Abro a
coluna com um “causo” da Paraíba, tendo como personagens o governador João Agripino
(1966/1971) e um “doido”. Historinha narrada por Arael Menezes.
Político é para
sofrer
“No
panorama político da Paraíba governadores tinham o hábito de cultivar uma
espécie de bobos da corte, conhecidos como “doidos”, pessoas inofensivas, e que
cumpriam algumas missões. João Agripino foi o iniciador dessa prática. Dentre
seus “doidos”, tinha um conhecido pela alcunha de Mocidade, que se julgava
intelectual e tribuno de valor. No meio do mandato, Agripino sofreu forte
campanha oposicionista. Comícios críticos ocorriam, dentre os quais o mais
concorrido foi no Ponto de Cem Réis, área central da capital. Uma boa
oportunidade para Mocidade. Municiado por boas lapadas de aguardente, mandou
bala com um ácido discurso. O governador não gostou. Interpelou o “doido”,
ouvindo dele a resposta:
– “Ora,
João, é assim mesmo… Político é para sofrer”.
Mocidade
era famoso também pela abertura de seus discursos. Como esta: “Senhores
políticos corruptos e venais desta República…”.
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).
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