Fonte: Circulando por
e-mail (internet).
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Escapei da morte por acaso, diz sobrevivente do Holocausto que conta sua história em livro
Nanette Blitz Konig, em sua casa no bairro do Sumaré (zona oeste de São Paulo). (Arquivo Pessoal N. Konig). |
Por Gabriela Fujita, do UOL, em São Paulo.
Prestes a fazer mais uma palestra, desta vez em uma
livraria paulistana, Nanette König, 86, confidencia ao marido em voz baixa:
"Acho que não vem ninguém". Era perto das 19h, em um dia de semana, e ela
estava ali a convite para contar parte (certamente a mais triste) de sua
história.
Holandesa de origem judaica, Nanette perdeu a família no
campo de concentração Bergen-Belsen, na Alemanha, onde permaneceu entre 1944 e
1945, por pouco mais de um ano.
Expor o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial é
um processo penoso demais para muitas vítimas da perseguição nazista, e é
comum que perdure por anos o silêncio sobre o passado. Nanette, pelo contrário,
escolheu não guardar segredo sobre as memórias horrendas daqueles meses e do
que veio em seguida.
Os relatos sobre a adolescência ela começou a fazer aos
poucos, no fim dos anos 1990, quando já era avó, e passaram a ser cada vez mais
frequentes. Primeiro para seus filhos e netos, depois em palestras para escolas
e instituições educacionais.
Em agosto de 2015, 70 anos após ser resgatada do campo de
concentração, foi lançado "Eu sobrevivi
ao Holocausto" (editora Universo dos
Livros), em que ela narra sua experiência.
"Quem sobrevive
por acaso tem um dever de relatar porque, senão, aqueles que morreram não têm
voz, não têm representação, e têm de ter",
ela defende.
Testemunha de uma das piores atrocidades na história da
humanidade, seu interesse maior é transmitir aos outros algo que, de tão
brutal, é difícil conceber. Por isso a preocupação com que as pessoas estejam
lá para ouvir o que ela tem a falar.
Surpreende a vitalidade desta mulher de olhos claros e
vibrantes, cabelos curtos e vestido florido sem mangas, que tem uma agenda
cheia e se levanta o tempo todo da cadeira enquanto dá a entrevista.
"Quase não sobra
espaço para o tempo livre", ela contou
à reportagem do UOL em sua casa, no Sumaré (zona oeste de São
Paulo). Em média, são três palestras por semana, às vezes também fora da
capital. "Vou aonde me convidarem."
Foi "por acaso" que escapou da morte, ela diz,
pois não havia como sobreviver em tais condições. Ao lado do pai, da mãe e do
irmão, chegou a Bergen-Belsen em fevereiro de 1944, dois meses antes de fazer
15 anos.
"Eu me lembro de
quando cheguei, mas não de quando saí. Quando você sofre uma subnutrição como
nós sofremos, tem hora que falham as sinapses no cérebro, não tem memória".
Seu pai morreu em novembro daquele ano, vítima de um
infarto provocado pela fome, ela acredita; o irmão e a mãe foram enviados para
outros campos no mês seguinte, e a partir disso a adolescente Nanette ficou
sozinha.
"Deportaram meu
irmão para Oranienburg [Alemanha], mas eu não sei o que aconteceu. Eu fiz
pesquisa, mas não tem dados, ele deve ter sido morto quando chegaram lá (...),
uma vez que Oranienburg pertencia a Sachsenhausen [campo de concentração], que
tinha câmeras de gás, mas não consta o que aconteceu nesse transporte", ela conta.
"Minha mãe foi
deportada para o campo de concentração em Bendorf, e lá ela trabalhou 700
metros abaixo do solo em uma fábrica de partes de avião. E ela saiu de Bendorf
de trem, em abril de 1945, com 2.000 mulheres, e esse trem não tinha destino,
provavelmente chegou à Suécia, mas minha mãe morreu cinco dias depois da
partida do trem. Também não sei o que foi feito com o corpo dela."
Em abril de 1945, as tropas inglesas assumiram o campo
onde Nanette estava, preparadas para uma batalha, mas não para o que lá
encontraram: montes de corpos, muita gente à beira da morte, sujeira, ratos,
piolhos... Foram os britânicos que deram a Bergen-Belsen o apelido de 'Campo do
Horror'.
"Tinha pilhas e
mais pilhas de esqueletos, e o cheiro era insuportável, e obviamente eu, de vez
em quando, pensava quando iria me juntar a eles, porque a situação era
desesperadora. (...) Foi uma situação horrenda, uma coisa horrorosa, tão
horrorosa que, ao contrário de Auschwitz, em Bergen-Belsen não ficou nada,
depois de três semanas queimaram o campo",
ela lembra.
Nanette supõe que ali foi organizado um contingente de
judeus para possíveis trocas de guerra que interessassem aos alemães. Por conta
disso, foi permitido que ela mantivesse o passaporte.
Esquálida, ela foi levada pelo Exército de volta à
Holanda no meio de 1945, aos 16 anos de idade.
"Em agosto de
1945, eu soube que era a única que tinha sobrevivido, que não tinha ninguém
mais. Eu quase enlouqueci. Depois eu me dei conta que a vida continua, que se
eu queria viver, eu tinha que assumir o que restou", sobre o momento em que foi confirmada a morte de
sua família.
Pesquisadores encontram fortaleza grega em Jerusalém mencionada na Bíblia
Por Ari Rabinovitch, em Jerusalém
Após um século de buscas, arqueólogos disseram ter
descoberto os resquícios de uma antiga fortaleza grega que já foi um centro de
poder em Jerusalém e um bastião usado para conter uma rebelião judaica
comemorada no livro bíblico dos Macabeus.
Há tempos os pesquisadores debatem a localização da
cidade de Acra, construída mais de dois mil anos atrás por Antíoco Epifânio,
rei do império selêucida helênico. Muitos afirmam que ocupava o local onde hoje
se encontra a Cidade Velha de Jerusalém, com vista para a Igreja do Santo
Sepulcro ou junto à colina onde dois templos judeus estiveram no passado e que
hoje abriga o complexo da mesquita de Al-Aqsa.
Mas os restos desenterrados pela Autoridade de
Antiguidades de Israel e tornados públicos nesta terça-feira (3/11/15) estão do
lado de fora dos muros da Cidade Velha e dão vista para um vale ao sul, uma
área na qual, segundo os arqueólogos, a construção de Jerusalém se concentrou
nos tempos do rei bíblico David.
Antíoco, que viveu entre 215 e 164 a.C., escolheu o local
para Acra para poder controlar a cidade e monitorar a atividade no templo
judeu, afirmou Doron Ben-Ami, que liderou a escavação.
Com um comprimento estimado em mais de 250 metros e uma
largura de 60 metros, ela teria dominado o campo. Debaixo do que uma década
atrás era um estacionamento pavimentado, a equipe de Ben-Ami escavou uma colina
artificial composta por várias camadas de terra deixadas por sucessivas
culturas.
Em uma área, eles descobriram pedras de uma seção de uma
grande parede, a base de uma torre e um aterro em declive de fins defensivos
que artefatos próximos, como moedas e alças de jarras de vinho, sugerem terem
pertencido ao tempo de Antíoco.
Pedras de estilingue de chumbo e pontas de flecha de
bronze do período também foram encontradas, talvez remanescentes de batalhas
entre forças pró-Grécia e rebeldes judeus que tentavam tomar a fortaleza.
"Este é um exemplo raro de como rochas, moedas e
terra podem se juntar em um episódio arqueológico único para abordar realidades
históricas específicas da cidade de Jerusalém", afirmou Ben-Ami.
A localização de Acra foi mencionada vagamente em pelo
menos dois textos antigos --o Livro dos Macabeus, que trata da rebelião, e um
relato escrito do historiador Flávio Josefo.
Fonte: Reuters / UOL Notícias de 3/11/2015.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
FRANCISCO, MUITO ALÉM DA FOME ESPIRITUAL
Por Padre Geovane Saraiva (*)
É indispensável
olhar para o Filho de Deus, sempre sensível às necessidades mais elementares de
todo um povo ou uma multidão de pessoas, todos cercados pelo sofrimento ao
mesmo tempo. Somos convocados, como seus discípulos e seguidores, hoje, com um
coração bom, grande e generoso, numa atitude responsável a repetir o mesmo
gesto do Mestre e Senhor. Cinco pães e dois peixes têm como resultado a soma
sete, um número teológico completo, perfeito (cf. Jo 6, 1-15). Pelo o esforço
da partilha e desperdício é claro que podemos enxergar o grande e maior
milagre, a manifestação da glória de Deus, sinal de um mundo mais justo e mais
solidário. Como seria maravilhoso sempre se expressar, de acordo com a vontade
do Pai: “Ao senhor quero cantar, pois fez bilhar a sua glória!” (cf. Ex 15, 1).
Sinal evidente do
brilho da glória de Deus deu-se com a eleição de Jorge Mario Bergoglio
(13/3/2013), que logo no início de seu pontificado mostrou sinais concretos da
importância do Concílio Vaticano II: dispensou a cruz de ouro, recusou o carro
de luxo, pagou a sua conta na pensão, exortou os bispos a saírem dos palácios e
a irem para as periferias, disse que a Igreja sem a Cruz é tão somente uma
piedosa ONG, pediu a bênção dos fiéis e se esforça para dar rumo aos trabalhos
pastorais nos nossos dias. Vejo a essência do seu pontificado nas palavras
daquele que era invocado com nome ‘Dom da Paz’, Hélder Câmara: “Que eu aprenda
afinal, com a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a cobrir de véus o acidental
e efêmero, deixando em primeiro plano, apenas o mistério da Redenção”.
O Papa Francisco em
suas palavras antes da oração mariana do Ângelus (26/7/2015), deixou claro que
os discípulos raciocinam com mentalidade de ‘mercado’; destacou que a ninguém
falte o pão e uma vida digna e ainda: Jesus sacia a fome do sentido da vida,
falando da substituição da lógica do mercado que é ‘comprar’ pela a lógica de
Deus que é ‘dar’. Comentou de um modo simples, quanto profundo, o Evangelho do
domingo, o qual fala da multiplicação dos pães e dos peixes, deixando claro que
Jesus sacia não só a fome material, mas aquela mais profunda, a fome do sentido
da vida, a fome de Deus. E acrescentou: “Jesus não é só alguém que cura, que
realiza milagres, mas é também Mestre. De fato, sobe a montanha e se senta, na
típica atitude do mestre quando ensina: sobe sobre aquela ‘cátedra’ natural
criada pelo seu Pai celeste”.
Como o Santo Padre
nos encanta ao falar do agir e do poder misericordioso de Deus, que nos cura de
todos os males do corpo e do espírito. E da janela do último andar do Palácio
Apostólico, o Pontífice citou os gestos realizados naquela ocasião por Jesus,
que “tomou aqueles pães e aqueles peixes, deu graças ao Pai e os distribuiu”, antecipando “aqueles da Última
Ceia, que dão ao pão de Jesus seu significado mais profundo e verdadeiro”.
Por fim, concluiu o
Sumo Pontífice: “Participar da Eucaristia significa entrar na lógica de Jesus, a lógica
da gratuidade, da partilha; comungar significa também atingir de Cristo, a
graça que nos torna capazes de partilhar com os outros o que somos e o que
temos”. Aqui percebo uma enorme afinidade na mística do Servo de Deus, Dom
Hélder Câmara, que soube ver o rosto de Deus na dor, na angústia e no
sofrimento do próximo, a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, numa profunda e
terna compaixão, desejando-lhe sua restauração por inteiro: “Se eu pudesse
sairia povoando de sono e de sonhos as noites mal dormidas dos desesperados”.
Será que estamos
perto de voltar às origens do cristianismo e a reaprender o Evangelho? O Papa
Francisco é contumaz e dar o exemplo, dizendo-nos que devemos beber novamente
da fonte d’água da vida que é o próprio Deus. Aqui faz-nos lembrar o Papa João
XXIII, na aula inaugural do Concilio Vaticano II (1962-1965), quando disse com
força: “Aqui estamos para a nossa conversão” e ele mesmo se incluía;
significando que nós, cristãos, padres e bispos e até o Papa, todos chamados à
conversão do coração, que no dizer do Cardeal Lorscheider, em consonância com
do espírito do referido Concílio, trata-se da Igreja povo de Deus, Igreja toda
missionária, peregrina na história, despojada, servidora e sempre necessitada
de conversão. Assim seja!
(*) Geovani Saraiva é escritor, blogueiro, colunista,
vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso,
Parquelândia.
Fonte: O Povo, de 9/8/2015. Espiritualidade. p.31.
CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Fevereiro/2016
A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA
SÃO LUCAS (SMSL) CONVIDA a todos para participarem da Celebração Eucarística do
mês de FEVEREIRO/2016, que será realizada HOJE (27/02/2016), às 18h30min, na
Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av.
Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!
Da Sociedade
Médica São Lucas
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Decreto tira nome de Sarney de escolas no Maranhão
O ex-presidente José Sarney foi o campeão em perdas de homenagens (Reprodução/BBC Brasil). |
Sarney, Murad, Castelo e Lobão são nomes comuns em
prédios públicos de escolas e outras áreas do Estado do Maranhão. Porém, essa realidade vai mudar.
Em 2015, ao assumir o governo, Flávio Dino (PCdoB)
proibiu que o patrimônio estadual receba o "batismo" de pessoas vivas
e também vetou que os bens públicos sejam nomeados em homenagem a pessoas
responsabilizadas por violações aos Direitos Humanos durante o regime militar.
Esta foi uma das primeiras medidas anunciadas pelo
governador em 1º de janeiro do ano passado.
Um ano depois, Flávio Dino por meio do decreto 31.4690,
assinado no dia 4 de janeiro e publicado no Diário Oficial do Estado de 14 de
janeiro, trocou as denominações de 37 estabelecimentos da rede estadual de
ensino que homenageavam pessoas vivas e deu a eles nomes de personalidades que
já morreram - professores, religiosos, políticos (como os ex-deputados João
Evangelista e Júlio Monteles) e até mesmo o cientista alemão Albert Einstein.
O campeão em perdas de homenagens foi o ex-presidente
José Sarney (PMDB-AP), que exerceu também os cargos de governador do Maranhão,
deputado federal, senador da República e presidente do Congresso Nacional -
Sarney também é membro das academias de letras do Brasil (ABL) e do Maranhão
(AML).
No total, o ex-presidente do Senado perdeu sete
homenagens em diferentes municípios maranhenses. Sarney não foi o único a
perder as homenagens.
Os ex-governadores Edison Lobão - atual senador e
ex-ministro de Minas e Energia - (três), Roseana Sarney (três), João Alberto de
Souza (duas) e João Castelo (uma) também tiveram seus nomes trocados, assim
como a ex-secretária de Educação Leda Tajra (cinco), o ex-deputado federal e
ex-proprietário da Rádio e TV Difusora Magno Bacelar, o ex-vice-presidente da
República e ex-governador de Pernambuco Marco Maciel.
Além dos políticos, também perdeu a homenagem o poeta
Ferreira Gullar, membro da Academia Brasileira de Letras.
Militares
Em março de 2015, Flávio Dino, alegando não haver motivos
para se homenagear "ditadores", tirou os nomes dos ex-presidentes
militares de vários estabelecimentos de ensino. Na oportunidade, os
ex-presidentes Castelo Branco, Emílio Garrastazu Médici e Arthur Costa e Silva
perderam as homenagens conferidas em dez escolas e cidades diferentes.
O governador justifica em seu decreto que promoveu as
mudanças em obediência aos os incisos III e V do Art. 64 da Constituição
Estadual. Segundo o governo, a medida também pretende regular algo que é
constitucionalmente previsto e que deveria ser cumprido conforme a Lei Federal
n.º 6.454, de 1977.
As informações são do jornal "O Estado de S.
Paulo".
Fonte: O Estadão, em São Luís, de 9/02/2016.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
HOMENS: Posologia
O
Ministério da Saúde adverte as Mulheres...
O
Ministério da Saúde, preocupado com o que tem ocorrido no mercado, no que diz
respeito ao uso inadequado de alguns medicamentos, vem a público para prestar
os seguintes esclarecimentos às mulheres:
Indicações:
Homem
é recomendado para mulheres portadoras de SMS (Síndrome da Mulher Sozinha).
Homem
é eficaz no controle do desânimo, da ansiedade, irritabilidade, mau-humor, insônias,
etc...
Modo
de Usar:
Homem
deve ser usado pelo menos três vezes por semana.
Se
não desaparecerem os sintomas aumente a dosagem ou procure outro.
Homem
é apropriado para uso externo ou interno, dependendo das necessidades da
mulher.
Para
ligar, basta uns beijinhos no pescoço pela manhã.
Para
desligar, proceda a uma noite tórrida de sexo. Ele vira-se para o outro lado,
dorme como uma pedra e nem sequer diz «Boa Noite» (falta de educação é um
defeito de fábrica).
Precauções:
Mantenha
longe do alcance das amigas.
Manuseie
com cuidado, pois Homem explode sob pressão, principalmente quando associado a
álcool etílico.
É
desaconselhável o uso imediatamente após as refeições.
Apresentação:
Mini,
Midi, Plus ou Super Mega Maxi Plus
Vantagens
do Produto:
Coisas
que Homem sabe fazer bem: trocar as lâmpadas, abrir frascos de azeitonas
e maionese, abrir latas em geral, trocar pneus, carregar os sacos das compras,
pregar quadros na parede, trocar torneiras e engraxar sapatos.
Mas
atenção, todas estas coisas devem
ser muito bem estimuladas.
Conduta
na Overdose:
O
uso excessivo de Homem pode produzir dores abdominais, entorses, contraturas
lombares, assim como ardor na região pélvica. Recomendam-se banhos mornos,
repouso, e contar como foi, para fazer inveja, à melhor amiga.
Efeitos
Colaterais:
O
uso inadequado de Homem, pode acarretar gravidez e ataques de ciúmes.
O
uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjoos, fadiga crônica
e em casos extremos lesbianismo.
Prazo
de Validade:
O
número do lote e a data de fabricação, encontram-se no Bilhete de Identidade. E
no cartão de crédito.
Em
Caso de Defeito do Produto:
Algumas
técnicas costumam resolver o problema: esconda o comando, não faça aqueles
mimos que Homem gosta.
Se
a falha persistir, cancele o futebol ao fim-de-semana e a cerveja com os
amigos. Mas se o problema for grave mesmo, é preciso tratamento de choque: a
única solução é greve de sexo.
Composição:
Água,
tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do complexo P.
Observações:
Homem
não tem garantia e todas as espécies estão sujeitas a defeitos de fabrica, como
deixar toalha molhada em cima da cama, urinar na tampa do sanitário, deixá-la
levantada, desarrumar a casa toda, espalhar meias e boxers, criticar, reclamar,
vangloriar-se dos feitos sexuais e gastronômicos, beber e comer demais, esquecer
datas de aniversário e de outros acontecimentos importantes, ressonar, etc...
Não
existe reparação possível.
A
solução é ir trocando até que encontre o modelo ideal, e recentes pesquisas
informaram, ainda não foi inventado, mas não custa tentar!!!
Fonte:
Internet (circulando por e-mail).
Nota do Editor do Blog: Circulou esse criativo e bem engendrado texto por
e-mail e na net, em setembro de 2009, sem apresentar autoria. Algumas palavras
usavam acentos da ortografia adotada em Portugal à época.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
VIRTUDES DOS BRASILEIROS
Quando Deus fez o mundo, para que
os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes. Assim:
- Aos Suíços os fez estudiosos e
respeitadores da lei.
- Aos Ingleses, organizados e
pontuais.
- Aos argentinos, chatos e
arrogantes.
- Aos Japoneses, trabalhadores e
disciplinados.
- Aos Italianos, alegres e
românticos.
- Aos Franceses, cultos e finos.
- Aos Brasileiros, inteligentes,
honestos e petistas.
O anjo anotou, mas logo em
seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:
- Senhor, a todos os povos do
mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto
não os fará soberbos em relação aos outros povos da terra?
- Muito bem observado, bom anjo! - exclamou o
Senhor.
- Isto é verdade!
- Façamos então uma correção! De
agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três
virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como
os outros povos!
- Assim, o que for petista e
honesto, não pode ser inteligente. O que for petista e inteligente, não pode
ser honesto. E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista.
Fonte:
Internet (circulando por e-mail). Piada sem autoria explícita.
Nota
do Editor do Blog: A piada é antiga, mas está bem concernente
com o estado atual da política posta em prática pelo PT no Brasil, sob os
efeitos nefastos dos governantes petistas.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
As 10 bolsas mais caras do mundo
10 º– Marc Jacobs Carolyn Crocodile
R$ 63.360,00 - é feita de couro roxo de crocodilo.
9 º – Nancy Gonzalez Porousus
R$ 63.360,00 - feita de peles e couros exóticos.
8 º – Fendi Selleria
R$ 80.256,00 - feita de couros chinchila e zibelina.
(Essa dá cadeia!)
7 º – Gadino Handbag de Hilde Palladino
R$ 81.249,00 - bolsa que traz 39 diamantes e
detalhes em ouro.
6 º – Louis
Vuitton Tribute Patchwork Bag
R$ 88.704,00 - bolsa de edição limitada, feita
de 15 partes das melhores bolsas de Louis Vuitton. (Uma melancia faz o mesmo
efeito!)
5 º – Leiber Precious Rose Handbag
R$ 194.304,00 - A única (isso, tem só uma) bolsa do
mundo feita à mão com 1.016 diamantes, 1.169 safiras Rosa e 800
turmalinas.
4 º – Lana J. Marks Cleopatra Bag
R$ 211.200,00 - usada por Angelina Jolie na entrega
do Oscar em 2009.
3 º –
Hermès Matte Crocodile Birkin Bag
R$ 253.440,00 - bolsa de 30 centímetros feita
de couro de crocodilo e com 10 quilates de diamantes.
2 º – The
Urban Satchel Louis Vuitton Bag
R$ 316.780,00 - Foram feitas somente 2 dúzias.
(Quer uma dica? Vai numa lixeira perto da sua casa,
cate tudo quanto é bagulho, compre um litro de cola e faça você mesma!)
1 º – The
Chanel Diamond Forever Classic Bag
R$ 551.232,00 - tinha que ser da Chanel. É
feita de 334 diamantes com ouro branco. Somente 13 foram feitas no mundo
inteiro.
AGORA A "HORS CONCOURS"!!!!
A mais cara de todas: Mais de 4 bilhões de reais.
"BOLSA FAMÍLIA"
Feita com o mais puro couro da classe média
brasileira.
Fonte:
Internet (circulou por e-mail). Sem autoria explícita.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Feliz Ano Novo para a Uece
Por José Jackson
Coelho Sampaio (*)
Passei
o fim de ano com a família, em pousada rústica, sem TV, ar condicionado,
internet e sinal de celular. Na vila de Atins, entrada do Parque Nacional dos
Lençóis Maranhenses, saíamos para banhos de praia de rio e de mar, andávamos
pelos igarapés ensinando os netos a pescar taiobas, subíamos dunas para o
encantado pôr do sol e, pelas ruas de areia, conversávamos amorosamente. Quase
esqueci 2015 e os problemas políticos, de gestão e de custeio da Uece.
Ao
retornar, dediquei-me aos balanços institucionais e, com a cabeça fora da
rotina, visão panorâmica, descubro o quanto a Uece cresceu, apesar da crise:
refletimos sobre a vida acadêmica no processo de revisão dos estatutos da
Funece/Uece; inauguramos o campus interinstitucional de Iguatu (Uece, Urca e
Centec convivendo) e o de Tauá; avançamos na gestão de recursos de investimento
que, em três anos, alcançou 56,6 milhões, o maior valor dos últimos 20 anos; e
tornamo-nos ofertadores do Pronatec.
Também
instalamos novos Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores-LIFE
nos campi de Iguatu, Tauá e Crateús; criamos a Comissão Setorial de Ética
Pública (CSEP); aprofundamos o processo de interiorização da pós-graduação com
três novos mestrados no Interior, no campus de Quixadá (História e Letras,
Ensino de Física, Ensino de Matemática), além do existente, sede em Limoeiro do
Norte (Educação e Ensino); e elevamos a capacidade de criação de programas de
pós-graduação, pois, nos últimos quatro anos, instalamos 11 deles, e temos a
chance do 12º.
A
palavra crise vem da Medicina grega e traduz o momento do curso de uma doença
em que seu destino se decide, pelo agravamento definitivo ou cura. E tal
momento muda com as diferentes resiliências dos individuais e o desenvolvimento
das tecnologias de cuidado. Imagine a vida social, política e econômica que não
tem os determinismos biológicos. Que em 2016 sejamos capazes de criar condições
democráticas para o enfrentamento menos doloroso dos desafios. É a esperança
renovada.
(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.
Publicado In: O
Povo, Opinião, de 16/1/16. p.10.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
CONVITE: Palestra sobre “A vida de Raimundo Girão” no Instituto do Ceará
O Presidente do Instituto do Ceará (Histórico,
Geográfico e Antropológico), Prof. Ednilo Gomes de Soárez, dando início ao Ciclo
Anual de Conferências da Casa do Barão, convida para a Palestra A vida de Raimundo
Girão, a ser pronunciada pelo administrador
acadêmico Roberto Ribeiro. Na ocasião, será apresentado um documentário com
depoimentos de importantes intelectuais cearenses.
Data: 22 de fevereiro de 2016 (segunda-feira), às 15h.
Local: Instituto do Ceará – Rua Barão
do Rio Branco, 1.594 – Praça do Carmo.
Do Instituto do Ceará
UMA REFLEXÃO SOBRE O SEGREDO PROFISSIONAL
Lucio Flavio
Gonzaga Silva (*)
O que sei por
confissão, sei-o menos do que aquilo que nunca soube (Santo Agostinho).
Segredo
profissional médico é o silêncio que o profissional da medicina está obrigado a
manter sobre fatos de que tomou conhecimento em função do exercício de sua
profissão, e que não seja obrigado a revelar (Veloso G).
A
confidencialidade, a privacidade (garantia do resguardo das informações), a
proteção contra divulgação não autorizada e a preservação do anonimato
constituem fundamentos morais da boa prática médica.
De Hipócrates
(século V a.C.): “Penetrando no interior das famílias meus olhos serão cegos e minha
língua calará os segredos que me forem confiados”.
A Constituição
Brasileira, no artigo 50 inciso X, diz: “São invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
O Código Penal
Brasileiro prescreve em seu artigo 154: “Revelar alguém, sem justa causa,
segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”. Pena: detenção
(3 meses - 1 ano, ou multa)
Do nosso Código de
Ética Médica, o princípio fundamental 11 e o artigo 73 têm previsão legal por
entendimento do STF (HC 39.308-SP) e do STJ (Resp 159527-RJ).
Do seu artigo 73 – É vedado ao médico
revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua
profissional, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por
escrito, do paciente.
Por dever legal
compreende-se as situações previstas na lei, i.e.: o médico tem o dever legal
de fazer a notificação compulsória de doenças transmissíveis. O Estatuto da
Criança e do Adolescente obriga, nos casos suspeitos ou confirmados de
maus-tratos a crianças e adolescentes, a comunicação ao Conselho Tutelar da
localidade.
A quebra do segredo
profissional por motivo justo constitui situação complexa. Um caminho seria a
observação de princípios bioéticos (não maleficência, beneficência e
autonomia).
Exemplo: o homem
esconde da companheira que tem sorologia (+) para o HIV. O médico deve
revelá-la este diagnóstico? Vamos refletir.
1. Há sério risco à
vida de uma pessoa identificável (não maleficiência)? Sim.
2. A quebra da
confidencialidade resulta em benefício real (beneficência)? Sim.
3. O médico tentou exaustivamente convencer o homem
a informar sua companheira (autonomia), sem êxito? Sim.
A decisão está na
cabeça do médico e a ele cabe toda a responsabilidade consequente.
(*) Conselheiro do
Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) e Conselho Federal de
Medicina (CFM); professor aposentado da UFC.
Fonte:
O Povo, de 19/01/16. Opinião. p.4.
domingo, 21 de fevereiro de 2016
O QUE É ESPOSA?
Uma revista inglesa promoveu um concurso para
premiar a melhor definição de "esposa".
Olhe o texto ganhador...
"Esposa é aquela pessoa amiga e companheira,
que está sempre ali, ao seu lado, para ajudá-lo a resolver os grandes problemas
que você não os teria se fosse solteiro."
Fonte: Internet
(circulando por e-mail).
DICAS PARA FAZER AMOR NA TERCEIRA IDADE
1. Use seus óculos. Certifique-se de
que sua companhia esteja realmente na cama.
2. Ajuste o despertador para tocar
em três minutos, só para caso de você adormecer durante a performance.
3. Acerte com a iluminação: Apague
todas as luzes!
4. Deixe seu celular programado para
o número da “EMERGÊNCIA MÉDICA”.
5. Escreva em sua mão o nome da
pessoa que está na cama, no caso de não se lembrar.
6. Fixe bem sua dentadura para que
ela não acabe caindo debaixo da cama.
7. Tenha DORFLEX à mão. Isto, para o
caso de você cumprir a performance!
8. Faça o quanto de barulho quiser.
Os vizinhos também são surdos...
9. Se tudo der certo, telefone para
seus amigos para contar as boas novas.
10. Nunca, jamais, pense em repetir
a dose.
11. Não se esqueça de levar dois
travesseiros para colocá-los sob os joelhos, para não forçar a artrose.
12. Se for usar camisinha, avise
antes ao piupiu que não se trata de touca para dormir, senão ele pode se
confundir.
13) Ah! O mais importante: não se esqueça de tirar a parte de baixo do
pijama, mas fique com uma camiseta para não pegar gripe.
Fonte: internet (circulando por
e-mail).Nota do Editor do Blog: Essas dicas não devem ser aplicadas à terceira idade, que se inicia aos 60 anos. Algumas delas podem até ajustar-se à chamada quarta idade, cujo começo dá-se aos 80 anos de vida.
sábado, 20 de fevereiro de 2016
FRASES DE UMBERTO ECO
“Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel.”
“Assim eu redescobri o que os escritores sempre souberam (e disseram-nos uma e outra vez): livros sempre falam de outros livros, e cada história conta uma história que já foi contada.”
“O verdadeiro herói é sempre um herói por engano. Ele sonha em ser um covarde honesto como todos os outros.”
“Eu passei a acreditar que o mundo inteiro é um enigma. Um enigma inofensivo que é feito por nossa própria tentativa de interpretá-lo, como se houvesse nele uma verdade subjacente.”
“Eu penso a atitude pós-moderna como a de um homem que ama muito uma mulher e sabe que não pode dizer "Eu te amo loucamente", porque ele sabe que ela sabe (e que ela sabe que ele sabe) que essas palavras já foram escritas por Barbara Cartland.”
“Todos os poetas escrevem poesia ruim. Poetas ruins as publicam, poetas bons as queimam.”
“O romance é a realização maior da narratividade. E a narratividade conserva o mito arcaico, base de nossa cultura.”
“A aprendizagem não consiste apenas em saber o que devemos ou podemos fazer, mas também saber o que poderíamos fazer e, talvez, não deveríamos.”
“Quando os homens pararem de acreditar em Deus, isso não significará que eles não acreditam em nada, mas que eles acreditam em tudo.”
“Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio.”
“Eu pessoalmente gosto de livros fáceis que me fazem dormir imediatamente.”
“Creio que o que nos tornamos depende do que nossos pais nos ensinam em momentos estranhos, quando eles não estão tentando nos ensinar. Nós somos formados por pequenos pedaços de sabedoria.”
Fonte: UOL Notícias de 19/02/2016.
MORTE DE UMBERTO ECO
Umberto Eco, autor de "O Nome da Rosa",
morre aos 84 anos
Umberto Eco lançou seu último livro, "Numero
Zero", em 2015
|
Francois Guillot/AFP
Do UOL, em São Paulo
O escritor italiano
Umberto Eco, autor de "O Nome da Rosa", morreu nesta sexta-feira (19)
aos 84 anos, segundo informações da imprensa italiana. De acordo com o jornal
"La Repubblica", a morte foi registrada às 22h30 (hora italiana), em
sua casa, mas a causa ainda não foi divulgada.
Pensador,
filósofo, ensaísta, romancista e crítico literário, Umberto Eco era figura de
renome no meio acadêmico e referência em semiótica, mas ganhou sucesso
internacional com "O Nome da Rosa", obra adaptada para o cinema em
1986 pelo diretor Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel principal. No
enredo, ambientado em 1327, um monge franciscano tem a missão de descobrir as
misteriosas mortes de sete monges em sete dias.
Seu último
livro, "Numero Zero", foi lançado no ano passado e critica o mau
jornalismo, a mentira e a manipulação da história. Uma paródia sobre tempos
convulsos, porque "essa é a função crítica do intelectual".
"Essa é minha maneira de contribuir para esclarecer algumas coisas. O
intelectual não pode fazer nada, não pode fazer a revolução. As revoluções
feitas por intelectuais são sempre muito perigosas", explicou o autor na
época à agência de notícias EFE.
Um dos
semiólogos e intelectuais europeus mais importantes deste século, ele também
escreveu obras como "O Pêndulo de Foucault" (1988) e "O
Cemitério de Praga" (2010), além de ensaios "O Problema
Estético" (1956), "O Sinal" (1973), "Tratado Geral de
Semiótica" (1975) e "Apocalípticos e Integrados" (1964), referência
nos cursos de comunicação em todo o mundo.
Em uma de suas
últimas colunas publicada pelo UOL, em janeiro deste ano, Eco fala de sua
visão sobre a humanidade. "Na medida em que envelheci, comecei
a odiar a humanidade. Portanto, se eu tivesse um poder absoluto, deixaria que
ela continuasse em seu caminho de autodestruição. Ela seria destruída e eu
ficaria mais feliz. Pessoas como eu são intelectuais: nós fazemos o nosso trabalho,
escrevemos artigos, temos maneiras de protestar, mas não podemos mudar o mundo.
Tudo o que podemos fazer é apoiar a política de empatia", escreveu ele.
Umberto Eco
nasceu em Alexandria, na Itália, no dia 5 de janeiro de 1932. Em 1988, ele
fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino. Desde 2008
era professor emérito e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos
da Universidade de Bolonha.
Fonte: UOL Notícias de 19/02/2016. Imagem Print it.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
FREI LAURO: 16 anos de sua partida terrena
Em
3/11/2015, fez 16 anos que Frei Lauro Schwarte, em Gronau, na Alemanha, deixou
esse mundo menor e regressou aos braços do Pai. Ele, que tanto amava o Brasil,
ainda tentou voltar ao país, cuja cidadania abraçara, para aqui passar seus
dias derradeiros, junto aos seus paroquianos, viu-se privado de cumprir esse
desiderato, por circunstâncias alheias à sua vontade.
Nascido
Johannes, em Drolshagen, na Alemanha, em 4/12/1935, era filho de Paul e Klara
Schwarte. Em 3/05/1959, ingressou na Ordem Franciscana dos Frades Menores (ofm)
em sua terra natal. No ano seguinte, fez a primeira profissão religiosa, sendo
então enviado ao Convento Nossa Senhora das Neves, em Olinda-PE. A Profissão Solene
ocorreu em 1963, o diaconato foi recebido em 1964, e, finalmente, em 3/11/1965
foi ordenado Sacerdote, em Salvador, onde iniciou a sua vida sacerdotal.
De
1967 a 1975, ele realizou intenso trabalho pastoral em Fortaleza, na Paróquia
de Nossa Senhora das Dores, com jovens paroquianos do Bairro Otávio Bonfim e de
suas adjacências, mostrando-se um verdadeiro apóstolo da juventude. Durante os oito anos de sua vivência na
capital cearense, Frei Lauro revolucionou os conceitos paroquiais da Igreja de
Nossa Senhora das Dores.
Frei Lauro, com denodo
e muita disposição, começou a formar adolescentes, preparando-os para confrontar
e superar as dificuldades da vida, forjando-os espiritual e fisicamente. Nutriu-os
com conhecimentos e fortificou-os na fé. Graças à atuação do Frei Lauro, os
jovens, tanto rapazes como moças, que frequentavam o complexo social e
religioso mantido pelos franciscanos conventuais, experimentaram um período
efervescente durante a juventude, que não se permite jamais olvidar.
Com práticas
desportivas, atividades artísticas e culturais, ele atraía, ao seio da Igreja,
incontáveis jovens, nos quais impregnava uma marca pessoal de ética e cidadania
no caráter de cada um deles. Incentivava os estudos, propiciando condições
concretas, que levaram ao ensino universitário um expressivo contingente de jovens
de baixa renda. Esse mesmo desprendimento e igual fervor missionário ele
aplicaria no Convento de Santo Antônio, em Aracaju-SE, e na Paróquia de São
Francisco, em Campina Grande-PB, perfazendo, entre nós, mais de quarenta anos
de vivência nordestina da sua curta existência de 64 anos.
A sua vida está narrada no livro “Frei Lauro Schwarte e os
Anos Iluminados do Otávio Bonfim”, organizado por Marcelo Gurgel e Elsie
Studart. Essa obra ganhou versão para o alemão, traduzida por Frei Rainer
Kröger, com circulação restrita impressa como brochura, e está sendo editada em
e-book, pela Editora da UECE.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São
Lucas
* Publicado In: Boletim
Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 12(100): 6, janeiro de 2016.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
XEROX® SOMENTE AUTENTICADO
Meraldo
Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Burocrata é o funcionário que ajuda a erigir e a manter o labirinto conhecido como burocracia. O
bom burocrata é o funcionário que segue mecanicamente – sem pensar - as normas
impostas pelo regulamento da administração ou ainda o empregado administrativo
que, imbuído da importância do cargo que ocupa, abusa de sua posição e trata o
público como um aborrecimento necessário.
A personalidade burocrática
apresenta um perfil que se caracteriza por um padrão inflexível de
perfeccionismo, ordem, preocupação com detalhes, regras e controle. A maioria
dos estudos, ações e críticas dirigidas à diminuição da burocracia de um país
não leva em conta a personalidade do burocrata, cujas características deveriam
ser estudadas, evitando que aceitemos pacificamente a suposta tradição histórico-cultural de um país,
povo.
Relembro que personalidade é o conjunto das características marcantes de uma
pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento entre as
pessoas, baseado em seu padrão de individualidade
pessoal e social
referente ao pensar, sentir e agir.
No caso particular do amanuense/burocrata, sua
personalidade mostra propensão a uma forte correlação entre uma criação
familiar coercitiva e a inclinação às profissões burocráticas. Advirto!
“Propensão não quer dizer certeza”.
O importante a destacar é que essas pessoas, ao invés
de se revoltarem contra os seus constrangedores do passado ou contra a
autoridade opressora do momento, reorientam suas frustrações contra as pessoas
que venham a cair nas malhas do seu acanhado espaço de poder.
Não é à toa que o verbo burocratizar significa: Dar
caráter ou feição burocrática a./ Adquirir hábitos de burocrata; tornar-se burocrata (conferir no dicionário Aurélio).
O certo é que, não poucas vezes, a função burocrática
consiste em nada fazer ou tudo impedir. Se este é efetivamente o papel do
burocrata, devo reconhecer o seu zelo profissional ao preencher de maneira
irrepreensível a sua função de complicar a vida dos cidadãos que venham a cair
nas suas malhas. Tudo bem que, no passado, costumava-se afirmar que Freud
explica tudo, mas no século XXI, Freud não mais explica, ele implica.
Ao ter que ir a uma repartição pública o que mais me
irrita é a frase: ‘xerox somente autenticado’. Juntaram a burocracia cartorial
com o avanço tecnológico, sem levar em conta que o correto seria adotar a
presunção de inocência, que está na Constituição de 1988.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco.
Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE)
e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
A CRISE E AS ESCOLHAS NA GESTÃO DE SAÚDE
Galba Freire Moita (*)
Enquanto técnico em
Monitoramento e Gestão da Saúde, tenho acompanhado a crise da saúde do RJ que
pode nos legar algumas lições. Uma reportagem sobre a crise e o impacto das
Organizações Sociais (OSs) sugere uma reflexão quanto à gestão de hospitais,
UPAs e demais unidades do SUS Brasil afora.
A reportagem
pode-se resumir na fala do vereador Paulo Pinheiro: “OS é o fim da saúde. Eu
tenho 46 pedidos no Tribunal de Contas. Auditamos todas as OSs do município (do
Rio). A perda de recursos somente em um mês de avaliação chega a R$ 80 milhões.
O município tem 25 contratos de gestão com nove OSs. Isso é uma vergonha”, além
de muitos outros alertas lançados.
Logo após o
nascimento do SUS, foi priorizado o modelo da administração pública direta e
indireta (autarquias) que enfrentou dificuldades gerenciais e resolutivas. Nas
últimas décadas, houve uma tendência de migração para OSs. Esta terceirização
dos sistemas de saúde do Pará, Maranhão e Rio de Janeiro sofreu crises
profundas e vícios de recursos. São Paulo e Goiás exigiram maior resolutividade
das OSs da saúde.
Alguns estados e
municípios desistiram das OSs e priorizam as fundações estatais, nos moldes da
Ebserh (hospitais universitários). Com este modelo, criou-se a Fagifor para
gerir nove hospitais de Fortaleza, mas parece não ter saído do papel, sem
motivos aparentes. Fato é que a rede de saúde de Fortaleza e do Ceará depende
fortemente de uma única OSs, que gerencia mais de R$ 1,7 bilhão da saúde, em
quatro anos, sendo ineficiente para solucionar os problemas de saúde da
população.
Enfim, as
experiências mal sucedidas inspiram cuidados redobrados com as OSs, tendo
despertado o recém-empossado presidente do TCE, e alertam os governantes do
Ceará a buscarem saídas mais robustas para o SUS do Ceará, haja vista que
pesquisas realizadas, em 2014 e 2015, pelo CFM/Datafolha apontam que cerca de
87% da população estão insatisfeitos com a saúde pública, sendo um tema
considerado sensível e relevante para quase todos estes, eleitores que vão às
urnas em 2016.
(*) PhD
Gestão e Decisão em Saúde (Universidade de Coimbra); tecnologista em
Monitoramento e Avaliação (Ministério da Saúde).
Publicado In: O Povo,
Opinião, de 16/1/16. p.10.