Fonte: Circulando por
e-mail (internet).
quinta-feira, 31 de março de 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
O inferno são os outros. Ou: Talvez, apenas talvez, o problema seja... você mesmo!
Por Rodrigo
Constantino (*)
Um
comentário de Carlos Kramer simplesmente perfeito:
“Judiciário golpista, congresso golpista, OAB golpista,
empresários golpistas, imprensa golpista, povo golpista”.
Amigo
petista, quando o mundo todo parece um problema, talvez seja hora de avaliar se
o verdadeiro problema não é você.
Sartre,
que bajulava ditadores assassinos, dizia que “o
inferno são os Outros”. Sim, para os comunistas
em geral e petistas em particular o inferno sempre serão os Outros. Afinal,
maldito mundo que não se encaixa dentro de suas utopias nefastas! Desgraçados
esses indivíduos “burgueses” que se recusam a se curvar diante da “fantástica” meta igualitária
e totalitária do partido! Por que todos simplesmente não aceitam virar um “novo homem”, um “homo sovieticus”, para que
tudo seja mais fácil para os “intelectuais” comunistas e seus cúmplices no poder?
O
mundo é uma grande conspiração contra o comunismo. A realidade se impõe, essa
desgraçada. São todos uns miseráveis, uns golpistas, fascistas. Só ele, o
comuna, o petista, é superior, é “puro”, só quer o “bem geral”, ainda que para isso tenha que destruir o mundo todo à sua
volta.
Psiquiatras
já diagnosticaram o esquerdismo como doença mental. É mesmo uma espécie de
psicopatia. Fecho com uma pergunta feita por Leandro Ruschel:
Eu
tenho uma pergunta sincera para os petistas e esquerdistas em geral.
Qual
é o limite? Quais crimes os seus líderes tem que cometer para perderem o seu
apoio?
Já
sabemos que vocês toleram:
Sindicatos
e ONG’s vendendo apoio.
Lavagem cerebral nas escolas e universidades.
Militantes pagos.
As piores mentiras numa campanha.
Fraude nas contas públicas.
Desvio de dinheiro público.
Compra de votos de deputados e senadores.
Ditaduras em outros países.
Prisões políticas em outros países.
Protestos violentos e destrutivos.
Grupos paramilitares controlados pelo partido.
Formação de quadrilha.
Dinheiro na cueca.
Propina.
Lavagem de dinheiro.
Destruição de estatais e fundos de pensão.
Ex-presidente receber propina de construtora.
Ex-presidente fazer tráfico de influência.
Ex-presidente esconder patrimônio.
Ex-presidente xingar a justiça e demonstrar desrespeito absoluto pelas instituições.
Ex-presidente usar linguagem de presidiário.
Ex-presidente usar toda a máquina do partido infiltrada nas instituições para evitar ser investigado.
Lavagem cerebral nas escolas e universidades.
Militantes pagos.
As piores mentiras numa campanha.
Fraude nas contas públicas.
Desvio de dinheiro público.
Compra de votos de deputados e senadores.
Ditaduras em outros países.
Prisões políticas em outros países.
Protestos violentos e destrutivos.
Grupos paramilitares controlados pelo partido.
Formação de quadrilha.
Dinheiro na cueca.
Propina.
Lavagem de dinheiro.
Destruição de estatais e fundos de pensão.
Ex-presidente receber propina de construtora.
Ex-presidente fazer tráfico de influência.
Ex-presidente esconder patrimônio.
Ex-presidente xingar a justiça e demonstrar desrespeito absoluto pelas instituições.
Ex-presidente usar linguagem de presidiário.
Ex-presidente usar toda a máquina do partido infiltrada nas instituições para evitar ser investigado.
Nessa
semana, descobrimos que vocês também toleram que uma presidente ofereça um
ministério para evitar que um ex-presidente bandido fosse preso.
Se
Lula aparecer numa gravação num ato de pedofilia, vocês o defenderão?
Se
Dilma aparecer num vídeo matando alguém, vocês a defenderão?
Se
eles derem um Golpe Militar, além do Golpe do terceiro mandato do Lula, vocês
os defenderão?
Só
para eu entender qual é o limite para vocês….
E eu
arrisco uma resposta: muitos simplesmente não
têm limites! O próprio Sartre, já citado, era um desses psicopatas que não via
problema algum em defender um açougueiro como Mao Tse-Tung, desde que fosse em
nome de sua utopia comunista. Milhões de cadáveres sendo empilhados, e lá
estava o canalha, no conforto de Paris, vibrando com “um novo mundo possível”. Essa
gente é completamente doente!
(*) Economista e consultor.
Nota: Artigo postado em
vários sites e blogs.
terça-feira, 29 de março de 2016
CASA DE CULTURA CHRISTIANO CÂMARA
Christiano Câmara e sua esposa Douvina.
|
Por Raymundo Netto (*), especial para O POVO.
Rua da Escadinha ou
Travessa Baturité, 162. Casa centenária que abrigou entre outros, Gilberto
Câmara, jornalista, responsável pela campanha que edificou o mais belo conjunto
escultórico de Fortaleza, aquele que representa José de Alencar, na homônima praça,
e um dos maiores incentivadores da fundação da Associação Cearense de Imprensa,
a ACI. É também a casa que hospedou o poeta paulista Guilherme de Almeida, em
1925, quando em suas peregrinações Brasil afora em defesa da corrente
modernista. Ao final, abrigo de um dos maiores pesquisadores e defensores do
patrimônio artístico, arquitetônico e cultural brasileiro e cearense:
Christiano Câmara.
Há cerca de 9 anos o
conheci. Bati palmas ao portão, sendo recebido por Douvina, a sua sempre
guardiã e relações públicas, quando me disse, no corredor que dá para cozinha,
onde colava tirinhas de papel em fitas K-7: “Se for jornalista, não recebo!”
Estava zangado pelos inúmeros que o procuravam para explorá-lo, tomá-lo horas
no cumprimento de pautas, mas que não se atrincheiravam com ele na defesa
daquilo que lhe era mais sagrado: a história que exibia em suas paredes. “Nunca
vi isso. Impressionante... eles não denunciam, não cobram nada às autoridades!”
Deu-me como souvenir um texto impresso “Fortaleza sem Rosto”, escrito por ele
em 2000: “No Brasil, 3% da população não tem do que reclamar, enquanto 97% não
tem a quem”. Sentia-se sozinho em última trincheira, que a cada dia via mais
espremida naquela rua, tomada por shoppings de camelôs, oficinas mecânicas,
comércio de botijões de gás, estacionamento de caminhões, “um inferno!” Os
políticos e autoridades iam lá, pediam-lhe a benção, beijavam-lhe as mãos e depois
as lavavam e deixavam Christiano a ver navios, claro, se pudesse vê-los
novamente, pois se vendia a beira-mar para arranha-céus de luxo, geralmente dos
mesmos donos, os donos do Ceará, aqueles cuja fortuna tinha origem no
contrabando, na especulação, em negociatas políticas do passado a preço da
ignara alma popular. Afirmava o Christiano: “Raymundo Netto, não adianta. Nunca
que essa elite burra e analfabeta vai atrás de passado e de manter tudo isso.
Sabe por quê? Por que essa elite veio da merda e eles querem esquecer dessa
merda toda!” – nessa hora, d. Douvina tentava acalmá-lo: “Meu velho, você não é
de falar palavrão! Não precisa...”.
Há 5 anos, doído e quase
choroso, confessou-me que dormia quando ouviu a voz da mulher discutindo com um
caminhoneiro na calçada. Ela pedia educadamente que ele abaixasse o volume do
som, “pois seu velho estava dormindo”. O caminhoneiro riu e aumentou ainda
mais. Christiano foi à calçada, pegou-a pelo braço e a chamou para casa. O
motorista falou: “É. Leva essa doida, mesmo!”. Christiano respondeu: “Vou
levar, sim, mas só porque, infelizmente, nessa casa não existe mais um homem!”.
Foi uma das declarações mais dolorosas que ouvi na vida. Não nos enganemos:
esse foi o tratamento que mereceu o nosso Christiano nos últimos anos de sua
vida. Aquele que recebia a todos com paixão, brilho nos olhos, falando alto e
com entusiasmo sobre um mundo cada vez mais deixado para trás, também seria
lembrado apenas pela máquina de afetos que alguns denominam, quando o tem, de
coração.
Pois é, a morte não podemos
impedir, mas o legado de Christiano podemos, sim, manter. Agora, alguns urubus
caíram em cima, tentarão com promessas doces tomar o que puder para si,
comprando ou não, algumas raridades. Outros, membros de associações pseudoculturais
de vagas vendidas a preço de pagamento de dívidas, ou órgãos oficiais em que os
responsáveis se escondem por trás das portas tentarão ganhar vantagem. A hora é
de cautela e objetividade. Vejam a luta que seu deu para a permanência da Casa
de Juvenal Galeno. É possível, sim.
E, Christiano, que Deus o
receba, ao lado de seu Gilberto e dom Helder, com aquilo que ele criou e que
você carregou com tanto amor em seus braços: a boa música.
(*) Raymundo Netto é
escritor e promotor cultural.
Fonte: Postado no Blog Almanacultura. Publicado In: O Povo, Vida
& Arte, de 26/03/2016. p.3.
segunda-feira, 28 de março de 2016
NOMES QUE PASSARAM
Por Sânzio de Azevedo (*)
Em palestra
proferida na Academia Cearense de Letras em 2005, falei de Poetas Esquecidos,
título que roubei de um livro de Mário Linhares. Mas no meu caso eu só contemplaria
aqueles que tiveram fama e depois mergulharam no esquecimento. Como, entre
tantos, Aureliano Lessa, Vitoriano Palhares, Narcisa Amália, Valentim
Magalhães, Luís Murat, Hermes Fontes, Hermeto Lima e Alceu Wamosy.
Para me fixar num
só exemplo, lembro Olegário Mariano, nascido no Recife em 1889 e falecido no
Rio de Janeiro em 1958. Chegou a frequentar o famoso grupo de Bilac e seria
eleito em 1938 príncipe dos poetas brasileiros, sucedendo a Alberto de
Oliveira, que fora o sucessor de Bilac.
Em 1930, João
Ribeiro disse que sua poesia era “conhecida em todo o Brasil”, e Peregrino
Júnior, quando ele faleceu, disse: “foi um dos maiores poetas do Brasil”. Quem
se lembra hoje dele? Ao publicar em 1920 o livro Últimas Cigarras, que seria
reeditado várias vezes, ganhou o título de Poeta das Cigarras.
Ficou mais que
famoso o soneto “O Enterro da Cigarra”, que resumo aqui: “As formigas
levavam-na... Chovia!.../ Era o fim... Triste outono fumarento!... / Perto, uma
fonte, em suave movimento, / Cantigas de água trêmula carpia.” E no final,
“Pobre cigarra! Quando te levavam, /Enquanto te chorava a Natureza, / Tuas
irmãs e tua mãe cantavam...”
Em artigo de 1937,
conta Manuel Bandeira que em Petrópolis uma velhinha lhe disse haver lido uns
versos tão belos que ela os decorou. Pediu-lhe o poeta que ela dissesse os
versos e conclui: “fiquei enternecidís-simo quando ela começou: ‘As formigas
levavam-na... Chovia...’ Desde esse dia passei a querer grande bem à poesia de
Olegário. Compreendi instantaneamente que ela haveria de ficar”.
Mas a verdade é que
não ficou. Nem mesmo a simpática homenagem de Herman Lima, seu amigo,
publicando o Olegário Mariano da Coleção Nossos Clássicos, da Agir, em 1968,
conseguiu resgatar sua obra do esquecimento em que mergulhou. E temos de
reconhecer que se trata de um belo poeta. A literatura tem dessas coisas nem
sempre explicáveis...
(*) Doutor em
Letras pela UFRJ; membro da Academia Cearense de Letras (ACL).
Fonte:
Publicado In: O Povo. Fortaleza, 22/03/2016. Opinião. p.9.
domingo, 27 de março de 2016
NOVOS SINTOMAS DE POBREZA III
17
- Baixar filme na Internet!
A droga
do computador fica noites e noites inteiras ligado, baixando filmes... Além de
pobre é burro. Você acha que a energia elétrica é de graça? Aluga a droga do
filme no Blockbuster que fica mais barato, otário!
18
- Usar camisa de time na segunda feira!
Putz...
Que nojeira! Usar a camisa do Corinthians, do São Paulo ou Fluminense, na
segunda feira só pra zoar a galera do trabalho é típico de quem mora no
subúrbio!
19
- Cama beliche!
Móvel
típico dos pobres, que se reproduzem feito ratos e tem que dormir em algum
lugar, uns em cima dos outros. Rico tem no máximo dois filhos. E cada um tem
seu quarto.
20
- Vou de Mercedes para o trabalho!
Com
certeza, o pobre que solta essa pérola está se referindo ao ônibus... Quem tem
Mercedes, não fala que tem. Tem uma 280 ou uma 500, tem A 160, CLK, e por aí
vai... Quem tem Mercedes, tem até medo de falar que tem...
21
- Laje!
Tem
palavra que mais denota a pobreza do que... Laje??! Por favor, se sua casa
ainda não está pronta, seja mais refinado e diga: "Meu imóvel está na
estrutura básica..." ou, simplesmente: "Ainda não está
pronta"... Jamais diga: "Só tem a laje!". Além do quê, laje
(argh!) lembra palavras como garage (!), mirage (!) ou viaje (!), que, quando
ditas desta forma, meu amigo, é porque a coisa está muito feia para o seu
lado...
22 - Samantha, Mellanie,
Stephanie, Jenniffer, Camille, Grace Kelli, Suellen, Yasmin
Sacanagem com a criança! Botar esses nomes é muito pobre e brega! Coloca um nome
simples de todo mundo falar! O que há de errado com os nomes mais simples como:
Maria, Ana, etc...? Se você está pensado em colocar um desses nomes na
bixiguenta que ainda está na sua barriga pelo menos não será preciso trocar de
nome se ela virar prostituta.
23
- Pobrema ou ploblema, iorgute, táuba, resistro, impim, mortandela, mendingo,
tóchico, chalchicha, berruga, imbigo, framengo, curíntcha, fruzão, menas (esse
é o pior), largatixa, dar uma telefonema...
Palavras
mais utilizadas e daí vemos... É pobre! Se não é pobre, é pobre e ignorante,
porque todo mundo pode aprender que não é menas, é menos; que não é resistro, é
registro; que não é impim, é aipim; que você vai saltar no próximo ponto, não
"soltar”! Pedir para essas pessoas falarem palavras simples como
paralelepípedo, helicóptero é uma afronta. Até porque não repetem a última
sílaba mesmo. Fica qualquer coisa como helicópi, paralelepípo e por aí vai...
Sem contar que nomes como Wellington, Washington, Wilson e Milton se transformam
em Uélitu, Uóchintu ,
Uílso, e Miltu... Camões se revira no túmulo a cada vez que ouve...
24
- Shortinho com top...
Esse
é praticamente o "uniforme" de pobre. Se tiver calor use uma
toalhinha para enxugar o suor, de preferência combinando com a cor do top. Mas
se tiver frio, é só colocar uma jaquetinha por cima e pronto... Você vai
arrasar em
qualquer evento... De pobre é claro!
25
– No fim do ano, com o décimo terceiro.
Essa
é clássica... No restaurante, a família toda, um dos mais salientes entra
correndo e vai logo escolhendo a mesa e grita pra prole que está acabando
de entrar... ”Vamo imendá as mesa“?
Fonte: Internet.
Circulou por e-mails em 2010, sem autoria definida.
NOVOS SINTOMAS DE POBREZA II
9
- Festa no McDonalds ou Habib's!
Só
pobre acha que festa naquela porcaria de lanchonete é chique. O cara comemora o
aniversário dos filhos no Mac Donald's fica controlando o que a pirralhada come
e depois soma os presentes recebidos para ver se a festa não deu prejuízo.
10
- Lavar carro no fim de semana!
Santa
pobreza! Você já viu alguém da Barra da Tijuca ou Leblon lavando o carro? Em
qualquer dia da semana que seja? Quem tem grana, manda lavar. A galera do
salário mínimo acha que é programa de fim de semana lavar o chevettão 75, na
calçada, com o som ligado a toda tocando funk pra todo mundo ver e ouvir em pleno sabadão... São
criaturas dignas de pena!
11
- Capinha de celular!
Além
de ser coisa de pobre é muito boiola. Só viadinho pobre não gosta do celular
riscado. Quem tem grana compra outro quando o celular fica riscado.
12
- Tá zerinho-zerinho!
A
criatura desorientada mantém por 15 anos colado no pára-brisa do automóvel
aqueles selos de controle de qualidade, para fingir que comprou o carro
"zero quilometro".
13
- Viajando de avião!
Quando
viaja de avião, pela Gol, com passagem financiada em 15 vezes sem juros, põe no
bolso aquelas pavorosas barrinhas de cereais pra dar pros filhos bixiguentos.
14
- Strogonoff!
Se
você perguntar a alguém qual é o prato favorito e a criatura responder
"istrogonofi" pode ter certeza é pobre! E o pior é que a criatura não
tem a mínima idéia de como se faz tal iguaria, pois pobre faz um picadinho (com
acém), coloca creme de leite e está pronto!
15
- Viajar para Cabo Frio / Guarujá!
Quem
tem grana viaja pra Nova York, Paris, Búzios, Fernando de Noronha. Rico no
máximo passa por essa miséria, por cima... De avião!
16
- Comprar chinelão rider e roupa a crediário na C&A!
Fala
sério! Só por que a Gisele Bünchem e a Daniela Sarahyba apareceram na TV você
acha que tá comprando artigo de rico? É artigo de pobre! Quase o fundo do poço,
pois o fundo fica na Sulanca, lá em Pernambuco.
Fonte: Internet.
Circulou por e-mails em 2010, sem autoria definida.
sábado, 26 de março de 2016
NOVOS SINTOMAS DE POBREZA I
1
- Degustação em supermercado.
Sabe
aqueles balcõezinhos que de vez em quando aparecem no supermercado sempre com
uma mocinha simpática e sorridente oferecendo alguma tranqueira pra você
experimentar? Pois é, pobre adora isso. Quem é pobre adora comer qualquer coisa
de graça. Experimenta até biscoito pra cachorro. Uma tristeza...
2
- Comprar iPhone no Mercado Livre.
Fala
sério... Isso é caso pra internar. Você acha que um iPhone de verdade custa R$
299,00? Em qual planeta você vive? Além de pobre, é retardado?
3
- Telha e tijolo.
A
combinação é perfeita. Pobre atrai telha e tijolo feito ímã. Todo pobre que se
preza tem que ter uma pilha de tijolo e telha no quintal.
4
- Inclusão digital!
Inclusão
digital é nada mais, nada menos do que um bando de pessoas pobres, burras e
metidas tendo acesso de alguma forma (como LanHouses de R$1,00 a hora, escolas
públicas etc...) a computadores com internet. Isso pode parecer bom, mas...
Veja o que os pobres fizeram com o Orkut. Transformaram um site legal em um
verdadeiro depósito de cyberlixo.
5
- Grudar o sabonete velho que está acabando no novo que acabou de abrir.
6
- Sandália Havaiana!
Meu
amigo, presta atenção: só pode passear no shopping de sandália havaiana quem é
rico. É fashion! Já o pobre passeando de havaiana é mulambento, porque na
verdade ele usa a sandália "A Baiana", ou seja, a genérica.
7
- Usar terno no fim de semana!
Ou é
pobre ou é crente... Cruz credo! Rico só usa terno no escritório ou em casamento.
8
- Tapete na parede!
Compra
na 25 de março (em São Paulo) ou de camelô um legítimo tapete persa made in Paraguay
e põe na parede, para ninguém pisar.
Fonte: Internet.
Circulou por e-mails em 2010, sem autoria definida.
Prossegue a Semana Santa na Paróquia São Vicente de Paulo – 2016
Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo:
pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é
admirável".
“Mais que comum dos dias,
olhei o mais que pude os rostos
dos pobres, gastos pela fome,
esmagados pelas humilhações,
e neles descobri teu rosto,
Cristo Ressuscitado!”
Dom Hélder Câmara
Hoje,
sábado, dia 26/03/2016, às 18h, na Paróquia São Vicente de Paulo, em Fortaleza, haverá a Solene Vigília Pascal. Amanhã,
domingo, às 6h, acontecerá a Procissão do Cristo Ressuscitado, seguida de Missa,
às 6h30min.
Feliz
Páscoa a todos!
Paroquiano de São Vicente de
Paulo
sexta-feira, 25 de março de 2016
REFLEXÃO
Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O período da Semana
Santa representa o mais significativo para reflexões, vez que é a vitória da
vida sobre a morte – ressurreição de Cristo -, ou seja, do bem sobre o mal.
Dentro desta linha de pensamento, é básico reconhecermos a importância dos
valores espirituais sobre os materiais. Aqueles são duradouros e nos
conduzirão, sem dúvida, à vida eterna. Estes são efêmeros e nem sempre nos
proporcionam, apesar do aparente conforto, a alegria permanente. Por sua vez,
os sentimentos de solidariedade e amor objetivando alcançar a felicidade e o
propósito da vida são fundamentais. O ódio, a falsidade, a inveja, a ambição, o
orgulho, dentre outros, são comportamentos incompatíveis com uma existência
saudável. Já o ecumenismo, o perdão, a tolerância, a humildade e outros nos
conduzem ao sentimento da generosidade. Ademais, é mediante a oração e a
meditação que encontramos estados mentais positivos e nos afastamos dos
negativos. O que somos é consequência do que pensamos. O que alcançamos decorre
da busca das virtudes teologais (fé, esperança e caridade), consequentemente da
nossa crença em Deus. Por outro lado, a violência em todas suas formas –
desemprego, fome, corrupção, analfabetismo, etc – leva a sociedade a um clima
de perplexidade e apatia, motivando mais violência e mais injustiça. A análise
destas reflexões, nos faz lembrar dois grandes teólogos. Santo Agostinho: “O supérfluo dos ricos é o necessário dos
pobres” e Santo Tomás de
Aquino: “Há homens cuja
fraqueza de inteligência não lhes permitiu ir além das coisas corpóreas”. Cristo sofreu para nos salvar.
(*) Economista. Professor
aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte:
Diário do Nordeste, Ideias, de 25/3/16
Semana Santa na Paróquia São Vicente de Paulo – 2016
Ontem à noite, na Paróquia São Vicente de Paulo, em
Fortaleza, aconteceu a Missa da Ceia
do Senhor – Missa do Lava-pés, com a transladação do Santíssimo Sacramento.
Hoje, dia 25/03/2016, às 15h, haverá a Solene Comemoração da Paixão e Morte do
Senhor.
Feliz Páscoa a todos!
Paroquiano
de São Vicente de Paulo
quinta-feira, 24 de março de 2016
Defesa de Tese em Saúde Coletiva (UECE) de Ilse Tigre de Arruda Leitão
Aconteceu na manhã de ontem (23/03/16), no Programa de
Pós-Graduação em Saúde
Coletiva da UECE, a defesa de tese do programa de Doutorado em Saúde Coletiva em
Associação Ampla da Universidade Estadual do Ceará, da Universidade Federal do
Ceará e da Universidade de Fortaleza.
A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Adriana
Catarina de Souza Oliveira (UCAM-Espanha), Adriano Rodrigues Souza (Unifor), Thereza Maria Magalhães Moreira (UECE), Maria Salete
Bessa Jorge (UECE)
e Marcelo Gurgel
Carlos da Silva (UECE), aprovou a Tese “Adaptação transcultural
e validação de questionário do capital humano no contexto brasileiro”, apresentada pela nossa orientanda ILSE MARIA TIGRE DE
ARRUDA LEITÃO.
Professor do Doutorado em Saúde Coletiva PPSAC-UECE
HOMENAGEM A UMA GRANDE INSTITUIÇÃO
Por Cássio Borges (*)
Somos e sempre
fomos intransigentes defensores do Departamento Nacional de Obras Contra as
Secas (Dnocs), de sua manutenção, preservadas a força dos seus elevados padrões
de integridade e capacitação técnica que nortearam aquele Departamento de
inumeráveis serviços prestados ao Ceará, ao Nordeste e ao seu povo.
Não obstante, o
extraordinário acervo de obras realizado por aquela Instituição Federal em toda
a Região Nordestina, especialmente no Estado do Ceará, é exatamente aqui onde
se concentram os seus mais ferrenhos opositores. A olhos vistos, pode-se
identificar alguns, infelizmente ocupando elevados cargos no Governo Estadual,
justamente na área de recursos hídricos. Não precisamos citar seus nomes.
O importante é
advertirmos a sociedade cearense e nordestina que um hediondo crime será
perpetuado à nossa Região, caso aquele vetusto Departamento venha a ser
extinto, como desejam os seus algozes, que não mostram as suas caras e não têm
a coragem de vir a público dizer os reais motivos dos seus recônditos e
intrigantes propósitos.
Defendemos isto,
sim, que o Poder Central, responsavelmente, encampe as questões dos Recursos
Hídricos do Nordeste, “como uma proclamação solenemente imposta à União”,
conforme preceitua o nosso Código de Águas para “as áreas periodicamente
assoladas pelas secas”. Que os Estados cumpram a sua parte nesta grandiosa
tarefa, pois, como disse Heaviside, “a Ciência não é privilégio de uma só
Instituição”.
Enfraquecer o
Dnocs, pulverizando os seus recursos entre os nove Estados nordestinos, é
defender a má vontade sulista em relação às Instituições Federais aqui
sediadas. Ademais, pensamos que a gestão da água inteiramente entregue aos
Estados, com certeza vai servir de “instrumento de pressão, de politicagem e
perseguições hediondas junto aos usuários, o que não é comum acontecer na área
federal”, conforme advertiu, há tempos, um ex-governador nordestino.
Vamos todos salvar
o Dnocs, que é um patrimônio de todo o povo nordestino: um Dnocs sem vícios,
transparente e limpo, livre das injunções político-partidárias.
(*) Engenheiro civil,
ex-diretor regional do Dnocs e de sua Diretoria de Planejamento, Estudos e
Projetos.
Fonte: Publicado In: O
Povo. Fortaleza, 22/03/2016. Opinião. p.8.
quarta-feira, 23 de março de 2016
MANDELA TUPINIQUIM
Por Affonso Taboza (*)
Vejam só quem anda
palpitando em cima da nossa tragédia: o Maduro, da Venezuela, que de maduro já
passou e está a cair de podre. Para esse orago míope que infelicita seu país,
se Lula da Silva for preso será considerado o Nelson Mandela do Brasil. Uma
jornalista, irônica, aproveitou o mote e cravou o apelido: Mandela Tupiniquim.
Falta a Maduro, é
evidente, conhecimento de História contemporânea.
Mandela passou 27
anos na cadeia por sua luta contra o apartheid, regime que oprimia os negros em
seu país. Deve ter cometido pecadilhos nos tempos de jovem líder político e
foragido, nada, porém, que lhe maculasse o nome. Sua prisão se deveu à luta
política. Seu confinamento foi total. As fotos de jornais ao longo desse tempo
mostravam o Mandela jovem de antes da prisão. Grande foi a surpresa quando de
sua soltura, com visual 27 anos mais velho. Libertado à custa de forte pressão
internacional contra o regime segregacionista da África do Sul, Mandela assumiu
a presidência do país nos braços do povo, e a exerceu com dignidade e
moderação, longe da tentação comuno-populista, pregando a concórdia entre seus
compatriotas de todas as raças. Tal atitude gerou descontentamento entre os
negros radicais, desejosos de revanche, mas lhe valeu o crescimento do país, o
reconhecimento universal e o Prêmio Nobel da Paz.
E Lula da Silva?
Troquemos o sinal de tudo que acima foi dito, e teremos seu perfil. Raivoso e
fanfarrão, comandou oposição sistemática a todos os governos que o antecederam,
ignorando o mérito do que combatia. Eleito presidente, teve méritos inegáveis
no primeiro mandato até expor sua verdadeira e frouxa moral na falcatrua
conhecida como mensalão. Reeleito apesar de tudo, graças a seus truques de
prestidigitador, continuou chafurdando nos subterrâneos do poder. A imagem real
da sua personalidade veio à luz nos jardins da mansão do Maluf quando, sorrindo
para seu arqui-inimigo como se velhos amigos fossem, cabalava votos para seu
candidato à Prefeitura de São Paulo. E agora, acusado pela polícia de altas
traficâncias, arrisca-se a pegar bons anos de cadeia. E em revanche, ameaça os
brasileiros com seus exércitos de Brancaleone de fardas vermelhas.
De Mandela o senhor
Lula nada tem. Está mais pra Pixuleco. O líder africano terminou os dias
cultuado por seu povo. Lula da Silva tem o repúdio dos brasileiros à sua
personalidade falaz. Poderá se igualar a Mandela nos anos de prisão, se atingir
os 27. Mas por razões bem diferentes.
(*) Membro efetivo do Instituto do Ceará –
Histórico, Geográfico e Antropológico.
Fonte: Publicado In: O
Povo. Fortaleza, 22/03/2016. Opinião. p.9.
terça-feira, 22 de março de 2016
Adam Smith, o autointeresse, a simpatia, Davos e a desigualdade
Por João Soares Neto (*)
A Escócia, parte do Reino Unido, é país bonito, frio e com um
inglês bem peculiar, falado pela gente culta, tomando uísque ou cerveja, e até
pelos comuns mortais. No século 18, não existia energia elétrica, as estradas -
ou caminhos - enlameavam quando das chuvas e petrificavam de gelo nos invernos.
A parca calefação era preocupação individual e sequer havia sido
inventada a máquina de escrever. As folhas de papéis, as canetas, os tinteiros
e os mata-borrões, afora os livros próprios e os de bibliotecas públicas, eram
os únicos recursos de que se serviam os escritores de então.
O escritor múltiplo Adam Smith, filósofo e cientista político,
nasceu por lá nesse tempo e, mesmo assim, neste século 21, ainda é referência
para ser negado ou elogiado. Não há como negar que ele foi estudioso e queria
deixar obras que mostrassem a sua preocupação com a humanidade.
Sua obra capital, publicada em 1776, “Uma
Investigação Sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações”
ou, simplesmente, “A Riqueza das Nações” é considerada a
referência basilar do regime capitalista. Essa obra, uma maçaroca de cinco
partes, deveria ser conhecida melhor pelos economistas ortodoxos, heterodoxos,
econometristas e outros que tais. “Conhecida” é distinta de “folheada”.
No meu pensar, Smith possui outra obra que considero mais
importante para os humanos, da qual os economistas fazem parte. “A
Teoria dos Sentimentos Morais” foi escrita em 1759 e trata da
moralidade humana que, segundo ele, depende da relação de simpatia entre um
indivíduo e o restante da sociedade. Ele faz distinção entre simpatia e
“autointeresse”, que tomo a liberdade de traduzir como ganância.
Essa digressão histórica com Adam Smith poderia ser estendida a
Karl Marx e a Friedrich Engels, mas é apenas caminho para se chegar neste
janeiro de 2016.
Esta semana, na cidade de Davos, Suíça, reuniram-se a burocracia
financeira, governos, biliardários e supostas cabeças pensantes do mundo, no
Fórum Econômico Mundial. Reúnem-se e se desentendem cada vez mais, pois falta a
´simpatia´ de que falava Smith. Sairão de lá e nem um país relevante mudará uma
vírgula da sua estratégia. Os outros, que vão lá fazer número, voltam fazendo
declarações à imprensa que, cá para nós, acha interessante visitar essa pequena
e rica cidade suíça, em pleno inverno.
Toda a mídia noticiou na
semana passada que uma organização não governamental, com sede no
Reino Unido, a Oxfam, afirmou que,
neste ano de 2016: “62 pessoas possuem tanto (capital) quanto a metade mais pobre da
população mundial”.
A Oxfam acredita ainda que o patrimônio acumulado por 1% das
pessoas mais ricas do mundo superará, em 2016, o dos 99% restantes. Entrei no site
da Oxfam e descobri que ela tem ramificações em 94 países e possui como
objetivo a luta pela extinção da pobreza e tornar consciente que cada pessoa
deve lutar por seus direitos. Algo assim.
Não sei como foram feitas as contas, se os dados são confiáveis,
mas não há como não enxergar a existência de uma grande parcela mundial pobre,
para não dizer miserável. Essas 62 pessoas, até o final deste ano, poderão ser
donas de 50% de todos os recursos do mundo. Como já foi dito na reunião do ano
passado, na mesma Davos, há uma explosão de desigualdade que entrava o duelo
contra a pobreza mundial. "A escala da desigualdade é chocante”, afirmou a diretora executiva geral da Oxfam,
Winnie Byanyima. Descobriram a pólvora. As armas estão no Oriente Médio.
(*) João Soares Neto é escritor e membro da Academia Cearense de Letras.
Fonte: Publicado no jornal O Estado, em 22/01/2016.
segunda-feira, 21 de março de 2016
OS CLÁSSICOS SÃO SEMPRE ATUAIS
Meraldo
Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Até hoje perdura a discussão entre críticos
literários e acadêmicos sobre quem seria o maior escritor brasileiro: Machado
de Assis (1839-1908) ou Lima Barreto (1881-1922). Sem entrar no mérito da questão, acredito que
Machado sofria a influência europeia e era um tanto gongórico. Quanto a
escritos em português-brasileiro, prefiro Lima Barreto. Considero os dois a
principal dupla da crônica e do romance no Rio de Janeiro da virada do Século
XIX. Ambos eram mulatos.
O preconceito camuflado, que persiste até hoje, não
poderia aceitar que um mestiço, filho de escrava, alcançasse ser reconhecido
literariamente, o que era o caso do Lima Barreto. Neto de escravos em contato
com brancos que o veem como ser inferior, Afonso Henrique de Lima Barreto (esse
é o seu nome completo) introduziu o “negrismo” na literatura brasileira.
Descreve as mazelas nacionais com o olhar de um
brasileiro e não com hipocrisia, como grande parte dos escritores seus contemporâneos.
Não tenho dúvidas em afirmar que o Brasil está mais nos seus textos do que em
textos da maioria dos nossos letrados, nos trinta primeiros anos da Proclamação
da República.
Poderia também lembrar que ele foi o pioneiro da
nossa ficção e também o primeiro a divisar os brasileiros em função da
sociedade em que viviam. Fosse o seu personagem um elegante membro da fina flor
da elite nacional que pensava em francês ou inglês ou, pior, que vivia de
aparências que estava longe de possuir, ou um homem da roça, analfabeto,
pertencente a uma casta que nem existia como gente.
Aconselho a leitura ou releitura, neste momento de
grave crise nacional, um dos melhores livros deste autor: Triste Fim de
Policarpo Quaresma. O personagem principal, major Quaresma, é antes de tudo um
brasileiro. Patriota ingênuo, vivendo numa sociedade incaracterística que
acreditava no Brasil formado à sua imagem e semelhança, deseja salvar o país
dos políticos corruptos, mas só provoca risos. Terminou sendo fuzilado a mando
do Marechal Floriano Peixoto (1839-1895).
O importante deste livro, publicado primeiro como
folhetim no ano de 1911, surpreende o leitor pelo seu caráter profético.
Comprova a incompetência dos nossos políticos, a burocracia das repartições públicas,
o clientelismo, a injustiça social, preconceitos, etc. Mas o que isso tem a ver
com o momento atual?
Tenho muito receio de que nada (ou pouco) mudou em
mais de um século de vida nacional, desde a publicação do Quaresma. Ficou
apenas mais fácil detectar os malfeitos, dados os avanços tecnológicos. Que isso
não venha tão somente constituir mais um espasmo transitório. Lembrem-se de que os clássicos são sempre
atuais, por isso são considerados clássicos.
(*) Professor Titular da Pediatria
da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União
Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos
(ABRAMES).
domingo, 20 de março de 2016
A sorte dos maiores de 60 anos
Prata nos
cabelos. Ouro nos dentes. Pedras nos rins. Açúcar no sangue. Chumbo nos pés.
Ferro nas articulações. E uma fonte inesgotável de gás natural.
Nunca se pensou
que a partir dos 60 anos de idade se pudesse ter uma riqueza tão grande!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).
Nota do Blog: A mensagem originalmente registrava 50, mas
preferi atualizar para 60 anos.
Causos do Paula Ney In: O Brasil Anedótico
COLEGAS...
Ernesto Sena
- "Notas de um Repórter", pág. 185.
Após a sua entrada para a pasta da Fazenda, havia o
conselheiro Francisco Belisário Soares de Sousa recorrido, já, três vezes, ao
crédito do país no estrangeiro, quando, ao passar um dia pela rua do Ouvidor,
ouviu que alguém o saudava, alto:
- Bom dia, sr. Conselheiro, meu amigo e colega!
O ministro voltou-se, e, vendo Paula Ney, de chapéu na
mão, numa reverência, correspondeu, atrapalhado, ao cumprimento.
E Ney, logo, com o mesmo sorriso:
- Colega, sim... Porque... V. Excia. Também não vive de
empréstimos?
O CALO
Ernesto Sena
- "Notas de um repórter", pág. 186.
Paula Ney, o maior desperdiçador de talento que o Brasil
já possuiu, não perdoava os seus desafetos e, ainda menos, as nulidades
pretensiosas que prosperavam no seu tempo. Conservava-se, uma tarde, em um
grupo na rua do Ouvidor, sobre o prestígio da imprensa, quando um presentes,
que se dizia jornalista, aventurou, acaciano:
- A imprensa é um grande corpo...
- É... é... - atalhou
Paula Ney, piscando por trás do "pince-nez". - A imprensa é um grande corpo. Mas você, nesse corpo...
E sem temer a reação:
- É o calo do dedo mínimo do pé esquerdo!...
MERCÚRIO PARA
TRÊS
Coelho Neto -
"A Conquista", pág. 44.
Era no Rio antigo, primeiros dias da República, últimos
dias da Monarquia. Entrava Paula Ney no teatro Santana, quando foi abordado por
duas mundanas, antigas atrizes, que o arrastaram para uma das mesas vazias a fim
de que lhes pagasse alguma coisa.
O boêmio não se fez rogado. Sentou-se entre as duas
raparigas, e, batendo, forte, com a bengala na mesa de estanho, chamou:
- "Garçon"!... "Garçon"!
E à aproximação do empregado:
- Mercúrio, para três!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).
Nota do Editor: Com esta postagem, estamos fazendo a transcrição dos
causos que compõem a obra o Brasil Anedótico, de Humberto de Campos, publicada
em 1927, que tem por personagem central o poeta e humorista cearense Paula Ney.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
sábado, 19 de março de 2016
DOIS FORTES ALIADOS
Por Pe. Geovane Saraiva (*)
Neste artigo falamos de dois
pastores que edificaram a casa de Deus, isto é, a Igreja, tendo como alicerce
sólido o bem e a justiça, não cedendo às ciladas dos injustos e poderosos.
Neles a profecia de Jeremias se realiza: "Eu
vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com sabedoria e
inteligência" (Jr 3, 15).
Trata-se de Dom Helder Pessoa
Câmara e Dom Aloísio Cardeal Lorscheider, que anunciaram a boa nova da Salvação
em toda sua plenitude, a partir da dor e do sofrimento de uma multidão de
irmãos e irmãs. O entusiasmo e a mística desses grandes sacerdotes causaram e
continuam a causar profundas marcas de generosidade, sempre crescente, nas pessoas
que exerceram e exercem suas funções nos mais diversificados setores de nossa
sociedade.
Guardemos no íntimo do coração
a mensagem de otimismo e esperança, deixada por Dom Helder Câmara, o artesão da
paz e cidadão do mundo, o bispo brasileiro mais influente no Concílio Vaticano
II, ao abrir o caminho para a renovação, na sua mais profunda e autêntica
coerência em favor dos pobres: "Se não
engano, nós, os homens da Igreja, deveríamos realizar dentro da Igreja as
mudanças que exigimos da sociedade".
Falou também com extraordinária
paixão que Deus é amor, em tom de poesia: "Fomos
nós, as tuas criaturas que inventamos teu nome!? O nome não é, não deve ser um
rótulo colado sobre as pessoas e sobre as coisas... O nome vem de dentro das
coisas e pessoas, e não deve ser falso... Tem que exprimir o mais íntimo do
íntimo, a própria razão de ser e existir da coisa ou da pessoa nomeada... Teu
nome é e só podia ser amor".
Ao assumir a Arquidiocese de
Olinda e Recife, em abril de 1964, afirmou: "Ninguém se escandalize quando me vir ao lado de criaturas
humanas tidas como indignas e pecadoras (...).
"Quem estiver sofrendo, no corpo ou na
alma; quem, pobre ou rico, estiver desesperado, terá lugar especial no coração
do bispo".
Dom Helder deixou uma
gigantesca obra escrita, soube aliar, numa "síntese raríssima e feliz o místico e o homem da ação, que contemplava
e escrevia durante as madrugadas e agia pela manhã, tarde e noite". "Foi um
articulador da melhor qualidade";
dotado de uma fé clamorosa, de uma enorme capacidade de comunicação, força e
convicção inabaláveis, que saia de dentro peito magro, daquele homem baixo e
franzino na estatura, que parecia o retirante de Portinari.
Profeta dos pobres, artesão da
paz, cidadão do mundo, o homem dos grandes sonhos e das grandes utopias ele o
foi, a sinalizar uma verdadeira conversão, nas mudanças dos costumes, no
sentido de uma melhor compreensão da Igreja, na busca de sua renovação, do seu
rejuvenescimento – ao verdadeiro "aggiornamento", ao mesmo tempo, em
que devia anunciar a pessoa de Jesus Cristo, diante do clamor dos empobrecidos,
dos "sem voz e sem vez".
O grande ardor e entusiasmo
desse homem, em todo seu trabalho articulado, no amor pela Igreja pobre e
servidora, nunca podemos negar e esquecer. "Sou daqueles que tem a convicção de que os escritos de Dom Helder
ainda serão fonte de inspiração na América Latina, daqui a mil anos" (José Comblin).
Já Dom Aloísio Lorscheider, que
no seu amor à verdade e no apego ao Evangelho, como critério de vida e de
pastoreio, também na sua capacidade de dialogar com as classes sociais e no seu
amor para com os empobrecidos, permaneceu humilde, serviçal, sendo um irmão
entre irmãos.
Doçura e ternura em pessoa,
alegria constante, posições corajosas e determinadas, ao mesmo tempo, pregava e
anunciava o Evangelho com coragem profética e grande sabedoria. Ele carregou
sempre no seu grande coração, as alegrias, as esperanças, as tristezas, as
angústias e os sofrimentos de sua querida gente (cf. GS 200). Além de travar,
sem jamais se cansar, uma luta pela redemocratização, pela liberdade de
expressão, pela dignidade da pessoa humana e pelo fim da tortura em nosso
querido Brasil.
Dom Aloísio, ao se tornar
Arcebispo de Fortaleza (1973-1995), logo de início afirmou: "A comunidade eclesial não é feudo do bispo, mas ele é o
servidor de uma Igreja que se entende a si mesma como sacramento do Reino, isto
é, da presença da verdade e do amor infinito de Deus para com cada criatura
humana".
Daí ele não compreender como
algo natural e normal se conviver com a miséria e o acentuado empobrecimento do
povo, que tinha como consequência o êxodo, o flagelo e a morte de muitos
irmãos, levantando sua voz de profeta para dizer que não era vontade de Deus a
realidade aqui encontrada e, ao mesmo tempo, usou de todos os meios, com uma
enorme vontade de transformar essa mesma realidade, marcando profundamente a
história do nosso Ceará.
Dom Aloísio foi o grande
teólogo que sabia compreender a realidade na sua conjuntura e, com suas
posições bem claras e definidas, nas análises e nas conclusões teológicas
pastorais, passando para o povo um clima que favorecia e gerava uma confiança
generalizada. Daí ser o Cardeal que mais se destacou em todos os Conclaves e
Sínodos de que participou, gerando para o mundo inteiro e, especialmente, para
a imprensa uma grande expectativa. Sua palavra corajosa e profética era
acolhida por todos como uma boa notícia.
"Em pleno regime de exceção, a sociedade cearense logo
sentiu os efeitos dessa guinada. As camadas desfavorecidas ou marginalizadas, os
sem-terra, os sem-teto, os presos políticos, os presidiários comuns, os
trabalhadores em greve – ganharam aliado de peso"
(Desembargador Fernando Ximenes).
"[...] sua voz, naturalmente doce, alternava-se quando era
preciso confrontar os vendilhões da justiça, quando todos os jardins da
democracia corriam o risco de ser alvo de bombas atiradas pelos olhares fixos
da repressão. Sua voz ecoou pelos corredores das prisões [...]" (Senador Pedro Simon).
Quando ele se tornou bispo
emérito de Aparecida, veio a pergunta: O que o senhor vai fazer? Respondeu:
"Sou um simples frade menor e vou fazer
o que o meu provincial mandar, porque a obediência me torna livre".
Também nunca esquecemos sua
palavra lúcida e segura, advertindo "oportuna e inoportunamente" (2Tm
4, 2), bem como sua voz mansa e corajosa em denunciar as injustiças e,
sobretudo, sua ternura franciscana, nos leva a afirmar que Dom Aloísio,
verdadeiramente, mora em nossos corações.
Por isso mesmo peçamos a Deus,
que na sua infinita e inesgotável bondade, chamou Dom Helder e Dom Aloísio à
missão de profetizar, que sempre os tenhamos como referência, nos iluminando e
fazendo sempre mais compreender a indispensável força de sua graça, que quer
nos tornar capacitados a fermentar este mundo em que vivemos na sua realidade
cultural e social, que tanto desafia a humanidade.
(*) Geovane
Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza e Pároco de Santo Afonso.
Fonte: twitter.com/pegeovane, de 22/09/2011.
O Brasil e os brasileiros não merecemos tanta humilhação e tanta vergonha
Todo brasileiro segue atento o desenrolar, minuto a minuto, da
crise política que assola o país.
“De início, quero deixar
claro que a postagem não tem direcionamento partidário”, afirmou há poucos minutos, em post no seu perfil do facebook,
Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo
de Frederico Westphaln (RS).
O prelado diz que “vivemos hoje, no Brasil, uma situação
constrangedora: em todas as agremiações partidárias, o mal da corrupção
apresenta-se como uma sombra vergonhosa”.
“O Brasil para os
brasileiros! Fomos roubados”, insta o bispo.
Leia, logo abaixo, a postagem completa compartilhada no seu
perfil público dessa rede social.
“De início, quero
deixar claro que esta postagem não tem direcionamento partidário. Vivemos hoje,
no Brasil, uma situação constrangedora: em todas as agremiações partidárias, o
mal da corrupção apresenta-se como uma sombra vergonhosa.
O Brasil para os
brasileiros! Fomos roubados: roubaram nossa esperança, nosso futuro, nossa
dignidade, muito mais do que o nosso dinheiro. Somos um povo doente, sem
horizontes. Prevaleceram-se de nosso comodismo, de nossa incapacidade de
reação.
Compraram nossa consciência cidadã com bolsas, programas, “pacs”, copas e
olimpíadas. Mudaram o rumo de nossa história, impingindo-nos ideologias
inaceitáveis. Venderam nosso país a lobbys, que despejam aqui rios de dinheiro,
para mudar os rumos de nossa vocação cristã-católica. Perdemos quase tudo.
Agora, querem nos fazer acreditar que tantos escândalos, desvendados a duras
penas, não são verdadeiros, nada mais são do que disputa política. É preciso
dar um basta a tanta pouca vergonha. É preciso, antes de tudo, resgatar o
Brasil e a nacionalidade. Este país precisa ressurgir dos escombros a que foi
reduzido. Mais do que nunca, é preciso recomeçar a ser brasileiro. O Brasil e
os brasileiros não merecemos tanta humilhação e tanta vergonha”.
Fonte: internet (circulando por e-mails).
sexta-feira, 18 de março de 2016
Os “concurseiros”, a crise e as oportunidades
Por João Soares Neto (*)
“Todo aquele que para esperando que as coisas
melhorem, verificará bem cedo que aquele a não parar e colaborar com o tempo,
estará tão longe e jamais será alcançado”. Autor ignorado.
Recebo e-mail de jovem a se preparar para concursos
havia dois anos. Se diz aflito, pois aplicou a reserva da família com o
pagamento de mensalidades de cursinho caro frequentado, com atenção e afinco.
Formara um grupo de colegas e varava noites estudando, revendo provas de
concursos anteriores, vendo os “bizus” surgidos. E agora?
O desalento demonstra o reflexo do momento.
Momentos passam. Essa crise tão divulgada, tão discutida e não encaminhada para
pronta solução, pode causar transtornos a milhares de jovens, Brasil afora,
aprestavam-se para a realização de concursos em todos os níveis de governo.
Os concursos voltarão, fique certo. Há funcionários
públicos a atingir a idade compulsória ou o tempo de aposentadoria. As vagas
precisam ser preenchidas e os terceirizados não têm a capacitação exigida para
muitos cargos. É questão de tempo e paciência.
Entretanto, não se deixe desesperar nos primeiros
embates da vida. O Brasil é campeão de crises. Todas, mais dia, menos dia,
acabam. As estruturas de gestão vão precisar, agora de pessoas como você. Se
estudou e aprendeu para ficar apto a realizar tarefas no serviço público,
quando houver novos concursos, será aprovado.
Por outro lado, há muitas outras oportunidades além
da “vida segura” na estabilidade do emprego público. As empresas privadas
sobreviventes - afora aquelas com acesso a crédito fácil de bancos oficiais e
contratadas para serviços e obras a órgãos públicos- podem ser um caminho.
As empresas privadas não vão poder pagar,
inicialmente, os valores do pródigo governo, mas você deve ser ativo, capaz de
executar as tarefas a si delegadas e se enquadrar na filosofia própria de cada
uma delas. O caminho poderá não ser tão árduo. Dependerá não da sua
subserviência ou jeitinho, mas do seu desempenho.
Você já ouviu contar histórias de pessoas a montar
o próprio negócio? Essa é outra alternativa, mesmo com dinheiro seja curto.
Procure saber de suas habilidades, dos seus conhecimentos e, principalmente,
leia jornais, revistas, livros, frequente palestras e mude o seu olhar.
Descubra oportunidades. Encarar a vida privada não é fácil. Não há férias, os
lucros são baixos, a aposentadoria é risível, há impostos a pagar e você
precisa tomar decisões rápidas em funções das ondas do mercado, tal como as
marés. Haverá muitos impostos a pagar, mesmo se optar pela empresa simples.
Já ouviu falar em empreendedorismo? Leia sobre
isso. Pesquise o não existente na região onde mora ou na cidades próximas. Para
ser empreendedor é preciso entender as práticas da atividade. Se for
familiarizado com a informática, melhor ainda. Há muita ideia nova surgindo.
Crie ou venda produtos simples, de baixo preço. Uma recomendação: não imite,
tente fazer o novo, descubra algo e veja se a ideia bate com o seu sonho. Sem
sonhar e idealizar a vida perde o sentido.
Converse com a sua família, troque ideias com
amigos, procure alguém mais velho da área escolhida, faça cursos breves, vá a
palestras e se debruce sobre a internet. Tenha foco, disciplina e aja.
Estabeleça um pequeno projeto e vá analisando ponto por ponto. Visite parques
tecnológicos de universidades, desvende as inovações e não esmoreça.
As oportunidades existem. Elas dependem de gente
com capacidade, habilidade e tenacidade. Há assessorias e materiais de leitura
em universidades e afins. Fuja de gente temerosa. Arme-se de vontade e vá em
frente. A vida é jogo de um só tempo. E corre rápida.
(*) João Soares Neto é escritor e membro da Academia Cearense de Letras.
Fonte: Publicado no jornal O Estado, em 9/10/2015.
quinta-feira, 17 de março de 2016
TRAGÉDIA URBANA
Celina Côrte
Pinheiro (*)
De acordo com
estatística do Detran-CE, datada de dezembro de 2015, há no Estado 1.226.722
motos, com predomínio do Interior. A frota cearense é a terceira maior do País
e a primeira do Nordeste. O relativo baixo custo, as facilidades oferecidas
para aquisição, a agilidade de deslocamento, a utilização para fins
profissionais além do lazer, a insuficiência e inadequação de transporte
público, a substituição de veículos de tração animal por motorizados estão
entre os motivos que propiciaram o crescimento do número de motocicletas
circulantes e, como consequência, um expressivo aumento no número de vítimas no
trânsito.
Este lamentável
fato não é decorrente apenas da maior vulnerabilidade do motociclista ao contexto
do trânsito, onde se observam o desrespeito, a falta de educação e gentileza, a
demonstração de poder, o desprezo à direção defensiva etc. por parte dos
motoristas. A negligência de motociclistas às normas básicas de segurança,
arriscando-se em manobras bruscas, é nítida. Fazem ultrapassagens indevidas,
circulam pelas ciclofaixas, não obedecem aos sinais de trânsito, andam na
contramão, dirigem sob efeito de substâncias psicoativas…
Um profundo
desprezo à própria vida e às alheias. Sobretudo no Interior, não é incomum
vermos condutores sem capacete ou portando-o de forma inadequada (solto na
cabeça ou preso ao cotovelo), sandálias soltas nos pés, dois ou mais
passageiros na garupa. Muitos sequer possuem carteira de habilitação.
De janeiro a agosto
de 2015, contabilizaram-se 1.674 vítimas fatais no trânsito do Ceará. Dentre
essas, 742 eram motociclistas (44,32%). Entre as 7.737 vítimas não fatais,
4.366 eram motociclistas (56,43%). As vítimas de acidentes com motos ocupam
cerca de 70% dos leitos do Instituto Dr. José Frota (IJF). Uma tragédia urbana,
com vultosos prejuízos pessoais, familiares e sociais, devendo ser encarada
como mais uma importante questão de saúde pública.
É urgente dar-se um
basta a esta realidade por meio de políticas públicas sérias, voltadas à
prevenção, educação, fiscalização e repressão.
(*) Médica ortopedista e traumatologista.
Presidentes da Sobrames/CE.
Fonte: Jornal O Povo, de 4/03/16. Opinião, p.8.