Por Ana Tute Medeiros (*)
O Conselho diz que não contesta eficácia da vacina contra a Covid
Em
nota, o Conselho Federal de Medicina afirma quem "em nenhum momento, o CFM contesta a eficácia
ou a decisão do Ministério da Saúde de disponibilizar a vacina contra a
Covid-19 para a população infantil".
"A pesquisa visa unicamente conhecer a
percepção do médico brasileiro sobre a obrigação imposta aos pais", explica.
De
acordo com a autarquia médica, "a decisão decorre de inúmeros pleitos
encaminhados à autarquia buscando conhecer o posicionamento do CFM sobre esse
tema".
Isso porque "a vacina disponibilizada pelo fabricante condiciona sua venda
à prescrição médica".
"Sempre existe lá a observação de se procurar
um médico. Está presente nas bulas de todos os medicamentos", refuta Roberto da Justa.
"Não é baseado em conteúdo de bula que se
definem políticas públicas, não é baseado em enquete. São determinadas baseadas
em evidências científicas. Isso desvia o foco das atenções, que é aumentar a
cobertura vacinal das crianças", salienta o profissional cearense.
"O CFM ressalta à população e aos médicos que
empenha total apoio às ações empreendidas para ampliar a cobertura de vacinas
que ajudam na prevenção e combate doenças, como poliomielite, sarampo,
meningite, rubéola e tuberculose, disponibilizadas dentro do Programa Nacional
de Imunizações (PNI), considerado o maior do mundo em sua modalidade", afirma o órgão.
O
CFM explica ainda que "os dados registrados permitem a geração de um único código de
validação. Ressalte-se que apenas o primeiro envio de respostas será computado
como voto".
"As informações oferecidas serão tratadas sob os critérios de
sigilo e anonimato, nos termos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e os
resultados da pesquisa subsidiarão o CFM no desenvolvimento de ações
relacionadas ao tema", informa.
Em nota, o CRM-DF afirmou "que
todas as denúncias feitas à autarquia são investigadas por meio de
sindicâncias, no entanto, o procedimento ocorre em sigilo processual".
(*) Jornalista
de O Povo.
Fonte:
Publicado In: O Povo, de 17/01/2024.
Cidades. p.16.
Leia nota na íntegra
NOTA AOS
BRASILEIROS
CFM esclarece
pontos do levantamento sobre a percepção do médico acerca da obrigatoriedade da
vacina de covid-19 em crianças
Com respeito
à realização de pesquisa junto aos mais de 560 mil médicos brasileiros para
conhecer a percepção dos profissionais acerca da obrigatoriedade de aplicação
da vacina contra covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses, o
Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece os seguintes pontos:
1) Em nenhum
momento, o CFM contesta a eficácia ou a decisão do Ministério da Saúde de
disponibilizar a vacina contra a covid-19 para a população infantil;
2) A pesquisa
visa unicamente conhecer a percepção do médico brasileiro sobre a obrigação
imposta aos pais para que as crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses sejam
vacinadas, independentemente de prescrição médica da vacina contra COVID-19;
3) A decisão
decorre de inúmeros pleitos encaminhados à autarquia buscando conhecer o
posicionamento do CFM sobre esse tema, pois a bula da vacina disponibilizada
pelo fabricante condiciona sua venda à prescrição médica;
4) Assim, o
CFM decidiu ampliar o debate, dando direito a cada médico brasileiro de se
manifestar, conhecendo a visão da maioria da classe;
5) Os médicos
têm opiniões com base em conhecimento técnico-científico, são profissionais,
pesquisadores e estudiosos em diversas áreas da ciência médica e por isso mesmo,
são capacitados a se manifestarem sobre a obrigatoriedade da vacina contra
COVID-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses;
6) Abordagens
semelhantes foram usadas pelo CFM em outros temas, como telemedicina e
publicidade médica, entre outros, oferecendo subsídios à autarquia e aos
tomadores de decisão;
7) Além desse
instrumento, o CFM informa que solicitou posicionamentos técnicos às suas
Câmaras Técnicas de Pediatria, de Infectologia e de Bioética sobre a
obrigatoriedade;
8) O CFM
respeita o direito de outras entidades médicas se posicionarem sobre a
realização da pesquisa, entendendo que essas manifestações enriquecem o debate
ético e científico, desde que não atendam a interesses pessoais, políticos,
ideológicos ou financeiros.
Finalmente, o
CFM ressalta à população e aos médicos que empenha total apoio às ações
empreendidas para ampliar a cobertura de vacinas que ajudam na prevenção e
combate a doenças, como poliomielite, sarampo, meningite, rubéola e
tuberculose, disponibilizadas dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI),
considerado o maior do mundo em sua modalidade.
Brasília, 12
de janeiro de 2024.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Nenhum comentário:
Postar um comentário