Nosso objetivo
é refletir sobre algumas questões que preocupam a opinião pública mundial em
nossos dias. A ganância de determinados países motiva uma desconfiança que
prejudica o entendimento, gerando desigualdades e desequilíbrios políticos,
econômicos, sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração
desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria crescente de
milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade humana, a
ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O radicalismo tem
influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização
social. Esses movimentos radicais não buscam soluções, mas modelos errôneos de
comportamento. Não deveriam prevalecer a ambição pelo poder (em todos os seus
aspectos), a falta de ideal, o fundamentalismo e o ódio. Por sua vez, conforme
Norberto Bobbio, "A primeira grande distinção
no universo das doutrinas políticas é a que contrapõe teorias idealistas do Estado
perfeito, ou da melhor forma de governo, e teorias realistas". A
ideologia quando verdadeira deve ser estratégica e não de curto prazo, o que
gerações irracionais e insustentáveis. A história nos mostra que as
manifestações ideológicas, quando consistentes, levam-nos a caminhos
pacifistas, éticos, de liberdade, de solidariedade, não preconceituosos e
democráticos. Para que tenhamos um mundo melhor é fundamental a existência das
virtudes teologais (fé, esperança e amor) e das virtudes cardinais (prudência,
justiça, fortaleza e moderação).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 20/4/2018.
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