Por Lauro Chaves Neto (*)
Uma característica comum em economias avançadas,
que conseguiram acelerar os seus crescimentos, foi uma forte industrialização,
tanto nos EUA e Alemanha como nos mais recentemente industrializados, como é o
caso do leste asiático. Entre eles, existe o foco para o investimento em
pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas, sempre interagindo
intensamente com a academia.
Quando Ricardo Cavalcante assumiu a Presidência da
Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará), afirmou ser o momento de
construir uma plataforma, assentada na real necessidade da indústria cearense,
colocasse os próprios empresários, que investem e correm todos os riscos, como
protagonistas do futuro.
Essa plataforma é um meio de dialogar com os
diversos stakeholders, e mostrar ao
poder público, de uma forma mais simples e fácil, os problemas atuais da
indústria. A Fiec será a articuladora da integração das cadeias produtivas, do
relacionamento com o poder público, com a academia, com as instituições de crédito
e de fomento.
Foram ouvidos os 40 sindicatos que trabalham com a
Fiec, mais de 120 indústrias de todos os portes, além de líderes de outros
setores. Apresentando um diagnóstico da competitividade atual da indústria
cearense, além de diretrizes e estratégias necessárias.
O processo de industrialização do Ceará se
intensificou após a década de 1980, elevando a participação na indústria
brasileira de 0,77%, em 1975, para 1,6% no início da década de 1990. Com as
obras estruturantes no Pecém e no Castanhão, o Ceará atingiu, pela primeira
vez, participações superiores a 2% do valor adicionado nacional.
A internacionalização, a inovação e os incentivos
econômicos são alguns dos pilares que são detalhados em linhas estratégicas, a
serem avaliadas em sua implantação por indicadores e métricas consagrados
internacionalmente, para se alcançar a visão de futuro: "Indústria
cearense competitiva, sustentável e inovadora, integrada às cadeias globais de
valor, com equilíbrio territorial e boas práticas de governança
corporativa". O conteúdo completo da Plataforma pode ser baixado no site
da Fiec e no link bityli.com/18Zdr.
(*) Consultor,
professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte:
O Povo,
de 11/1/21. Opinião. p.18.
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