Em 21/01/2021, com início às 19h, realizou-se a reunião
extraordinária da Academia Cearense de Medicina (ACM) para elaborar uma nota
oficial sobre a vacinação contra a Covid-19. A reunião foi conduzida via on-line, em sala virtual na plataforma Zoom, em virtude do distanciamento
social derivado da pandemia por Covid-19.
O ponto de partida para a feitura da nota foi um documento
prévio, oriundo de discussão de um grupo de confrades e confreiras, e minutado
pelos Acads. Flávio Leitão de Carvalho e Vicente de Paulo Leitão de Carvalho, o
que muito facilitou o andamento dos trabalhos conduzidos na reunião que foi
aberta aos demais membros do silogeu médico.
Sequencialmente, usaram da palavra, tecendo os comentários
pertinentes ao tema em apreço, os seguintes acadêmicos: Oswaldo Gutierrez,
Carlile Lavor, Márcia Alcântara, Henrique Leal, Marcelo Gurgel, George
Magalhães, Janedson Baima, Sebastião Diógenes, Anastácio Queiroz e Ana
Margarida Rosemberg, cujas falas constituíram um debate enriquecedor, como
aponta a minuciosa ata redigida pelo Acad. Sebastião Diógenes.
Como desdobramento frutificante e consensual desse encontro
virtual, a Nota Oficial da ACM sobre a vacinação contra a Covid-19, devidamente assinada pelos presidentes da ACM, Acad. Pedro Henrique Saraiva Leão, e do
Conselho Consultivo, Acad. Vicente de Paulo Leitão de Carvalho, ficou com o
seguinte teor:
A Academia Cearense de
Medicina é uma associação ético-científico-cultural que tem por finalidades: a)
preservar a memória da Medicina no Ceará; b) incentivar o aprimoramento da
cultura e da ética médicas e c) apresentar sugestões, solicitar providências e
colaborar com as autoridades competentes, em prol da educação médica e da
promoção da saúde.
Diante do preocupante quadro
pandêmico da COVID-19 que assola nosso País, estamos definitivamente
convencidos da indispensável utilização das vacinas, com o intuito de diminuir
o adoecimento, a transmissão e o número de mortes. Hoje já são mais de 210.000
vidas perdidas para essa doença no Brasil.
O negacionismo às vacinas é,
como bem frisou o Papa Francisco, uma atitude antiética. Principalmente agora
que o corpo científico da ANVISA aprovou, por unanimidade, o uso das duas
vacinas disponíveis no Brasil – a CORONAVAC e a da Oxford-AstraZeneca. É
indispensável a adesão de toda a população cearense.
Precisamos desacelerar o
infortúnio trazido pela COVID-19. Para frear a pandemia impõe-se que vacinemos
o maior número possível de pessoas. O ideal é que todos fossem vacinados, pois
todos estaríamos protegidos. Esse ideal é impossível de conseguirmos, pelo fato
de que não haverá vacinas para toda a humanidade, face à limitada capacidade de
produção mundial dessas vacinas.
Segundo Nota da Associação
Médica Brasileira “estamos vivendo um momento de grande desinformação,
desserviços e ‘fake news’. É relevante conscientizarmos a população brasileira
da importância fundamental das vacinas para controle das mais diversas doenças
infecciosas, entre as quais a COVID-19”.
Instamos as autoridades
competentes para cumprirem os ditames da Constituição Brasileira, concernentes
aos cuidados da saúde do cidadão brasileiro.
Por fim, deveremos afirmar
as vantagens em continuarmos com as efetivas medidas de prevenção: usar
máscaras, lavar as mãos, manter o distanciamento físico e evitar as
aglomerações.
É possível que essas medidas
passem a fazer parte do nosso cotidiano no futuro.
Assim, em cumprimento dos seus objetivos estatutários, essa nota
com o pronunciamento definitivo da ACM está sendo largamente divulgada nas
mídias locais, nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, alcançando ampla
repercussão nas entidades médicas e entre profissionais de saúde do Ceará.
Marcelo Gurgel Carlos da
Silva - CREMEC 2412
Da Academia Cearense de
Medicina – Cadeira 18
Medicina Preventiva e Social - RQE Nº 483
Medicina do Trabalho - RQE Nº 589
*Publicado In: Jornal Cremec, 145: 8,
janeiro-fevereiro de 2021.
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