Por Vladimir Spinelli Chagas (*)
O
título é uma provocação. A Uece é a primeira entre as estaduais no Norte,
Nordeste e Centro-Oeste e bem ranqueada no Times Higher Education. Não é pouco.
E
no ano em que se completam 30 anos de criação da Fundação de Amparo à Pesquisa
(Funcap), é importante ressaltar que a Uece não é apenas voltada, com
excelência, para a formação de professores na capital e em seus seis campi do
interior. É, também, parceira fundamental no desenvolvimento da ciência, da
tecnologia e da inovação no Ceará e no Brasil.
Basta
recordar os esforços na consolidação do seu Núcleo de Inovação Tecnológica -
NIT, cujos resultados vieram amparar um projeto mais ousado ainda, com a
criação, em 2009, da Rede dos Núcleos de Inovação Tecnológica do Ceará -
Redenit-CE, que conquistou dois prêmios nacionais já na sua implantação.
Em
2006, a Uece foi escolhida, por seus méritos, para coordenar o doutorado em
rede da Rede Nordeste de Biotecnologia - Renorbio, com inúmeros avanços na área
e resultando em pelo menos sete patentes, somente de seus pesquisadores e o
desenvolvimento de empresas de biotecnologia, em que se destacam as
experiências com a água de coco em pó, uma das primeiras incentivadas pelo
NIT-Uece.
Dois
outros projetos de dimensão, o da transgênese na espécie caprina, com o
nascimento, em 2008, dos dois primeiros caprinos transgênicos da América Latina
e a pesquisa da primeira vacina de origem vegetal, tendo como base o feijão de
corda.
Para
hoje, o Lais (Laboratórios Associados de Inovação e Sustentabilidade) completou
mais de 100 calibrações em anemômetros, utilizando o túnel de vento da Uece em
parceria com a iniciativa privada; o Laboratório de Redes de Computadores de
Segurança desenvolve tecnologia para captação de sinais vitais em pacientes
internados em UTIs, com apoio de agentes da área de Saúde; pesquisadores
depositaram pedido de patente para novo uso de vacina aviária no combate à
Covid-19.
É
a Uece "invisível" e sua inegável capacidade de contornar
dificuldades, de se reinventar e de desenvolver, com qualidade, o papel de
indutora do desenvolvimento científico e tecnológico.
(*) Professor
da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do
CRA-CE.
Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 5/10/20. p.22.
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