Por Weiber Xavier
(*)
As
diretrizes, recentes, baseadas em evidências científicas da American Heart
Association enfatizam a importância de manter um estilo de vida saudável para o
coração ao longo de toda a vida fazendo uso de uma dieta equilibrada, controle
do peso, atividade física regular e evitar o uso do fumo.
Um em cada
três americanos possui níveis elevados de LDL colesterol que leva ao
desenvolvimento de aterosclerose. O colesterol não é inerentemente ruim. Na
realidade nosso corpo precisa de colesterol para construir as nossas células. O
colesterol vem basicamente de duas fontes: o fígado que produz o colesterol que
precisamos, e da dieta através de produtos animais como a carne. Existem dois
tipos de lipoproteínas que carreiam o colesterol. O LDL (low-density
lipoprotein), às vezes chamado de "mau colesterol" por estar
associado ao risco de doença coronariana e AVC; e o HDL (high-density
lipoprotein) que absorve o colesterol e o devolve ao fígado considerado
"bom colesterol". Níveis elevados de HDL podem diminuir o risco de
doença cardíaca e vascular cerebral.
Muitas
pessoas erroneamente acreditam que pessoas jovens não devem se preocupar com
colesterol (recomenda-se iniciar a checagem a partir dos 20 anos), pessoas
magras não tem colesterol alto (obesos são mais propensos a ter colesterol
alto, mas qualquer tipo corporal pode ser afetado), somente homens devem se
preocupar com colesterol (mulheres, particularmente próximo a menopausa, também
devem checar seu colesterol), dieta e atividade física ditam o nível do
colesterol e com medicamentos não há necessidade de mudança de hábitos de vida.
(medicamentos ajudam o controle e podem ser necessários, mas, dieta e mudança
dos hábitos é a melhor maneira de reduzir os riscos).
Se você
tem níveis elevados de colesterol é importante consultar seu médico sobre
mudanças de hábitos de vida e o uso de medicamentos que visem diminuir seu
risco de complicações relacionadas ao colesterol elevado. Se você tem outros
fatores de risco como pressão elevada, diabetes e tabagismo seu risco aumenta
ainda mais.
(*) Médico
e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 10/06/2019. Opinião. p.20.
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