Por Desirée Mota (*)
Ao longo dos anos e no século XIX as mulheres foram conquistando
sua independência ocupando o seu espaço tanto socialmente quanto
profissionalmente. Mas há muito o que percorrer, ainda, para que as mulheres
possam obter isonomia em relação aos homens.
Avanços estão acontecendo a exemplo das duas mulheres que
ocuparam agora mais recentemente a Presidência dos principais bancos públicos
brasileiros - a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. São elas Tarciana
Medeiros e Maria Rita Serrano, respectivamente. Ambas são funcionárias de
carreiras das instituições que irão presidir. Vale ressaltar que a prioridade
será oferecer linhas de crédito para famílias de baixa renda endividadas,
promessas de campanha.
Tanto no setor público como no privado elas têm ocupado
não só cargos de altos escalões, mas também de liderança. Isso demonstra que
além de possuírem competências únicas, as mulheres se apresentam como melhores
líderes durante as crises. A constatação encabeça um levantamento da Harvard
Business Review. conforme o estudo, durante a pandemia de covid-19, por
exemplo, partiram delas os resultados mais positivos e as contribuições
expressivas para o engajamento dos trabalhadores. Nesse estudo o público
feminino se sobressaiu, por causa do uso de habilidades interpessoais, como
colaboração, trabalho em equipe e motivação, conforme as respostas dos
entrevistados.
Mesmo diante de todas as conquistas femininas ao longo do
tempo os homens ainda ocupam mais da metade de todos os postos de trabalho.
Ainda recebem em média, 30% a mais do que elas. Essa diferença salarial é
gritante e é uma das principais lutas da categoria.
A capacidade técnica, comportamental e as competências que formam o
perfil da liderança feminina são essenciais para o período dinâmico pelo qual
o mercado corporativo está passando, influenciado pela transformação
digital e o futuro do trabalho.
A liderança feminina é essencial para estabelecer a igualdade
de gênero dentro de uma empresa e, assim, contribuir para a igualdade na
sociedade.
(*) Economista e diretora do Instituto EDESE (Estudos de
Desenvolvimento Econômico Social e Empreendedorismo).
Fonte: Publicado In: O Povo, de 10/02/23. Opinião, p.21.
Nenhum comentário:
Postar um comentário