Por Eduardo Girão (*)
Sim! Já
estamos em um Estado de exceção *sob o domínio das togas de alguns ministros de
Tribunais superiores do País que não respeitam a nossa Constituição. Demonstram
ter um lado político-ideológico bem definido, censurando quem
não pensa igual a eles.
A parcialidade no
último pleito foi evidente por meio de decisões controversas que, pela primeira
vez em 133 anos de República Brasileira, teve o resultado contestado por boa
parte de cidadãos que está nas ruas há um mês se manifestando.
O TSE é uma
estrutura pesada que custou mais de 2 bilhões de reais só no ano de 2020.
Apesar de existir em outros países, apenas no Brasil temos uma justiça
eleitoral com tamanhos poderes.
O TSE
funcionou como um verdadeiro partido político, beneficiando explicitamente um
candidato, condenado por três instâncias, nove juízes, com avassaladoras provas
materiais e testemunhais do envolvimento no maior esquema de
corrupção que desviou mais de 100 bilhões de reais do povo brasileiro.
Assistimos
à prática da perseguição política a conservadores típicas de uma ditadura,
a do Poder Judiciário, que é a pior de todas, pois contra ela não há a quem
recorrer, segundo alertou Ruy Barbosa há mais de 100 anos.
A nossa
Constituição deu apenas ao Senado da República o poder para coibir
abusos dos ministros da Suprema Corte. Mas a maioria dos senadores optou pela
omissão covarde. Tenho apoiado todos os pedidos de impeachment, sendo três
deles de minha autoria, incluindo Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso.
Realizamos também várias Audiências Públicas chamando esses magistrados para
dar as devidas explicações.
Porém eles
têm recusado dialogar sobre democracia conosco, preferindo fazer palestras
em viagens caríssimas aos Estados Unidos, desrespeitando com isso a
sociedade a exemplo do lamentável episódio em que o ministro Barroso disse a um
cidadão brasileiro que o questionava educadamente: "Perdeu, mané. Não
amola", uma gíria usada por meliantes quando subtraem algo de alguém....
Mesmo com o
Senado cego, surdo e mudo, continuarei fazendo a minha parte para o fim
da "ditadura da toga" no Brasil. A participação do cidadão-
a sua- é fundamental para conquistarmos essa liberdade. Enquanto é tempo...Paz
& Bem.
(*) Empresário. Senador pelo Podemos/CE.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 3/12/22. Opinião, p.21.
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