Por Heitor
Férrer (*)
Perdoem-me os
fumantes, mas não há nada mais cafona do que o vício de fumar, voltando aos anos 50, quando não se sabia ainda dos malefícios do tabaco
e sua estreita relação com o câncer de pulmão, traqueia, bexiga e de todos os
órgãos, já que o sangue leva os ingredientes cancerígenos do cigarro a todo o
corpo.
Embora
presente no continente africano em forma de conflitos, uma guerra dentro da
Europa era inimaginável. Um teatro de guerra dentro da civilidade do primeiro
mundo é de uma cafonice sem igual. Voltar a uma moda ultrapassada de um passado
distante era impensável. Porém, o diabólico ditador russo, Putin, anexou, com
uso da força, a Crimeia e invadiu a Ucrânia, país soberano, em pleno território europeu,
para expandir, ainda mais, o já extenso território da Rússia, alegando motivos
de segurança, sem a mais leve ameaça do ocidente.
Em pleno
século XXI, outra cafonice, aqui na América do Sul, praticada pelo ditador Maduro, ameaçando invadir a Guiana. Numa cafonice abominável, o ditador da
Coreia do Norte ameaça seus vizinhos com lançamento de mísseis quase que
diariamente. Não menos cafona, o ataque terrorista do Hamas a Israel, matando inocentes, dando início a uma guerra que já soma milhares
de mortos, numa reação desproporcional do governo Natanyahu.
Como não
poderia deixar de ser, a cafonice também se manifesta aqui no Brasil, quando da
eleição para presidente em 2022, alguns insatisfeitos com o resultado das urnas
com a eleição do Lula, acampam em frente aos quartéis do exército,
pedindo intervenção militar e a volta do AI-5. Nada mais cafona, nada tão fora
de moda.
Com tanta
cafonice em moda, estamos sob sério risco de voltarmos à cafonice da guerra
fria, o que já tínhamos como página virada, agora com a presença da poderosa
China, da inconfiável Rússia, da obscura Coreia do Norte, do nebuloso Irã. Onde
está a ONU? Fracassará como a Liga das
Nações, criada após a
1ª guerra mundial para evitar um novo conflito global? A depender de sua força,
nada poderá fazer se a cafonice do uso da força preponderar em detrimento do
patamar civilizatório que conquistamos do império romano pra cá.
Abaixo a cafonice!
(*)
Médico e
ex-Deputado estadual
(Solidariedade).
Fonte: Publicado In: O Povo, de 8/03/2024. Opinião. p.16.
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