terça-feira, 13 de agosto de 2024

RENOVAÇÃO DA SANTA CASA

Por Vladimir Spinelli Chagas (*)

No final de 2022, começamos as conversas em torno das mudanças que a situação da Saúde, em termos nacionais, vem exigindo de todas as instituições, sejam públicas, privadas ou filantrópicas.

Destas últimas, já destacamos as características peculiares que ampliam os desafios de um setor que vê crescerem as necessidades da população, neste caso, os mais desassistidos.

Agora, enfatizamos os projetos que se iniciaram com o viés da Inovação, permitindo um olhar mais abrangente para as soluções exigidas e atraindo um número significativo de parceiros que atuam com tecnologia, inovação, sustentabilidade, governança, etc.

O Plano Econômico é um exemplo dessas pascerias e nele fica patente a potencialidade que tem a Santa Casa de, não apenas retomar o seu espaço, mas ampliar sobremaneira a oferta de serviços, aliviando as grandes filas que se mostram nos diversos equipamentos.

Os avanços não foram maiores pelo acúmulo de dificuldades financeiras enfrentadas, dado o seu perfil de atender 95% de pacientes SUS e ser a única instituição, fora da rede pública, a ofertar procedimentos de média complexidade, razão preponderante dos déficits enfrentados.

Atraímos personalidades políticas para as discussões, obtendo sucesso no caso dos deputados estaduais, mas precisamos de mais do que isso. Precisamos que os três níveis de governo reconheçam os déficits provocados pela Tabela SUS e promovam ações de compensação, que serão absorvidas nos respectivos orçamentos, sem maiores percalços.

Vamos continuar esse discurso monocórdio, sempre com a confiança de que ele será absorvido em tempo de evitar maiores prejuízos para o foco de nossa atenção - o paciente desassistido -, que hoje está órfão, como se pode deduzir das filas que se avolumam em todos os equipamentos.

A Santa Casa, repetiremos à exaustão, não pede para si e nem algo fora da capacidade orçamentária dos governos. Salvando vidas desde 1861, queremos continuar cada vez mais essa meritória missão, da qual não arredamos pé. Projetos e força de vontade não faltam à equipe da Santa Casa, que permanece trabalhando com afinco nessa renovação.

(*) Professor aposentado da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do CRA-CE. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 15/07/24. Opinião. p.20.


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