Por Antônio Rodrigues Ferreira Júnior (*)
Neste período
todos os cearenses refletem acerca das metas cumpridas durante o ano e renovam
as esperanças e compromissos para o ciclo vindouro. Na saúde do Ceará, o monitoramento é contínuo e denota antigos desafios que precisam ser
enfrentados para qualificação da atenção em todo o território.
Há novidades,
no entanto algumas preocupações recorrentes rondam a mente de profissionais e
gestores para o ano de 2024, exemplificadas no questionamento: quais as
repercussões das eleições municipais para a implementação das políticas de saúde
durante os próximos 12 meses? Que se consiga evitar as influências negativas do
processo, como possível diminuição do ritmo da máquina pública e
descontinuidade de serviços.
Para além
deste cenário, salienta-se a demanda constante por financiamento para a área e necessidade de discussão sobre o pacto federativo
brasileiro, que descentralizou responsabilidades, mas não descentralizou de
forma similar a distribuição dos recursos financeiros.
Ao pensar que
está distante uma divisão equitativa do dinheiro necessário para o
desenvolvimento das atividades de saúde, as gestões municipais e estadual
precisarão qualificar processos de governança, ao tempo em que a comunicação
com os usuários do sistema exige atualização. A contemporaneidade tem
ampliado o acesso das pessoas à informação e os trabalhadores da saúde precisam
otimizar o uso destas novas ferramentas para permitir mais acesso aos serviços,
como a adoção de telessaúde.
Os governos
necessitarão focar em 2024 na melhora dos indicadores de saúde como vacinação e amamentação para o cumprimento de metas anteriormente estabelecidas. Também deverão
trabalhar para ampliação do acesso a serviços especializados, com maior oferta
de vagas em áreas específicas como a oncologia.
No âmbito do
Estado, talvez o maior desafio seja o início do funcionamento do Hospital
Universitário da Uece, que emerge como equipamento estratégico para responder demandas da atenção especializada. Devido ao seu tamanho,
capacidade de atendimentos e relevância, exigirá grandes esforços para que os
cearenses possam utilizá-lo. Que isso ocorra, para ao final do próximo ano
possamos analisar seus números e estipular novas metas.
(*) Professor e Vice-coordenador do PPSAC/Uece.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 20/01/2024. Opinião. p.16.
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