Por Sofia
Lerche Vieira (*)
Em mais um início de ano marcado por intempéries
climáticas, sanitárias e de outras ordens, cultivar o otimismo é atitude que se impõe.
Embora possa parecer fácil, a conexão com o lado bom das coisas nem sempre é
espontânea.
Sem dúvida, todos temos um amigo ou parente que
sempre parece estar a serviço de escolher um modo cinza de ver fatos e
situações. Não importa quais sejam as circunstâncias, o pessimismo marca suas atitudes perante
a vida. E não é que o fardo acaba por se tornar mais pesado para eles?
O que aconteceria se, em vez das costumeiras
promessas de ano novo, de convencermos a nós mesmos de que a partir de janeiro
vamos correr para a academia e emagrecer ainda mais do que imaginamos no início
do ano passado, prometêssemos a nós mesmos cultivar palavras de luz? Não precisam ser muitas.
Cada um de nós, com certeza, tem uma de significado
especial e que oferece maior desafio para ser praticada. Em tempos em que até
para ouvir a voz de nossos interlocutores existe um recurso do
WhatsApp para
apressar a emissão das mensagens, a paciência pode ser uma dessas palavras.
Paciência abre caminho para uma escuta generosa,
capaz de desarmar ânimos acirrados e propiciar o encontro na vida pessoal e
profissional. Coragem é outra palavra com grande potencial de transformação.
Coragem de dizer o que se pensa. De aceitar desafios. De dizer 'não' quando os outros
querem ouvir 'sim'. De ir em frente quando as circunstâncias parecem adversas,
mas o eu interior pressente que é preciso prosseguir. Além dessas duas palavras
existe outra com forte poder de mudança: alegria; palavra mágica, capaz de imprimir leveza
à mais árdua das caminhadas. Passar pela experiência da alegria é algo vital e
que anima a alma.
Então, para começarmos um ano realmente novo, que
tal lembrarmos que palavras são fontes de energia? Suas vibrações podem nos
conectar com ondas positivas ou negativas. Além das três aqui mencionadas,
algumas outras poderiam inspirar uma passagem mais amena para os desafios do
ano que se inicia. Será que você, que teve paciência de ler este artigo - já
escolheu as suas?
(*)
Professora do Programa de Pós-Graduação
em Educação da Uece e consultora da FGV-RJ.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 3/01/22. Opinião, p.18.
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