terça-feira, 6 de abril de 2021

O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL CEARENSE

Por Lauro Chaves Neto (*)

Uma característica comum em economias avançadas, que conseguiram acelerar os seus crescimentos, foi uma forte industrialização, tanto nos EUA e Alemanha como nos mais recentemente industrializados, como é o caso do leste asiático. Entre eles, existe o foco para o investimento em pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas, sempre interagindo intensamente com a academia.

Quando Ricardo Cavalcante assumiu a Presidência da Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará), afirmou ser o momento de construir uma plataforma, assentada na real necessidade da indústria cearense, colocasse os próprios empresários, que investem e correm todos os riscos, como protagonistas do futuro.

Essa plataforma é um meio de dialogar com os diversos stakeholders, e mostrar ao poder público, de uma forma mais simples e fácil, os problemas atuais da indústria. A Fiec será a articuladora da integração das cadeias produtivas, do relacionamento com o poder público, com a academia, com as instituições de crédito e de fomento.

Foram ouvidos os 40 sindicatos que trabalham com a Fiec, mais de 120 indústrias de todos os portes, além de líderes de outros setores. Apresentando um diagnóstico da competitividade atual da indústria cearense, além de diretrizes e estratégias necessárias.

O processo de industrialização do Ceará se intensificou após a década de 1980, elevando a participação na indústria brasileira de 0,77%, em 1975, para 1,6% no início da década de 1990. Com as obras estruturantes no Pecém e no Castanhão, o Ceará atingiu, pela primeira vez, participações superiores a 2% do valor adicionado nacional.

A internacionalização, a inovação e os incentivos econômicos são alguns dos pilares que são detalhados em linhas estratégicas, a serem avaliadas em sua implantação por indicadores e métricas consagrados internacionalmente, para se alcançar a visão de futuro: "Indústria cearense competitiva, sustentável e inovadora, integrada às cadeias globais de valor, com equilíbrio territorial e boas práticas de governança corporativa". O conteúdo completo da Plataforma pode ser baixado no site da Fiec e no link bityli.com/18Zdr.

(*) Consultor, professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.

Fonte: O Povo, de 11/1/21. Opinião. p.18.

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