É próprio da vida: começo, meio e
fim. Com a feitura de um livro, não é diferente. Primeiro, a introdução;
depois, os muitos capítulos que representam o corpo da obra; e, finalmente, o
último argumento (Ultima Ratio).
Por que se fez essa obra sobre
Haroldo Juaçaba? – Há justificativa para tudo.
Com referência a mais uma publicação
da Coleção Terra Bárbara, editada pela Fundação Demócrito Rocha (FDF), a
explicação está no fato de que já não era sem tempo reverenciar a memória de
Haroldo Gondim Juaçaba, ele que ganhou unanimidade, em termos de bem-querer,
tal como quer a expressão latina: a
maiori usque ad minus, ou, em português, “desde o maior até o menor”.
O histórico de vida de Haroldo
Gondim Juaçaba, no livro das Edições Demócrito Rocha, segue uma linha do tempo,
em formato de roda, para dar vez a uma imagem em constante movimento,
consubstanciada na dinâmica das suas ações.
A introdução do livro ressalta
Haroldo Juaçaba, como modelo de médico, mestre e cidadão. Os dez capítulos
enfeixados neste livro trazem a público as vertentes de uma personalidade
essencialmente plural, expostas na seguinte ordem: 1. Um homem de família; 2.
Uma unanimidade médica; 3. O mestre de muitas gerações; 4. O refino da cultura;
5. O homem que clinicava; 6. Um referencial de equilíbrio; 7. A face oculta do
atleta; 8. Um homem de atitudes; 9. O homem que virou referência; e 10. Um curriculum vitae exemplar.
Na Ultima Ratio recorre-se a uma epígrafe de Elsie Studart que,
parafraseando Shakespeare, referiu: “Haroldo Juaçaba nasceu grande, atingiu a
grandeza e cabe a nós lançar a grandeza sobre ele.” A verdade, em tudo isso, é
que já não se faz mais um Haroldo Gondim Juaçaba como este, celebrado como
homem com H maiúsculo. Exatamente o H de Haroldo, a legendária figura dessa
“terra bárbara”, que foi também de Bárbara de Alencar.
Infelizmente, por razões editoriais
e operacionais, a primeira autora, professora Elsie Studart, que tanto ansiava
por esta obra publicada, não viu materializar esse sonho, porque o Criador a
chamou para junto de Si, antecipadamente A ela, a nossa justa homenagem
póstuma.
Por fim, presta-se o agradecimento à
família Juaçaba, à direção do Instituto do Câncer do Ceará (ICC) e aos editores
da FDR, pela viabilização desta obra, cuja lançamento, em avant-première, deu-se em 25/11/2016, ao ensejo da celebração dos
72 anos de fundação do ICC.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico do Instituto do Câncer do
Ceará
Fonte: O Povo, de 26/12/2016. Opinião. p.17.
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