Por Heitor
Férrer (*)
Já adianto que
adoro futebol e sou fã da seleção brasileira, apesar dos 7x1 e apesar de já
estarmos há 20 anos sem ganhar uma Copa do Mundo. Adianto, também, que sou
frequentador do estádio Castelão (hoje "Arena Castelão", o que não
entendo). Já confesso que, em casa, estou sempre ligado nos canais de esporte
para assistir a um bom futebol dos times nacionais ou do campeonato inglês,
espanhol, francês… Portanto, vou falar com propriedade de quem vê futebol e
assiste às malandragens dos jogadores, principalmente dos jogadores
brasileiros.
Assim como eu,
existem milhões de outras pessoas que veem futebol, o que obriga essa atividade
a ter responsabilidade ética e ser bom exemplo para o mundo. O primeiro grande
mau exemplo do futebol está nos salários dos jogadores. Embora regido pelo
mercado, são números estratosféricos. Como imaginar um profissional, seja ele de
qual área for, ganhar R$ 840 milhões/ano, R$ 70 milhões/mês, R$ 2 milhões/dia,
como é o caso do Neymar "Cai-Cai", craque, porém longe de ser um
atleta e muito mais longe ainda de ser exemplo para o mundo, por seu deplorável
comportamento dentro e fora do campo.
Exposto este
primeiro grande mau exemplo, causa-nos indignação o comportamento dos jogadores
que, na nítida intenção de enganar o árbitro, usam de má-fé, de conduta desonesta e aética, ofendendo com suas encenações a esses milhões que prestigiam o futebol.
A Fifa tem que
endurecer o combate a essas artimanhas em respeito a quem assiste a esses
espetáculos de desonestidade, péssimos maus exemplos.
Nada mais
insuportável ver um jogador ser tocado levemente no tórax e vê-lo rolar no
gramado com a mão no rosto, fazendo crer que o soco foi no rosto, o que torna a
falta grave. Não dá pra aceitar, diante das câmeras e auxílio do VAR, o jogador sem, sequer, ser tocado cair dentro da grande área para
simular um pênalti.
É indignante
ver um goleiro inventar uma falta e ficar meia hora no chão, se contorcendo do
nada para esfriar o jogo, fazendo cera, quando seu time está sob pressão do adversário.
Há de se fazer
mudanças para punir esses que não respeitam quem
prestigia o futebol e os faz ganhar milhões por dia.
A Fifa tem que
inovar regras no futebol em nome da ética, da honestidade e do bom exemplo, sem se falar na violência das torcidas organizadas...
(*)
Médico e
ex-Deputado estadual
(Solidariedade).
Fonte: Publicado In: O Povo, de 17/11/2023. Opinião. p.21.
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