segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

HORÓSCOPO NORDESTINO: o cururu


Fonte: Circulando por e-mail (internet).

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Escapei da morte por acaso, diz sobrevivente do Holocausto que conta sua história em livro


Nanette Blitz Konig, em sua casa no bairro do Sumaré (zona oeste de São Paulo). (Arquivo Pessoal N. Konig).
Por Gabriela Fujita, do UOL, em São Paulo.
Prestes a fazer mais uma palestra, desta vez em uma livraria paulistana, Nanette König, 86, confidencia ao marido em voz baixa: "Acho que não vem ninguém". Era perto das 19h, em um dia de semana, e ela estava ali a convite para contar parte (certamente a mais triste) de sua história.
Holandesa de origem judaica, Nanette perdeu a família no campo de concentração Bergen-Belsen, na Alemanha, onde permaneceu entre 1944 e 1945, por pouco mais de um ano.
Expor o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial é um processo penoso demais para muitas vítimas da perseguição nazista, e é comum que perdure por anos o silêncio sobre o passado. Nanette, pelo contrário, escolheu não guardar segredo sobre as memórias horrendas daqueles meses e do que veio em seguida.
Os relatos sobre a adolescência ela começou a fazer aos poucos, no fim dos anos 1990, quando já era avó, e passaram a ser cada vez mais frequentes. Primeiro para seus filhos e netos, depois em palestras para escolas e instituições educacionais.
Em agosto de 2015, 70 anos após ser resgatada do campo de concentração, foi lançado "Eu sobrevivi ao Holocausto" (editora Universo dos Livros), em que ela narra sua experiência.
"Quem sobrevive por acaso tem um dever de relatar porque, senão, aqueles que morreram não têm voz, não têm representação, e têm de ter", ela defende.
Testemunha de uma das piores atrocidades na história da humanidade, seu interesse maior é transmitir aos outros algo que, de tão brutal, é difícil conceber. Por isso a preocupação com que as pessoas estejam lá para ouvir o que ela tem a falar.
Surpreende a vitalidade desta mulher de olhos claros e vibrantes, cabelos curtos e vestido florido sem mangas, que tem uma agenda cheia e se levanta o tempo todo da cadeira enquanto dá a entrevista.
"Quase não sobra espaço para o tempo livre", ela contou à reportagem do UOL em sua casa, no Sumaré (zona oeste de São Paulo). Em média, são três palestras por semana, às vezes também fora da capital. "Vou aonde me convidarem."
Foi "por acaso" que escapou da morte, ela diz, pois não havia como sobreviver em tais condições. Ao lado do pai, da mãe e do irmão, chegou a Bergen-Belsen em fevereiro de 1944, dois meses antes de fazer 15 anos.
"Eu me lembro de quando cheguei, mas não de quando saí. Quando você sofre uma subnutrição como nós sofremos, tem hora que falham as sinapses no cérebro, não tem memória".
Seu pai morreu em novembro daquele ano, vítima de um infarto provocado pela fome, ela acredita; o irmão e a mãe foram enviados para outros campos no mês seguinte, e a partir disso a adolescente Nanette ficou sozinha.  
"Deportaram meu irmão para Oranienburg [Alemanha], mas eu não sei o que aconteceu. Eu fiz pesquisa, mas não tem dados, ele deve ter sido morto quando chegaram lá (...), uma vez que Oranienburg pertencia a Sachsenhausen [campo de concentração], que tinha câmeras de gás, mas não consta o que aconteceu nesse transporte", ela conta.
"Minha mãe foi deportada para o campo de concentração em Bendorf, e lá ela trabalhou 700 metros abaixo do solo em uma fábrica de partes de avião. E ela saiu de Bendorf de trem, em abril de 1945, com 2.000 mulheres, e esse trem não tinha destino, provavelmente chegou à Suécia, mas minha mãe morreu cinco dias depois da partida do trem. Também não sei o que foi feito com o corpo dela."
Em abril de 1945, as tropas inglesas assumiram o campo onde Nanette estava, preparadas para uma batalha, mas não para o que lá encontraram: montes de corpos, muita gente à beira da morte, sujeira, ratos, piolhos... Foram os britânicos que deram a Bergen-Belsen o apelido de 'Campo do Horror'.
"Tinha pilhas e mais pilhas de esqueletos, e o cheiro era insuportável, e obviamente eu, de vez em quando, pensava quando iria me juntar a eles, porque a situação era desesperadora. (...) Foi uma situação horrenda, uma coisa horrorosa, tão horrorosa que, ao contrário de Auschwitz, em Bergen-Belsen não ficou nada, depois de três semanas queimaram o campo", ela lembra.
Nanette supõe que ali foi organizado um contingente de judeus para possíveis trocas de guerra que interessassem aos alemães. Por conta disso, foi permitido que ela mantivesse o passaporte.
Esquálida, ela foi levada pelo Exército de volta à Holanda no meio de 1945, aos 16 anos de idade.
"Em agosto de 1945, eu soube que era a única que tinha sobrevivido, que não tinha ninguém mais. Eu quase enlouqueci. Depois eu me dei conta que a vida continua, que se eu queria viver, eu tinha que assumir o que restou", sobre o momento em que foi confirmada a morte de sua família.


Na página da direita, Nanette Konig (acima) e Anne Frank, estudantes em Amsterdã, retratadas no livro "Eu sobrevivi ao Holocausto" (Editora Universo dos Livros)
 
Anne Frank, internação em sanatório e vida nova no Brasil
Recuperar-se da crueldade de Bergen-Belsen, ao menos fisicamente, foi um processo que durou três anos, sem medicamentos nem acompanhamento psicológico, em um sanatório na Holanda, aonde a jovem holandesa chegou com tuberculose, pleurite e tifo, como conta em seu livro.
  • "A demora de minha recuperação mostra o quanto os tratamentos em Bergen-Belsen foram brutais, e foi preciso muito esforço e paciência para que eu pudesse superar tudo isso. Havia não só o sofrimento psicológico que eu deveria superar, toda a perda que eu sofri, toda a minha juventude roubada e as cenas do campo que tanto me traumatizaram, mas também as lembranças físicas do campo, que assolavam meu corpo como se nunca quisessem me abandonar." (trecho do livro)
Ainda hospitalizada, Nanette teve contato com Otto Frank, pai da jovem alemã Anne Frank, que havia sido levada a Bergen-Belsen na mesma época. A história de Anne ficou conhecida no mundo todo com a publicação de seu diário, após o fim da guerra. As duas foram colegas na escola em Amsterdã e se viram algumas vezes no campo de concentração.
Só em meados de 1948 Nanette pôde estar em um lar novamente, desta vez como hóspede de uma enfermeira cristã que conhecia sua família. Ela e o marido se tornaram os tutores da jovem. No ano seguinte, mudou-se para a casa de tios em Londres que haviam escapado dos nazistas. Foi na Inglaterra que conheceu John, seu marido, com quem vive no Brasil desde o início da década de 1950.
John, um rapaz judeu de origem húngara, tinha parentes aqui e veio primeiro, enquanto eles namoravam. Parte de sua família já havia imigrado nos anos 1930.
  • "Não foi simples para John conseguir seu visto brasileiro, justamente porque ele era judeu –na época, o governo brasileiro, presidido por Getúlio Vargas, tinha traços antissemitas. Um primo de John trabalhava no Instituto Biológico de Minas Gerais, e o governador do Estado naquele período era Juscelino Kubitschek. O primo explicou a Juscelino a situação, que deu um cartão com suas recomendações para que conseguissem o visto. (...) Quando apresentaram o cartão no Itamaraty, o funcionário falou depois de alguns rodeios: 'Olha, o visto dele não saiu ainda porque ele é judeu'. (...) Muitos judeus sofreram situações parecidas ao imigrar para o Brasil: o presidente Getúlio Vargas tinha posturas antissemitas e era simpatizante de Benito Mussolini, o ditador italiano aliado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, além do próprio Hitler. Nessa época, para conseguir entrar no Brasil, os judeus pagavam alguma quantia ou eram batizados como católicos." (trecho do livro)
Em São Paulo, Nanette construiu novos caminhos. O casal teve três filhos e se estabeleceu em definitivo no Brasil após algum tempo morando nos Estados Unidos e na Argentina.
"As questões [dos filhos] não faltaram: onde é que está todo mundo? Eventualmente se deram conta que não tinha uma segunda geração, não tinha avós, não tinha primos, não tinha tias, tias-avós... chegou uma hora em que eles perguntaram", diz Nanette sobre revelar a sua família, por mais assustador que fosse, o drama ao qual havia sido submetida.
Poder explicar o que aconteceu para que isso nunca mais se repita permite a ela combater a ignorância, base ideal para a manipulação de Hitler e de qualquer governo que queira subjugar um povo, na sua opinião.
"Minha função nas escolas aonde vou é, depois que eles ensinam sobre a Segunda Guerra, entro eu para falar sobre o Holocausto. (...) Quem ensina sobre o Holocausto tem de ensinar o contexto, a organização, não adianta só dizer 'nunca mais'. Nunca mais o quê?"
"A razão de eu ter escrito o livro é: na hora em que eu não estiver mais, pelo menos alguém tem um depoimento", ela diz.
E enquanto ela estiver por aqui, é assim, com esta frase, que gosta de encerrar a conversa: "O preço da liberdade é a eterna vigilância."

Fonte: UOL Notícias de 27/10/2015. Apic/Getty Images/ Editora Universo dos Livros

 
 
 

Pesquisadores encontram fortaleza grega em Jerusalém mencionada na Bíblia


Por Ari Rabinovitch, em Jerusalém
Após um século de buscas, arqueólogos disseram ter descoberto os resquícios de uma antiga fortaleza grega que já foi um centro de poder em Jerusalém e um bastião usado para conter uma rebelião judaica comemorada no livro bíblico dos Macabeus.
Há tempos os pesquisadores debatem a localização da cidade de Acra, construída mais de dois mil anos atrás por Antíoco Epifânio, rei do império selêucida helênico. Muitos afirmam que ocupava o local onde hoje se encontra a Cidade Velha de Jerusalém, com vista para a Igreja do Santo Sepulcro ou junto à colina onde dois templos judeus estiveram no passado e que hoje abriga o complexo da mesquita de Al-Aqsa.
Mas os restos desenterrados pela Autoridade de Antiguidades de Israel e tornados públicos nesta terça-feira (3/11/15) estão do lado de fora dos muros da Cidade Velha e dão vista para um vale ao sul, uma área na qual, segundo os arqueólogos, a construção de Jerusalém se concentrou nos tempos do rei bíblico David.
Antíoco, que viveu entre 215 e 164 a.C., escolheu o local para Acra para poder controlar a cidade e monitorar a atividade no templo judeu, afirmou Doron Ben-Ami, que liderou a escavação.
Com um comprimento estimado em mais de 250 metros e uma largura de 60 metros, ela teria dominado o campo. Debaixo do que uma década atrás era um estacionamento pavimentado, a equipe de Ben-Ami escavou uma colina artificial composta por várias camadas de terra deixadas por sucessivas culturas.
Em uma área, eles descobriram pedras de uma seção de uma grande parede, a base de uma torre e um aterro em declive de fins defensivos que artefatos próximos, como moedas e alças de jarras de vinho, sugerem terem pertencido ao tempo de Antíoco.
Pedras de estilingue de chumbo e pontas de flecha de bronze do período também foram encontradas, talvez remanescentes de batalhas entre forças pró-Grécia e rebeldes judeus que tentavam tomar a fortaleza.
"Este é um exemplo raro de como rochas, moedas e terra podem se juntar em um episódio arqueológico único para abordar realidades históricas específicas da cidade de Jerusalém", afirmou Ben-Ami.
A localização de Acra foi mencionada vagamente em pelo menos dois textos antigos --o Livro dos Macabeus, que trata da rebelião, e um relato escrito do historiador Flávio Josefo.

Fonte: Reuters / UOL Notícias de 3/11/2015.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

FRANCISCO, MUITO ALÉM DA FOME ESPIRITUAL

Por Padre Geovane Saraiva (*)
É indispensável olhar para o Filho de Deus, sempre sensível às necessidades mais elementares de todo um povo ou uma multidão de pessoas, todos cercados pelo sofrimento ao mesmo tempo. Somos convocados, como seus discípulos e seguidores, hoje, com um coração bom, grande e generoso, numa atitude responsável a repetir o mesmo gesto do Mestre e Senhor. Cinco pães e dois peixes têm como resultado a soma sete, um número teológico completo, perfeito (cf. Jo 6, 1-15). Pelo o esforço da partilha e desperdício é claro que podemos enxergar o grande e maior milagre, a manifestação da glória de Deus, sinal de um mundo mais justo e mais solidário. Como seria maravilhoso sempre se expressar, de acordo com a vontade do Pai: “Ao senhor quero cantar, pois fez bilhar a sua glória!” (cf. Ex 15, 1).
Sinal evidente do brilho da glória de Deus deu-se com a eleição de Jorge Mario Bergoglio (13/3/2013), que logo no início de seu pontificado mostrou sinais concretos da importância do Concílio Vaticano II: dispensou a cruz de ouro, recusou o carro de luxo, pagou a sua conta na pensão, exortou os bispos a saírem dos palácios e a irem para as periferias, disse que a Igreja sem a Cruz é tão somente uma piedosa ONG, pediu a bênção dos fiéis e se esforça para dar rumo aos trabalhos pastorais nos nossos dias. Vejo a essência do seu pontificado nas palavras daquele que era invocado com nome ‘Dom da Paz’, Hélder Câmara: “Que eu aprenda afinal, com a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a cobrir de véus o acidental e efêmero, deixando em primeiro plano, apenas o mistério da Redenção”.
O Papa Francisco em suas palavras antes da oração mariana do Ângelus (26/7/2015), deixou claro que os discípulos raciocinam com mentalidade de ‘mercado’; destacou que a ninguém falte o pão e uma vida digna e ainda: Jesus sacia a fome do sentido da vida, falando da substituição da lógica do mercado que é ‘comprar’ pela a lógica de Deus que é ‘dar’. Comentou de um modo simples, quanto profundo, o Evangelho do domingo, o qual fala da multiplicação dos pães e dos peixes, deixando claro que Jesus sacia não só a fome material, mas aquela mais profunda, a fome do sentido da vida, a fome de Deus. E acrescentou: “Jesus não é só alguém que cura, que realiza milagres, mas é também Mestre. De fato, sobe a montanha e se senta, na típica atitude do mestre quando ensina: sobe sobre aquela ‘cátedra’ natural criada pelo seu Pai celeste”.
Como o Santo Padre nos encanta ao falar do agir e do poder misericordioso de Deus, que nos cura de todos os males do corpo e do espírito. E da janela do último andar do Palácio Apostólico, o Pontífice citou os gestos realizados naquela ocasião por Jesus, que “tomou aqueles pães e aqueles peixes, deu graças ao Pai e os distribuiu”, antecipando “aqueles da Última Ceia, que dão ao pão de Jesus seu significado mais profundo e verdadeiro”.
Por fim, concluiu o Sumo Pontífice: “Participar da Eucaristia significa entrar na lógica de Jesus, a lógica da gratuidade, da partilha; comungar significa também atingir de Cristo, a graça que nos torna capazes de partilhar com os outros o que somos e o que temos”. Aqui percebo uma enorme afinidade na mística do Servo de Deus, Dom Hélder Câmara, que soube ver o rosto de Deus na dor, na angústia e no sofrimento do próximo, a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, numa profunda e terna compaixão, desejando-lhe sua restauração por inteiro: “Se eu pudesse sairia povoando de sono e de sonhos as noites mal dormidas dos desesperados”.
Será que estamos perto de voltar às origens do cristianismo e a reaprender o Evangelho? O Papa Francisco é contumaz e dar o exemplo, dizendo-nos que devemos beber novamente da fonte d’água da vida que é o próprio Deus. Aqui faz-nos lembrar o Papa João XXIII, na aula inaugural do Concilio Vaticano II (1962-1965), quando disse com força: “Aqui estamos para a nossa conversão” e ele mesmo se incluía; significando que nós, cristãos, padres e bispos e até o Papa, todos chamados à conversão do coração, que no dizer do Cardeal Lorscheider, em consonância com do espírito do referido Concílio, trata-se da Igreja povo de Deus, Igreja toda missionária, peregrina na história, despojada, servidora e sempre necessitada de conversão. Assim seja!
(*) Geovani Saraiva é escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia.
Fonte: O Povo, de 9/8/2015. Espiritualidade. p.31.

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Fevereiro/2016


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) CONVIDA a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de FEVEREIRO/2016, que será realizada HOJE (27/02/2016), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Decreto tira nome de Sarney de escolas no Maranhão


O ex-presidente José Sarney foi o campeão em perdas de homenagens (Reprodução/BBC Brasil).


Sarney, Murad, Castelo e Lobão são nomes comuns em prédios públicos de escolas e outras áreas do Estado do Maranhão. Porém, essa realidade vai mudar.
Em 2015, ao assumir o governo, Flávio Dino (PCdoB) proibiu que o patrimônio estadual receba o "batismo" de pessoas vivas e também vetou que os bens públicos sejam nomeados em homenagem a pessoas responsabilizadas por violações aos Direitos Humanos durante o regime militar.
Esta foi uma das primeiras medidas anunciadas pelo governador em 1º de janeiro do ano passado.
Um ano depois, Flávio Dino por meio do decreto 31.4690, assinado no dia 4 de janeiro e publicado no Diário Oficial do Estado de 14 de janeiro, trocou as denominações de 37 estabelecimentos da rede estadual de ensino que homenageavam pessoas vivas e deu a eles nomes de personalidades que já morreram - professores, religiosos, políticos (como os ex-deputados João Evangelista e Júlio Monteles) e até mesmo o cientista alemão Albert Einstein.
O campeão em perdas de homenagens foi o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), que exerceu também os cargos de governador do Maranhão, deputado federal, senador da República e presidente do Congresso Nacional - Sarney também é membro das academias de letras do Brasil (ABL) e do Maranhão (AML).
No total, o ex-presidente do Senado perdeu sete homenagens em diferentes municípios maranhenses. Sarney não foi o único a perder as homenagens.
Os ex-governadores Edison Lobão - atual senador e ex-ministro de Minas e Energia - (três), Roseana Sarney (três), João Alberto de Souza (duas) e João Castelo (uma) também tiveram seus nomes trocados, assim como a ex-secretária de Educação Leda Tajra (cinco), o ex-deputado federal e ex-proprietário da Rádio e TV Difusora Magno Bacelar, o ex-vice-presidente da República e ex-governador de Pernambuco Marco Maciel.
Além dos políticos, também perdeu a homenagem o poeta Ferreira Gullar, membro da Academia Brasileira de Letras.

Militares

Em março de 2015, Flávio Dino, alegando não haver motivos para se homenagear "ditadores", tirou os nomes dos ex-presidentes militares de vários estabelecimentos de ensino. Na oportunidade, os ex-presidentes Castelo Branco, Emílio Garrastazu Médici e Arthur Costa e Silva perderam as homenagens conferidas em dez escolas e cidades diferentes.
O governador justifica em seu decreto que promoveu as mudanças em obediência aos os incisos III e V do Art. 64 da Constituição Estadual. Segundo o governo, a medida também pretende regular algo que é constitucionalmente previsto e que deveria ser cumprido conforme a Lei Federal n.º 6.454, de 1977.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Fonte: O Estadão, em São Luís, de 9/02/2016.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

HOMENS: Posologia


O Ministério da Saúde adverte as Mulheres...
O Ministério da Saúde, preocupado com o que tem ocorrido no mercado, no que diz respeito ao uso inadequado de alguns medicamentos, vem a público para prestar os seguintes esclarecimentos às mulheres:
Indicações:
Homem é recomendado para mulheres portadoras de SMS (Síndrome da Mulher Sozinha).
Homem é eficaz no controle do desânimo, da ansiedade, irritabilidade, mau-humor, insônias, etc...
Modo de Usar:
Homem deve ser usado pelo menos três vezes por semana.
Se não desaparecerem os sintomas aumente a dosagem ou procure outro.
Homem é apropriado para uso externo ou interno, dependendo das necessidades da mulher.
Para ligar, basta uns beijinhos no pescoço pela manhã.
Para desligar, proceda a uma noite tórrida de sexo. Ele vira-se para o outro lado, dorme como uma pedra e nem sequer diz «Boa Noite» (falta de educação é um defeito de fábrica).
Precauções:
Mantenha longe do alcance das amigas.
Manuseie com cuidado, pois Homem explode sob pressão, principalmente quando associado a álcool etílico.
É desaconselhável o uso imediatamente após as refeições.
Apresentação:
Mini, Midi, Plus ou Super Mega Maxi Plus
Vantagens do Produto:
Coisas que Homem sabe fazer bem: trocar as lâmpadas, abrir frascos de azeitonas e maionese, abrir latas em geral, trocar pneus, carregar os sacos das compras, pregar quadros na parede, trocar torneiras e engraxar sapatos.
Mas atenção, todas estas coisas devem ser muito bem estimuladas.
Conduta na Overdose:
O uso excessivo de Homem pode produzir dores abdominais, entorses, contraturas lombares, assim como ardor na região pélvica. Recomendam-se banhos mornos, repouso, e contar como foi, para fazer inveja, à melhor amiga.
Efeitos Colaterais:
O uso inadequado de Homem, pode acarretar gravidez e ataques de ciúmes.
O uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjoos, fadiga crônica e em casos extremos lesbianismo.
Prazo de Validade:
O número do lote e a data de fabricação, encontram-se no Bilhete de Identidade. E no cartão de crédito.
Em Caso de Defeito do Produto:
Algumas técnicas costumam resolver o problema: esconda o comando, não faça aqueles mimos que Homem gosta.
Se a falha persistir, cancele o futebol ao fim-de-semana e a cerveja com os amigos. Mas se o problema for grave mesmo, é preciso tratamento de choque: a única solução é greve de sexo.
Composição:
Água, tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do complexo P.
Observações:
Homem não tem garantia e todas as espécies estão sujeitas a defeitos de fabrica, como deixar toalha molhada em cima da cama, urinar na tampa do sanitário, deixá-la levantada, desarrumar a casa toda, espalhar meias e boxers, criticar, reclamar, vangloriar-se dos feitos sexuais e gastronômicos, beber e comer demais, esquecer datas de aniversário e de outros acontecimentos importantes, ressonar, etc...
Não existe reparação possível.
A solução é ir trocando até que encontre o modelo ideal, e recentes pesquisas informaram, ainda não foi inventado, mas não custa tentar!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).
Nota do Editor do Blog: Circulou esse criativo e bem engendrado texto por e-mail e na net, em setembro de 2009, sem apresentar autoria. Algumas palavras usavam acentos da ortografia adotada em Portugal à época.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

VIRTUDES DOS BRASILEIROS


Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes. Assim:
- Aos Suíços os fez estudiosos e respeitadores da lei.
- Aos Ingleses, organizados e pontuais.
- Aos argentinos, chatos e arrogantes.
- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.
- Aos Italianos, alegres e românticos.
- Aos Franceses, cultos e finos.
- Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:
- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos outros povos da terra?
- Muito bem observado, bom anjo! - exclamou o Senhor.
- Isto é verdade!
- Façamos então uma correção! De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os outros povos!
- Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente. O que for petista e inteligente, não pode ser honesto. E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista.
Fonte: Internet (circulando por e-mail). Piada sem autoria explícita.
Nota do Editor do Blog: A piada é antiga, mas está bem concernente com o estado atual da política posta em prática pelo PT no Brasil, sob os efeitos nefastos dos governantes petistas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

As 10 bolsas mais caras do mundo


10 º– Marc Jacobs Carolyn Crocodile
R$ 63.360,00 - é feita de couro roxo de crocodilo.
9 º – Nancy Gonzalez Porousus
R$ 63.360,00 - feita de peles e couros exóticos.
8 º – Fendi Selleria
R$ 80.256,00 - feita de couros chinchila e zibelina. (Essa dá cadeia!)
7 º – Gadino Handbag de Hilde Palladino
R$ 81.249,00 - bolsa que traz 39 diamantes e detalhes em ouro. 
6 º – Louis Vuitton Tribute Patchwork Bag
R$ 88.704,00 - bolsa de edição limitada, feita de 15 partes das melhores bolsas de Louis Vuitton. (Uma melancia faz o mesmo efeito!)
5 º – Leiber Precious Rose Handbag
R$ 194.304,00 - A única (isso, tem só uma) bolsa do mundo feita à mão com 1.016 diamantes, 1.169 safiras Rosa e 800 turmalinas. 
4 º – Lana J. Marks Cleopatra Bag
R$ 211.200,00 - usada por Angelina Jolie na entrega do Oscar em 2009.
3 º – Hermès Matte Crocodile Birkin Bag
R$ 253.440,00 - bolsa de 30 centímetros feita de couro de crocodilo e com 10 quilates de diamantes.
2 º – The Urban Satchel Louis Vuitton Bag
R$ 316.780,00 - Foram feitas somente 2 dúzias.
(Quer uma dica? Vai numa lixeira perto da sua casa, cate tudo quanto é bagulho, compre um litro de cola e faça você mesma!)
1 º – The Chanel Diamond Forever Classic Bag
R$ 551.232,00 - tinha que ser da Chanel. É feita de 334 diamantes com ouro branco. Somente 13 foram feitas no mundo inteiro. 

AGORA A "HORS CONCOURS"!!!!
A mais cara de todas: Mais de 4 bilhões de reais.
"BOLSA FAMÍLIA"
Feita com o mais puro couro da classe média brasileira.
Fonte: Internet (circulou por e-mail). Sem autoria explícita.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Feliz Ano Novo para a Uece


Por José Jackson Coelho Sampaio (*)
Passei o fim de ano com a família, em pousada rústica, sem TV, ar condicionado, internet e sinal de celular. Na vila de Atins, entrada do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, saíamos para banhos de praia de rio e de mar, andávamos pelos igarapés ensinando os netos a pescar taiobas, subíamos dunas para o encantado pôr do sol e, pelas ruas de areia, conversávamos amorosamente. Quase esqueci 2015 e os problemas políticos, de gestão e de custeio da Uece.
Ao retornar, dediquei-me aos balanços institucionais e, com a cabeça fora da rotina, visão panorâmica, descubro o quanto a Uece cresceu, apesar da crise: refletimos sobre a vida acadêmica no processo de revisão dos estatutos da Funece/Uece; inauguramos o campus interinstitucional de Iguatu (Uece, Urca e Centec convivendo) e o de Tauá; avançamos na gestão de recursos de investimento que, em três anos, alcançou 56,6 milhões, o maior valor dos últimos 20 anos; e tornamo-nos ofertadores do Pronatec.
Também instalamos novos Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores-LIFE nos campi de Iguatu, Tauá e Crateús; criamos a Comissão Setorial de Ética Pública (CSEP); aprofundamos o processo de interiorização da pós-graduação com três novos mestrados no Interior, no campus de Quixadá (História e Letras, Ensino de Física, Ensino de Matemática), além do existente, sede em Limoeiro do Norte (Educação e Ensino); e elevamos a capacidade de criação de programas de pós-graduação, pois, nos últimos quatro anos, instalamos 11 deles, e temos a chance do 12º.
A palavra crise vem da Medicina grega e traduz o momento do curso de uma doença em que seu destino se decide, pelo agravamento definitivo ou cura. E tal momento muda com as diferentes resiliências dos individuais e o desenvolvimento das tecnologias de cuidado. Imagine a vida social, política e econômica que não tem os determinismos biológicos. Que em 2016 sejamos capazes de criar condições democráticas para o enfrentamento menos doloroso dos desafios. É a esperança renovada.
(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.
Publicado In: O Povo, Opinião, de 16/1/16. p.10.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

CONVITE: Palestra sobre “A vida de Raimundo Girão” no Instituto do Ceará


O Presidente do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), Prof. Ednilo Gomes de Soárez, dando início ao Ciclo Anual de Conferências da Casa do Barão, convida para a Palestra A vida de Raimundo Girão, a ser pronunciada pelo administrador acadêmico Roberto Ribeiro. Na ocasião, será apresentado um documentário com depoimentos de importantes intelectuais cearenses.
Data: 22 de fevereiro de 2016 (segunda-feira), às 15h.
Local: Instituto do Ceará – Rua Barão do Rio Branco, 1.594 – Praça do Carmo.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Do Instituto do Ceará

UMA REFLEXÃO SOBRE O SEGREDO PROFISSIONAL


Lucio Flavio Gonzaga Silva (*)
O que sei por confissão, sei-o menos do que aquilo que nunca soube (Santo Agostinho).
Segredo profissional médico é o silêncio que o profissional da medicina está obrigado a manter sobre fatos de que tomou conhecimento em função do exercício de sua profissão, e que não seja obrigado a revelar (Veloso G).
A confidencialidade, a privacidade (garantia do resguardo das informações), a proteção contra divulgação não autorizada e a preservação do anonimato constituem fundamentos morais da boa prática médica.
De Hipócrates (século V a.C.): “Penetrando no interior das famílias meus olhos serão cegos e minha língua calará os segredos que me forem confiados”.
A Constituição Brasileira, no artigo 50 inciso X, diz: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
O Código Penal Brasileiro prescreve em seu artigo 154: “Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”. Pena: detenção (3 meses - 1 ano, ou multa)
Do nosso Código de Ética Médica, o princípio fundamental 11 e o artigo 73 têm previsão legal por entendimento do STF (HC 39.308-SP) e do STJ (Resp 159527-RJ).
Do seu artigo 73 – É vedado ao médico revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissional, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.
Por dever legal compreende-se as situações previstas na lei, i.e.: o médico tem o dever legal de fazer a notificação compulsória de doenças transmissíveis. O Estatuto da Criança e do Adolescente obriga, nos casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos a crianças e adolescentes, a comunicação ao Conselho Tutelar da localidade.
A quebra do segredo profissional por motivo justo constitui situação complexa. Um caminho seria a observação de princípios bioéticos (não maleficência, beneficência e autonomia).
Exemplo: o homem esconde da companheira que tem sorologia (+) para o HIV. O médico deve revelá-la este diagnóstico? Vamos refletir.
1. Há sério risco à vida de uma pessoa identificável (não maleficiência)? Sim.
2. A quebra da confidencialidade resulta em benefício real (beneficência)? Sim.
3. O médico tentou exaustivamente convencer o homem a informar sua companheira (autonomia), sem êxito? Sim.
A decisão está na cabeça do médico e a ele cabe toda a responsabilidade consequente.
(*) Conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) e Conselho Federal de Medicina (CFM); professor aposentado da UFC.
Fonte: O Povo, de 19/01/16. Opinião. p.4.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O QUE É ESPOSA?


Uma revista inglesa promoveu um concurso para premiar a melhor definição de "esposa".
Olhe o texto ganhador...
"Esposa é aquela pessoa amiga e companheira, que está sempre ali, ao seu lado, para ajudá-lo a resolver os grandes problemas que você não os teria se fosse solteiro."
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

DICAS PARA FAZER AMOR NA TERCEIRA IDADE


1. Use seus óculos. Certifique-se de que sua companhia esteja realmente na cama.
2. Ajuste o despertador para tocar em três minutos, só para caso de você adormecer durante a performance.
3. Acerte com a iluminação: Apague todas as luzes!
4. Deixe seu celular programado para o número da “EMERGÊNCIA MÉDICA”.
5. Escreva em sua mão o nome da pessoa que está na cama, no caso de não se lembrar.
6. Fixe bem sua dentadura para que ela não acabe caindo debaixo da cama.
7. Tenha DORFLEX à mão. Isto, para o caso de você cumprir a performance!
8. Faça o quanto de barulho quiser. Os vizinhos também são surdos...
9. Se tudo der certo, telefone para seus amigos para contar as boas novas.
10. Nunca, jamais, pense em repetir a dose.
11. Não se esqueça de levar dois travesseiros para colocá-los sob os joelhos, para não forçar a artrose.
12. Se for usar camisinha, avise antes ao piupiu que não se trata de touca para dormir, senão ele pode se confundir.
13) Ah! O mais importante: não se esqueça de tirar a parte de baixo do pijama, mas fique com uma camiseta para não pegar gripe.
Fonte: internet (circulando por e-mail).
Nota do Editor do Blog: Essas dicas não devem ser aplicadas à terceira idade, que se inicia aos 60 anos. Algumas delas podem até ajustar-se à chamada quarta idade, cujo começo dá-se aos 80 anos de vida.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

FRASES DE UMBERTO ECO


“Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel.”

“Assim eu redescobri o que os escritores sempre souberam (e disseram-nos uma e outra vez): livros sempre falam de outros livros, e cada história conta uma história que já foi contada.”

“O verdadeiro herói é sempre um herói por engano. Ele sonha em ser um covarde honesto como todos os outros.”

“Eu passei a acreditar que o mundo inteiro é um enigma. Um enigma inofensivo que é feito por nossa própria tentativa de interpretá-lo, como se houvesse nele uma verdade subjacente.”

“Eu penso a atitude pós-moderna como a de um homem que ama muito uma mulher e sabe que não pode dizer "Eu te amo loucamente", porque ele sabe que ela sabe (e que ela sabe que ele sabe) que essas palavras já foram escritas por Barbara Cartland.”

“Todos os poetas escrevem poesia ruim. Poetas ruins as publicam, poetas bons as queimam.”

“O romance é a realização maior da narratividade. E a narratividade conserva o mito arcaico, base de nossa cultura.”

“A aprendizagem não consiste apenas em saber o que devemos ou podemos fazer, mas também saber o que poderíamos fazer e, talvez, não deveríamos.”

“Quando os homens pararem de acreditar em Deus, isso não significará que eles não acreditam em nada, mas que eles acreditam em tudo.”

“Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio.”

“Eu pessoalmente gosto de livros fáceis que me fazem dormir imediatamente.”

“Creio que o que nos tornamos depende do que nossos pais nos ensinam em momentos estranhos, quando eles não estão tentando nos ensinar. Nós somos formados por pequenos pedaços de sabedoria.”

Fonte: UOL Notícias de 19/02/2016.

MORTE DE UMBERTO ECO

Umberto Eco, autor de "O Nome da Rosa", morre aos 84 anos

Umberto Eco lançou seu último livro, "Numero Zero", em 2015
Francois Guillot/AFP
Do UOL, em São Paulo
O escritor italiano Umberto Eco, autor de "O Nome da Rosa", morreu nesta sexta-feira (19) aos 84 anos, segundo informações da imprensa italiana. De acordo com o jornal "La Repubblica", a morte foi registrada às 22h30 (hora italiana), em sua casa, mas a causa ainda não foi divulgada.
Pensador, filósofo, ensaísta, romancista e crítico literário, Umberto Eco era figura de renome no meio acadêmico e referência em semiótica, mas ganhou sucesso internacional com "O Nome da Rosa", obra adaptada para o cinema em 1986 pelo diretor Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel principal. No enredo, ambientado em 1327, um monge franciscano tem a missão de descobrir as misteriosas mortes de sete monges em sete dias.
Seu último livro, "Numero Zero", foi lançado no ano passado e critica o mau jornalismo, a mentira e a manipulação da história. Uma paródia sobre tempos convulsos, porque "essa é a função crítica do intelectual". "Essa é minha maneira de contribuir para esclarecer algumas coisas. O intelectual não pode fazer nada, não pode fazer a revolução. As revoluções feitas por intelectuais são sempre muito perigosas", explicou o autor na época à agência de notícias EFE.
Um dos semiólogos e intelectuais europeus mais importantes deste século, ele também escreveu obras como "O Pêndulo de Foucault" (1988) e "O Cemitério de Praga" (2010), além de ensaios "O Problema Estético" (1956), "O Sinal" (1973), "Tratado Geral de Semiótica" (1975) e "Apocalípticos e Integrados" (1964), referência nos cursos de comunicação em todo o mundo.
Em uma de suas últimas colunas publicada pelo UOL, em janeiro deste ano, Eco fala de sua visão sobre a humanidade. "Na medida em que envelheci, comecei a odiar a humanidade. Portanto, se eu tivesse um poder absoluto, deixaria que ela continuasse em seu caminho de autodestruição. Ela seria destruída e eu ficaria mais feliz. Pessoas como eu são intelectuais: nós fazemos o nosso trabalho, escrevemos artigos, temos maneiras de protestar, mas não podemos mudar o mundo. Tudo o que podemos fazer é apoiar a política de empatia", escreveu ele.
Umberto Eco nasceu em Alexandria, na Itália, no dia 5 de janeiro de 1932. Em 1988, ele fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino. Desde 2008 era professor emérito e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha.
Fonte: UOL Notícias de 19/02/2016. Imagem Print it.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

FREI LAURO: 16 anos de sua partida terrena


Em 3/11/2015, fez 16 anos que Frei Lauro Schwarte, em Gronau, na Alemanha, deixou esse mundo menor e regressou aos braços do Pai. Ele, que tanto amava o Brasil, ainda tentou voltar ao país, cuja cidadania abraçara, para aqui passar seus dias derradeiros, junto aos seus paroquianos, viu-se privado de cumprir esse desiderato, por circunstâncias alheias à sua vontade.
Nascido Johannes, em Drolshagen, na Alemanha, em 4/12/1935, era filho de Paul e Klara Schwarte. Em 3/05/1959, ingressou na Ordem Franciscana dos Frades Menores (ofm) em sua terra natal. No ano seguinte, fez a primeira profissão religiosa, sendo então enviado ao Convento Nossa Senhora das Neves, em Olinda-PE. A Profissão Solene ocorreu em 1963, o diaconato foi recebido em 1964, e, finalmente, em 3/11/1965 foi ordenado Sacerdote, em Salvador, onde iniciou a sua vida sacerdotal.
De 1967 a 1975, ele realizou intenso trabalho pastoral em Fortaleza, na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, com jovens paroquianos do Bairro Otávio Bonfim e de suas adjacências, mostrando-se um verdadeiro apóstolo da juventude. Durante os oito anos de sua vivência na capital cearense, Frei Lauro revolucionou os conceitos paroquiais da Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Frei Lauro, com denodo e muita disposição, começou a formar adolescentes, preparando-os para confrontar e superar as dificuldades da vida, forjando-os espiritual e fisicamente. Nutriu-os com conhecimentos e fortificou-os na fé. Graças à atuação do Frei Lauro, os jovens, tanto rapazes como moças, que frequentavam o complexo social e religioso mantido pelos franciscanos conventuais, experimentaram um período efervescente durante a juventude, que não se permite jamais olvidar.
Com práticas desportivas, atividades artísticas e culturais, ele atraía, ao seio da Igreja, incontáveis jovens, nos quais impregnava uma marca pessoal de ética e cidadania no caráter de cada um deles. Incentivava os estudos, propiciando condições concretas, que levaram ao ensino universitário um expressivo contingente de jovens de baixa renda. Esse mesmo desprendimento e igual fervor missionário ele aplicaria no Convento de Santo Antônio, em Aracaju-SE, e na Paróquia de São Francisco, em Campina Grande-PB, perfazendo, entre nós, mais de quarenta anos de vivência nordestina da sua curta existência de 64 anos.
         A sua vida está narrada no livro “Frei Lauro Schwarte e os Anos Iluminados do Otávio Bonfim”, organizado por Marcelo Gurgel e Elsie Studart. Essa obra ganhou versão para o alemão, traduzida por Frei Rainer Kröger, com circulação restrita impressa como brochura, e está sendo editada em e-book, pela Editora da UECE.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas
* Publicado In: Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 12(100): 6, janeiro de 2016.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

XEROX® SOMENTE AUTENTICADO


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Burocrata é o funcionário que ajuda a erigir e a manter o labirinto conhecido como burocracia. O bom burocrata é o funcionário que segue mecanicamente – sem pensar - as normas impostas pelo regulamento da administração ou ainda o empregado administrativo que, imbuído da importância do cargo que ocupa, abusa de sua posição e trata o público como um aborrecimento necessário.
A personalidade burocrática apresenta um perfil que se caracteriza por um padrão inflexível de perfeccionismo, ordem, preocupação com detalhes, regras e controle. A maioria dos estudos, ações e críticas dirigidas à diminuição da burocracia de um país não leva em conta a personalidade do burocrata, cujas características deveriam ser estudadas, evitando que aceitemos pacificamente a suposta tradição histórico-cultural de um país, povo.
Relembro que personalidade é o conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento entre as pessoas, baseado em seu padrão de individualidade pessoal e social referente ao pensar, sentir e agir.
No caso particular do amanuense/burocrata, sua personalidade mostra propensão a uma forte correlação entre uma criação familiar coercitiva e a inclinação às profissões burocráticas. Advirto! “Propensão não quer dizer certeza”.
O importante a destacar é que essas pessoas, ao invés de se revoltarem contra os seus constrangedores do passado ou contra a autoridade opressora do momento, reorientam suas frustrações contra as pessoas que venham a cair nas malhas do seu acanhado espaço de poder.
Não é à toa que o verbo burocratizar significa: Dar caráter ou feição burocrática a./ Adquirir hábitos de burocrata; tornar-se burocrata (conferir no dicionário Aurélio).
O certo é que, não poucas vezes, a função burocrática consiste em nada fazer ou tudo impedir. Se este é efetivamente o papel do burocrata, devo reconhecer o seu zelo profissional ao preencher de maneira irrepreensível a sua função de complicar a vida dos cidadãos que venham a cair nas suas malhas. Tudo bem que, no passado, costumava-se afirmar que Freud explica tudo, mas no século XXI, Freud não mais explica, ele implica.
Ao ter que ir a uma repartição pública o que mais me irrita é a frase: ‘xerox somente autenticado’. Juntaram a burocracia cartorial com o avanço tecnológico, sem levar em conta que o correto seria adotar a presunção de inocência, que está na Constituição de 1988.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A CRISE E AS ESCOLHAS NA GESTÃO DE SAÚDE


Galba Freire Moita (*)
Enquanto técnico em Monitoramento e Gestão da Saúde, tenho acompanhado a crise da saúde do RJ que pode nos legar algumas lições. Uma reportagem sobre a crise e o impacto das Organizações Sociais (OSs) sugere uma reflexão quanto à gestão de hospitais, UPAs e demais unidades do SUS Brasil afora.
A reportagem pode-se resumir na fala do vereador Paulo Pinheiro: “OS é o fim da saúde. Eu tenho 46 pedidos no Tribunal de Contas. Auditamos todas as OSs do município (do Rio). A perda de recursos somente em um mês de avaliação chega a R$ 80 milhões. O município tem 25 contratos de gestão com nove OSs. Isso é uma vergonha”, além de muitos outros alertas lançados.
Logo após o nascimento do SUS, foi priorizado o modelo da administração pública direta e indireta (autarquias) que enfrentou dificuldades gerenciais e resolutivas. Nas últimas décadas, houve uma tendência de migração para OSs. Esta terceirização dos sistemas de saúde do Pará, Maranhão e Rio de Janeiro sofreu crises profundas e vícios de recursos. São Paulo e Goiás exigiram maior resolutividade das OSs da saúde.
Alguns estados e municípios desistiram das OSs e priorizam as fundações estatais, nos moldes da Ebserh (hospitais universitários). Com este modelo, criou-se a Fagifor para gerir nove hospitais de Fortaleza, mas parece não ter saído do papel, sem motivos aparentes. Fato é que a rede de saúde de Fortaleza e do Ceará depende fortemente de uma única OSs, que gerencia mais de R$ 1,7 bilhão da saúde, em quatro anos, sendo ineficiente para solucionar os problemas de saúde da população.
Enfim, as experiências mal sucedidas inspiram cuidados redobrados com as OSs, tendo despertado o recém-empossado presidente do TCE, e alertam os governantes do Ceará a buscarem saídas mais robustas para o SUS do Ceará, haja vista que pesquisas realizadas, em 2014 e 2015, pelo CFM/Datafolha apontam que cerca de 87% da população estão insatisfeitos com a saúde pública, sendo um tema considerado sensível e relevante para quase todos estes, eleitores que vão às urnas em 2016.
(*) PhD Gestão e Decisão em Saúde (Universidade de Coimbra); tecnologista em Monitoramento e Avaliação (Ministério da Saúde).
Publicado In: O Povo, Opinião, de 16/1/16. p.10.
 

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