segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

ECONOMIA URBANA E QUALIDADE DE VIDA

Por Lauro Chaves Neto (*)

O espaço urbano é onde se localizam os principais centros de decisão político e econômico, a própria geografia da geração de riquezas é essencialmente urbana, e isso só tem crescido já que os serviços e a tecnologia aumentam suas participações na economia.

Mais que concentrar as pessoas, a economia as centraliza espacialmente. Nos tempos atuais, segundo a ONU, 55% da população mundial é urbana e tende a chegar a 70% em 2050, no Brasil, mais de 80% da sociedade vive nas cidades. Cada vez mais o futuro da humanidade está no espaço urbano.

Instrumentos legais como o Estatuto das Cidades e o do uso de figuras de planejamento como o Masterplan, o Plano Diretor e o Plano Plurianual sistematizam a forma de como a sociedade civil pensa o seu futuro.

A sustentabilidade deve ser o futuro das cidades. Nesse caso, espaços de moradia, trabalho, educação, saúde, lazer e cultura, entre outros, terão que interagir e evoluir a fim de melhorar a qualidade de vida da população e a sua relação com o meio ambiente.

Crescem as iniciativas locais e globais, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, que buscam promover a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a governança democrática. A economia criativa potencializou toda a economia da cultura e a identidade cultural é parte fundamental para a sustentabilidade dos territórios.

O empoderamento da sociedade civil é a principal estratégia para assegurar a continuidade e a implantação dos planos de longo prazo. Para que isso ocorra é imprescindível com a construção de plataformas inteligentes e conectadas em rede, para que os cidadãos participem de todo o processo de planejamento, além do monitoramento e avaliação dos resultados.

Cidades inteligentes usam a tecnologia em serviços, plataformas de comunicação e informação para planejar espaços, detectar problemas e solucioná-los com agilidade. Sensores podem monitorar o trânsito, coleta de lixo, fornecimento de água e energia, entre outros.

A economia urbana pensa esse conjunto de fatores que impactam na qualidade de vida da sociedade e são o grande diferencial competitivo das cidades, pois, definitivamente, é nas cidades que se define a competitividade dos territórios.

(*) Consultor, professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.

Fonte: O Povo, de 3/02/25. Opinião. p.16.

Nenhum comentário:

Postar um comentário