Por
Vladimir Spinelli Chagas (*)
No final de 2022, começamos as conversas em torno das mudanças que
a situação da Saúde, em termos nacionais, vem exigindo de todas as
instituições, sejam públicas, privadas ou filantrópicas.
Destas últimas, já destacamos as características peculiares que
ampliam os desafios de um setor que vê crescerem as necessidades da população,
neste caso, os mais desassistidos.
Agora, enfatizamos os projetos que se iniciaram com o viés da
Inovação, permitindo um olhar mais abrangente para as soluções exigidas e
atraindo um número significativo de parceiros que atuam com tecnologia,
inovação, sustentabilidade, governança, etc.
O Plano Econômico é um exemplo dessas pascerias e nele fica patente
a potencialidade que tem a Santa Casa de, não apenas retomar o seu espaço, mas
ampliar sobremaneira a oferta de serviços, aliviando as grandes filas que se
mostram nos diversos equipamentos.
Os avanços não foram maiores pelo acúmulo de dificuldades
financeiras enfrentadas, dado o seu perfil de atender 95% de pacientes SUS e
ser a única instituição, fora da rede pública, a ofertar procedimentos de média
complexidade, razão preponderante dos déficits enfrentados.
Atraímos personalidades políticas para as discussões, obtendo
sucesso no caso dos deputados estaduais, mas precisamos de mais do que isso.
Precisamos que os três níveis de governo reconheçam os déficits provocados pela
Tabela SUS e promovam ações de compensação, que serão absorvidas nos
respectivos orçamentos, sem maiores percalços.
Vamos continuar esse discurso monocórdio, sempre com a confiança de
que ele será absorvido em tempo de evitar maiores prejuízos para o foco de
nossa atenção - o paciente desassistido -, que hoje está órfão, como se pode
deduzir das filas que se avolumam em todos os equipamentos.
A Santa Casa, repetiremos à exaustão, não pede para si e nem algo
fora da capacidade orçamentária dos governos. Salvando vidas desde 1861,
queremos continuar cada vez mais essa meritória missão, da qual não arredamos
pé. Projetos e força de vontade não faltam à equipe da Santa Casa, que
permanece trabalhando com afinco nessa renovação.
(*) Professor aposentado
da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do
CRA-CE. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 15/07/24. Opinião. p.20.
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