segunda-feira, 23 de abril de 2018

CRISE MUNDIAL

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nosso objetivo é refletir sobre algumas questões que preocupam a opinião pública mundial em nossos dias. A ganância de determinados países motiva uma desconfiança que prejudica o entendimento, gerando desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade humana, a ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social. Esses movimentos radicais não buscam soluções, mas modelos errôneos de comportamento. Não deveriam prevalecer a ambição pelo poder (em todos os seus aspectos), a falta de ideal, o fundamentalismo e o ódio. Por sua vez, conforme Norberto Bobbio, "A primeira grande distinção no universo das doutrinas políticas é a que contrapõe teorias idealistas do Estado perfeito, ou da melhor forma de governo, e teorias realistas". A ideologia quando verdadeira deve ser estratégica e não de curto prazo, o que gerações irracionais e insustentáveis. A história nos mostra que as manifestações ideológicas, quando consistentes, levam-nos a caminhos pacifistas, éticos, de liberdade, de solidariedade, não preconceituosos e democráticos. Para que tenhamos um mundo melhor é fundamental a existência das virtudes teologais (fé, esperança e amor) e das virtudes cardinais (prudência, justiça, fortaleza e moderação).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 20/4/2018.

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