quarta-feira, 8 de março de 2023

MULHERES OCUPANDO CARGOS DE LIDERANÇA

Por Desirée Mota (*)

Ao longo dos anos e no século XIX as mulheres foram conquistando sua independência ocupando o seu espaço tanto socialmente quanto profissionalmente. Mas há muito o que percorrer, ainda, para que as mulheres possam obter isonomia em relação aos homens.

Avanços estão acontecendo a exemplo das duas mulheres que ocuparam agora mais recentemente a Presidência dos principais bancos públicos brasileiros - a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. São elas Tarciana Medeiros e Maria Rita Serrano, respectivamente. Ambas são funcionárias de carreiras das instituições que irão presidir. Vale ressaltar que a prioridade será oferecer linhas de crédito para famílias de baixa renda endividadas, promessas de campanha.

Tanto no setor público como no privado elas têm ocupado não só cargos de altos escalões, mas também de liderança. Isso demonstra que além de possuírem competências únicas, as mulheres se apresentam como melhores líderes durante as crises. A constatação encabeça um levantamento da Harvard Business Review. conforme o estudo, durante a pandemia de covid-19, por exemplo, partiram delas os resultados mais positivos e as contribuições expressivas para o engajamento dos trabalhadores. Nesse estudo o público feminino se sobressaiu, por causa do uso de habilidades interpessoais, como colaboração, trabalho em equipe e motivação, conforme as respostas dos entrevistados.

Mesmo diante de todas as conquistas femininas ao longo do tempo os homens ainda ocupam mais da metade de todos os postos de trabalho. Ainda recebem em média, 30% a mais do que elas. Essa diferença salarial é gritante e é uma das principais lutas da categoria.

A capacidade técnica, comportamental e as competências que formam o perfil da liderança feminina são essenciais para o período dinâmico pelo qual o mercado corporativo está passando, influenciado pela transformação digital e o futuro do trabalho.

A liderança feminina é essencial para estabelecer a igualdade de gênero dentro de uma empresa e, assim, contribuir para a igualdade na sociedade. 

(*) Economista e diretora do Instituto EDESE (Estudos de Desenvolvimento Econômico Social e Empreendedorismo).

Fonte: Publicado In: O Povo, de 10/02/23. Opinião, p.21.

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