Por
Vladimir Spinelli Chagas (*)
Em março de 2021, iniciamos uma série de artigos envolvendo a Santa
Casa da Misericórdia de Fortaleza, relembrando o seu pioneirismo em várias
áreas, sua bela história de acolhimento aos mais carentes, suas
principais dificuldades e sua garra de continuar se aprimorando para servir
cada vez a mais pessoas, com o mesmo espírito humanitário.
Assumindo a Provedoria em 19 de março deste 2023, estamos
aprofundando nosso olhar para todas as nuanças dessa Casa, tão vitoriosa
quanto corajosa, em nunca se render ao desânimo, por maiores que sejam os
desafios e, algumas vezes, até mesmo uma certa apatia ou insensibilidade de
alguns.
Como em uma orquestra, em que uma flauta piccolo ou uma tuba têm
papéis diferentes, mas convergentes, precisando atuar em conjunto para que o
resultado final seja aquele esperado pela plateia, os que fazem a Santa Casa
também se conscientizam de que é a soma de cada atividade que proporciona aos
pacientes um ambiente de fato acolhedor e as melhores práticas na
saúde.
No bojo das dificuldades, já tão relatadas e conhecidas, de um lado
o desequilíbrio financeiro ocasionado pela desatualização da tabela SUS, capaz
apenas de cobrir 60% das nossas despesas, e do outro a visão de futuro
pela modernização, através de um trabalho interno em plena efervescência,
cresce o espírito solidário do cearense.
Assim, vários parlamentares, empresários, instituições e cidadãos
têm oferecido sua colaboração, em busca de soluções que são de extrema
urgência, porquanto hoje mantemos um nível minimamente aceitável de
funcionamento, em grande parte graças ao espírito de solidariedade dos
nossos fornecedores e prestadores de serviços, em que pese os atrasos de
contraprestação que se acumulam.
Novos horizontes se abrem com o reforço que vimos recebendo interna
e externamente e nossa confiança se acentua ao ver que, quanto melhor
conhecem a história, a situação atual da Santa Casa e a perspectiva de um
futuro promissor, mais e mais se mostram dispostos a apoiar essa causa, que é
em benefício especialmente dos desassistidos. Para esses a gratidão da Santa
Casa, desde 1861 salvando vidas.
(*) Professor aposentado
da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do
CRA-CE.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 19/06/23. Opinião, p.20.
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