivamente, pelos prefácio e posfácio, da lavra dos amigos, colegas e confrades da Academia Cearense de Medicina, Elias Geovani Boutala Salomão e Sebastião Diógenes Pinheiro, ambos ex-coordenadores do Curso de Medicina da UFC e seguidamente homenageados por turmas de médicos diplomados por essa instituição.

Por último, mas não menos importante, assinalo os meus agradecimentos a todos que contribuíram com seus textos e suprimentos que ajudaram a ilustrar essa publicação.

Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Academia Cearense de Medicina – Cad. 18

*Publicado In: Revista Digital Jornal do Médico. Ano III, Nº 34, dezembro de 2022 p.34-36. 

FOLCLORE POLÍTICO XCIII: Porandubas Políticas 604

Abro a coluna com Vargas.

Água no feijão

Getúlio recebe o repórter no Palácio do Catete:

– “Presidente, para vencer na política, o que é necessário?”

– Vargas: “Muita coisa. Por exemplo, boa memória. A política é como água no feijão. O que não presta flutua. O que é bom repousa no fundo.”

Pequena reflexão. Quem é bom e quem não presta na política brasileira? Quem flutua na água e quem está no fundo? Um prêmio para quem acertar a resposta.

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Defesa de Mestrado em Avaliação de Políticas Públicas (CCA/UFC) de Márcia Maria Araújo da Silva

Aconteceu na manhã de hoje (22/12/22), de forma virtual, na Universidade Federal do Ceará, mais uma Defesa de Dissertação do Mestrado Profissional em Avaliação de Políticas Públicas – MPAPP, do Centro de Ciências Agárias da Universidade Federal do Ceará (UFC).

A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Fernando José Pires de Sousa (orientador), Felipe Braga Albuquerque, Marcelo Gurgel Carlos da Silva e Regina Cláudia de Oliveira Melo, aprovou a Dissertação “Avaliação das condições de saúde e segurança de trabalho dos profissionais da saúde em unidades hospitalares públicas do Ceará no contexto da pandemia de covid-19”, apresentada pela mestranda MÁRCIA MARIA ARAÚJO DA SILVA.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE

REFUGIADOS INTERNOS: perguntar será pecado?

Meraldo Zisman (*)

Médico-Psicoterapeuta

Perguntar não é pecado: como surgiu esse novo categoria de deslocado, o refugiado interno?

O que atinam? Será que tenho razão quanto à existência dessa nova categoria de refugiado?

Refugiados são criaturas que fogem de um país para outro por motivos de guerra ou de perseguição política, entre outros. Diferente dos imigrantes, as pessoas que saem de seus países por vontade própria, visando melhor condição de vida. Com a guerra na Ucrânia voltou-se aos tempos dos deslocados (refugiados) de guerra ou como dizem em inglês “displaced person” (ter sido forçado a deixar sua casa, por uma invasão). Lembro que, “displaced” é sinônimo de inconveniente, impróprio, inadequado, inoportuno para a região que o acolhe.

Desconheço situação mais vexatória para um ser humano que se tornar refugiado, desprovido de segurança psico-bio-econômico-social. O refugiado perde os direitos a qualquer proteção, seja ela social, jurídica, econômica, alimentar, de moradia ou de existência. Em suma, a questão do refugiado no mundo contrai contornos dramáticos, pois, além dos problemas severos que afligem suas diferenças áreas de origem, ainda se associam outras dificuldades.

Entre essas dificuldades destacam-se as diferenças culturais, enigmas com idiomas, busca por emprego e, especialmente, a xenofobia (aversão a estrangeiros) que sofrem.

Ademais, existem várias categorias de refugiados, definidas pelas causas: por perseguição política, conflito armado, fome, discriminação racial, social, religiosa e até os alijados por razões ecológicas.

Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, são agora mais de 4 milhões de pessoas que se refugiaram em países vizinhos. Em sua maior parte crianças, velhos e mulheres.

O mais triste/curioso é que muitos refugiados desta guerra foram se abrigar em sua própria nação, invadida. O enigma é que mais de 7,1 milhões de pessoas estão deslocadas internamente, conforme o relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Será essa “fuga interna” causada por preconceito quanto a pequenas diferenças (‘ver’ Sigmund Freud)? O que fazer? Como classificá-los?

Perguntar não é pecado: como surgiu esse novo categoria de deslocado, o refugiado interno?

O que atinam? Será que tenho razão quanto à existência dessa nova categoria de refugiado?

Repito: Perguntar não é pecado!

(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES) e da Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).


quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

PÓS-MODERNIDADE E ESPIRITUALIDADE

Por Pe. Eugênio Pacelli SJ (*)

Neste tempo de velocidade vivemos uma secreta angústia. Segundo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vivemos em um tempo que escorre pelas mãos, um tempo líquido em que nada é para persistir. Não há nada tão intenso, nada sólido que consiga permanecer e se tornar verdadeiramente necessário. Tudo é transitório.

Não há a observação pausada e saboreada daquilo que experimentamos, é preciso fotografar, filmar, comentar, mostrar, sob o risco de não ser considerado verídico. A sociedade está marcada pela ansiedade, reina uma incapacidade de experimentar profundamente o que nos chega, o que importa é poder descrever aos demais, mostrar ao mundo o que se está fazendo. Na contramão, Santo Inácio de Loyola nos ensina a saborear as coisas internamente.

Na era do Instagram e do Tik Tok também não há desagrados, se não gosto de uma declaração, de um pensamento, de um posicionamento, deleto, ignoro, desconecto, bloqueio. É a era do cancelamento e da falta de tolerância. Perde-se a profundidade das relações e dos acontecimentos, perde-se o diálogo que possibilita a harmonia e também o destoar, o discordar.

Nas relações virtuais não existem discussões que terminem em abraços vivos, as discussões são distantes, ásperas. Analisamos o outro por suas fotos, pelas frases de efeito, pelos lugares que frequenta, pelas marcas que expõe, digerimos os recortes feitos pelas imagens publicadas como a vida real, que raramente correspondem à verdade.

Ao mesmo tempo em que experimentamos um isolamento protetor, vivenciamos uma absoluta exposição. Não há o privado, tudo é desvendado: o que se come, o que se compra; o que nos atormenta e o que nos alegra. Vivemos um tempo de angústia e ansiedade. Filosoficamente a angústia é o sentimento do nada e a ansiedade da aceleração. O corpo se inquieta e a alma sufoca. Há uma vertigem conduzindo as relações, tudo se torna vacilante, tudo pode ser deletado, cancelado: o amor e as amizades.

Na espiritualidade Inaciana o discernimento ocupa um lugar de destaque. Alimentemos a capacidade de discernir os prós e os contras para uma decisão madura e feliz. Não podemos fugir das realidades tecnológicas na modernidade, porém devemos usá-las com discernimento, senso crítico e maturidade para que não nos tornemos escravos delas e caíamos num individualismo doentio que nos separa dos outros e nos afasta da realidade.

Pense nisso. 

(*) Sacerdote jesuíta e mestre em Teologia. Diretor do Seminário Apostólico de Baturité.

Fonte: O Povo, de 19/11/2022. Opinião. p.14.