quinta-feira, 11 de julho de 2019

COLESTEROL


Por Weiber Xavier (*)
As diretrizes, recentes, baseadas em evidências científicas da American Heart Association enfatizam a importância de manter um estilo de vida saudável para o coração ao longo de toda a vida fazendo uso de uma dieta equilibrada, controle do peso, atividade física regular e evitar o uso do fumo.
Um em cada três americanos possui níveis elevados de LDL colesterol que leva ao desenvolvimento de aterosclerose. O colesterol não é inerentemente ruim. Na realidade nosso corpo precisa de colesterol para construir as nossas células. O colesterol vem basicamente de duas fontes: o fígado que produz o colesterol que precisamos, e da dieta através de produtos animais como a carne. Existem dois tipos de lipoproteínas que carreiam o colesterol. O LDL (low-density lipoprotein), às vezes chamado de "mau colesterol" por estar associado ao risco de doença coronariana e AVC; e o HDL (high-density lipoprotein) que absorve o colesterol e o devolve ao fígado considerado "bom colesterol". Níveis elevados de HDL podem diminuir o risco de doença cardíaca e vascular cerebral.
Muitas pessoas erroneamente acreditam que pessoas jovens não devem se preocupar com colesterol (recomenda-se iniciar a checagem a partir dos 20 anos), pessoas magras não tem colesterol alto (obesos são mais propensos a ter colesterol alto, mas qualquer tipo corporal pode ser afetado), somente homens devem se preocupar com colesterol (mulheres, particularmente próximo a menopausa, também devem checar seu colesterol), dieta e atividade física ditam o nível do colesterol e com medicamentos não há necessidade de mudança de hábitos de vida. (medicamentos ajudam o controle e podem ser necessários, mas, dieta e mudança dos hábitos é a melhor maneira de reduzir os riscos).
Se você tem níveis elevados de colesterol é importante consultar seu médico sobre mudanças de hábitos de vida e o uso de medicamentos que visem diminuir seu risco de complicações relacionadas ao colesterol elevado. Se você tem outros fatores de risco como pressão elevada, diabetes e tabagismo seu risco aumenta ainda mais. 
(*) Médico e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 10/06/2019. Opinião. p.20.

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