Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O mundo está perplexo.
Mais uma vez os desajustes individuais, de grupos, de nações estão conduzindo
países ricos, emergentes e pobres para uma crise que abrange aspectos éticos,
morais, socioeconômicos, políticos, de desesperança, de irresponsabilidade, de
injustiça e de violência. Para aonde vamos? O que queremos? No último dia 14, a
França comemorava mais um ano da “Queda da Bastilha”, movimento apoiado em três
palavras que representam a essência da democracia: liberdade, igualdade e
fraternidade. É a maior festa nacional daquele País amigo. De repente, na bela
cidade de Nice surge no meio da multidão um caminhão dirigido por um monstro,
covarde e criminoso atropelando centenas de pessoas, deixando mais de cem
mortos e duzentos feridos. Verdadeira barbárie. Por quê? Qual a razão? Não
existe razão para tamanha perversidade e ignorância. Não basta dizer que é um
“lobo solitário” ou é a orientação de algum grupo terrorista, mas o apocalipse
moral e ético da sociedade mundial. Saliento, todavia, que tal quadro dantesco
não é culpa da democracia, como chegam a dizer alguns idiotas, mas a falta de democracia.
Nos últimos dois anos, a França foi agredida de forma terrível por três
atentados: Charlie Hebdo, Bataclan e agora Nice. Outros países também estão
sendo vítimas de ações terroristas, matando inocentes. Falta generosidade e
entendimento entre as pessoas. “Quando em desespero, eu me lembro que durante toda a história o
caminho da verdade e do amor sempre ganharam” (Mahatma Gandhi). “Nous sommes françaises”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Publicado no Diário do Nordeste, Ideias.
7/2016.
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